
Após deflagração da Operação Compliance Zero, BRB revela inconsistências documentais ligadas ao Banco Master e reforça postura de transparência; BSLI3 opera em forte queda enquanto mercado reage ao caso.
O Banco de Brasília S.A. (BOV:BSLI3) confirmou que identificou “divergências documentais” em operações relacionadas ao Banco Master, instituição alvo da Operação Compliance Zero, deflagrada pela Polícia Federal na terça-feira (19/11). Segundo o presidente afastado do BRB, Paulo Henrique Costa, o caso foi comunicado ao Banco Central ainda no primeiro quadrimestre, antes mesmo da liquidação do Master e do veto ao processo de aquisição anunciado em março.
A revelação do BRB (BSLI3) ocorre em um momento delicado para o setor financeiro, que convive com maior escrutínio regulatório e foco crescente em práticas de governança. A identificação preventiva das inconsistências pelo banco público tende a mitigar riscos reputacionais, mas o envolvimento indireto com uma operação policial de grande porte gera volatilidade imediata para os investidores que acompanham a ação na bolsa de valores.
A Operação Compliance Zero investiga um suposto esquema de criação e negociação de títulos de crédito falsos envolvendo o Banco Master. A apuração levou à prisão do banqueiro Daniel Vorcaro, acusado de tentar obstruir fiscalização do Banco Central em uma operação financeira estimada em R$ 12,2 bilhões.
Após a análise das divergências, o BRB informou ter substituído a maior parte das carteiras adquiridas do Master e reforçou que sempre atuou em conformidade com normas de compliance, prestando informações regulares ao MPF e ao BC.
Em nota, o presidente afastado, Paulo Henrique Costa, afirmou apoiar integralmente as investigações e destacou compromisso com transparência: “Zelo pela legalidade em todas as minhas ações e confio que a apuração trará os devidos esclarecimentos”. O banco reafirma que comunicou o BC tão logo identificou as inconsistências e que mantém plena colaboração com as autoridades.
Às 11h13 desta quarta-feira (19/11), durante o pregão, as ações BSLI3 eram negociadas a R$ 7,58, queda de 6,07% no dia. O papel abriu a sessão a R$ 7,60, alcançou máxima de R$ 7,60 e mínima de R$ 7,41. A forte volatilidade reflete o impacto direto das investigações sobre a percepção de risco do banco e alimenta expectativas de novas movimentações regulatórias.
O Banco de Brasília S.A. é uma instituição financeira pública controlada pelo Governo do Distrito Federal. Atua nos segmentos de varejo, crédito, investimentos e serviços, com destaque para sua presença regional e expansão de parcerias. Compete com bancos médios e grandes do setor financeiro brasileiro listados na B3.
O caso envolvendo o Banco Master deve seguir no radar dos investidores, que observam de perto os impactos reputacionais e regulatórios sobre o BRB (BSLI3).
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