
Ação BSLI3 cai forte e mercado reage à abertura de apuração independente sobre operações envolvendo o Master, liquidado pelo Banco Central.
O BRB – Banco de Brasília (BOV:BSLI3) anunciou nesta quarta-feira (19/11) a contratação de uma auditoria externa especializada para aprofundar as investigações relacionadas à operação Compliance Zero, deflagrada pela Polícia Federal, que levou ao afastamento judicial, por 60 dias, do presidente do banco, Paulo Henrique Costa. A iniciativa ocorre após o Banco Central determinar a liquidação extrajudicial do Banco Master, parceiro comercial do BRB em diversas operações de crédito desde 2024.
Segundo comunicado, o BRB reforçou seu compromisso com governança, transparência e prestação adequada de informações ao mercado, afirmando que o conselho de administração acompanhará de perto todos os desdobramentos e manterá seus acionistas devidamente atualizados.
O contexto aumenta a pressão sobre o BRB, que já vinha sob escrutínio desde setembro, quando o Banco Central bloqueou a aquisição planejada do Banco Master após avaliar que o BRB não teria capacidade de capital suficiente para sustentar a transação. A operação Compliance Zero, por sua vez, ampliou o foco sobre negociações realizadas entre as duas instituições, incluindo a compra de carteiras de crédito do Master realizada pelo BRB ao longo de 2024 e 2025.
A deflagração da operação incluiu a prisão do acionista do Banco Master, Daniel Vorcaro, e de outros envolvidos. A liquidação extrajudicial determinada pelo Banco Central reforça o caráter crítico da situação, aumentando a atenção sobre as operações de crédito previamente adquiridas pelo BRB e sobre eventuais riscos adicionais.
Até o momento, o BRB ainda não divulgou comentários detalhados de executivos sobre o processo de auditoria, além do posicionamento institucional enviado ao mercado. O conselho, porém, destacou que acompanha diariamente o desenrolar dos fatos e que dará total apoio à auditoria independente.
No pregão desta quarta-feira (19/11), as ações BSLI3 recuam 6,07%, negociadas a R$7,58, após abrirem o dia a R$7,60. O papel oscilou entre R$7,26 e R$7,60, refletindo forte nervosismo dos investidores diante da nova etapa da investigação e do possível impacto sobre a governança da instituição. O ativo vem de uma faixa de 52 semanas entre R$6,80 e R$27,45, indicando volatilidade acentuada no período recente.
O BRB atua como banco múltiplo, com presença forte no Distrito Federal e expansão recente em crédito consignado, financiamento imobiliário e parcerias com varejo e fintechs. Concorrentes relevantes incluem Banco do Brasil, Santander Brasil, Itaú Unibanco e bancos regionais focados em crédito consignado e varejo.
Com o avanço das investigações, investidores monitoram atentamente os próximos comunicados do banco, especialmente sobre eventuais impactos financeiros ou regulatórios.
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