
O início desta semana promete agitar os mercados globais com a divulgação de uma série de indicadores econômicos estratégicos, que poderão influenciar títulos públicos, taxas de juros, câmbio e ações em várias regiões. Entre a noite de domingo (02/11) e a segunda-feira (03/11), investidores estarão atentos a leituras de PMIs, índices de inflação, alvarás de construção, balanças comerciais e relatórios de vendas, com projeções de mercado e comparações com os resultados anteriores oferecendo pistas sobre a direção da economia global.
Nos Estados Unidos, a atenção se volta para os PMIs industriais e de serviços, que serão divulgados na segunda-feira (03/11) entre 11h45 e 12h00. O PMI Industrial ISM de outubro tem projeção de 52,2, igualando o resultado anterior, sinalizando leve expansão na produção manufatureira. Já o Índice ISM de Emprego no Setor Manufatureiro deve mostrar 45,3, enquanto o Índice de Novos Pedidos ISM registra 48,9. Complementando, o PMI ISM Industrial apresenta 49,1, sugerindo que a indústria ainda opera próxima da estabilidade, com pequena contração. Além disso, os preços no setor manufatureiro atingem 61,9, reforçando preocupações com custos para empresas e consumidores.
Esses indicadores nos EUA podem ter impacto direto nos títulos públicos e juros: um PMI mais forte sustentaria a narrativa de economia resiliente, pressionando rendimentos de Treasuries e mantendo os juros futuros elevados. Já para o câmbio, um dólar mais firme é esperado caso os dados confirmem atividade robusta. Nos mercados de ações, setores de tecnologia e consumo sensíveis a juros podem reagir a essas leituras, enquanto empresas industriais observarão mais de perto os pedidos e a produção.
No Brasil, os olhos estarão no PMI Industrial S&P Global de outubro, previsto para 10h00 da segunda-feira (03/11), com expectativa de 46,5, indicando contração contínua no setor manufatureiro. O Boletim Focus será divulgado ao longo do dia, oferecendo atualização sobre inflação, crescimento do PIB e expectativas da taxa Selic. Com PMIs abaixo de 50, a atividade industrial ainda mostra sinais de fragilidade, o que pode afetar títulos públicos, mantendo a curva de juros elevada e refletindo cautela dos investidores. A taxa de câmbio tende a oscilar conforme o fluxo de capital estrangeiro para ativos brasileiros, enquanto o mercado de ações poderá reagir com moderação, especialmente papéis industriais.
Na Europa, indicadores do setor industrial serão divulgados a partir das 05h45 da manhã de segunda-feira. O PMI Industrial da Alemanha mantém-se em 49,6, refletindo leve contração, enquanto a França apresenta 48,3 e a Itália 49,0, ambas também mostrando desaceleração. O PMI industrial agregado da Zona do Euro deve permanecer em 50,0, indicando estabilidade geral. Complementando, a produção industrial da França em setembro tem expectativa de queda de 0,7% e o licenciamento de veículos anual registra crescimento de 16,4%. Leilões de títulos franceses BTF de 3, 6 e 12 meses serão monitorados, influenciando títulos públicos e curvas de juros regionais. A atividade industrial mista deve manter o euro relativamente estável, enquanto bolsas europeias podem oscilar conforme dados específicos de cada país.
Na Ásia, destaque para o PMI Industrial Caixin da China, que será divulgado às 22h45 de domingo, com previsão de 50,9 ante 51,2 anterior, indicando ligeira desaceleração da produção privada. Já na Indonésia, a balança comercial de setembro registrou superávit de 4,79 bilhões, abaixo dos 5,49 bilhões anteriores, enquanto o crescimento anual das exportações ficou em 7,72% e das importações em 1,00%. A inflação anual da Indonésia foi de 2,65%. O PMI Industrial Nikkei do Japão será divulgado às 21h30 de segunda-feira, mantendo 48,3, sinalizando leve contração. Esses dados asiáticos devem influenciar mercados de câmbio, especialmente o yuan, iene e rupia, além de afetar ações de exportadoras e commodities, dependendo do ritmo da produção e do comércio regional.
Entre outros indicadores relevantes, Austrália e Nova Zelândia apresentam dados de PMI Industrial, inflação, alvarás de construção e anúncios de empregos ao longo da noite de domingo (02/11), oferecendo pistas sobre o setor imobiliário e a saúde econômica da Oceania. Já o Índice Geral de Preços das Commodities da Austrália será divulgado às 02h30 da segunda-feira, podendo impactar empresas exportadoras de recursos naturais.
Além disso, a Índia divulga seu PMI Industrial Nikkei S&P Global às 02h00 de segunda-feira, projetado em 58,4, sugerindo expansão significativa na manufatura. A Suíça divulga IPC mensal (-0,2%) e anual (0,2%) às 04h30, enquanto PMIs de serviços e indústria também serão observados, influenciando políticas monetárias e o franco suíço.
Em resumo, a semana começa com um intenso fluxo de informações econômicas que prometem movimentar mercados globais. Investidores acompanharão indicadores industriais, inflação, balanças comerciais e licenciamento de veículos, usando os resultados para ajustar posições em títulos públicos, juros, câmbio e ações. Cada região apresenta sinais distintos de crescimento e inflação, com os Estados Unidos e a Índia mostrando maior resiliência, a Europa em estabilidade com pontos de fragilidade e o Brasil e alguns países asiáticos registrando leve desaceleração.
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Balanços financeiros desta segunda-feira (03/11)
Nesta segunda-feira, a agenda de divulgações de resultados trimestrais promete movimentações no mercado brasileiro de ações. Destaques incluem a BB Seguridade (BOV:BBSE3), que deve revelar números do setor de seguros e previdência, a operadora de telecomunicações Tim (BOV:TIMS3), focada em expansão de serviços digitais, e a Copasa (BOV:CSMG3), com ênfase em investimentos em infraestrutura de saneamento. Complementam a lista a rede de farmácias Pague Menos (BOV:PGMN3), a logística Tegma (BOV:TGMA3) e a gestora de ativos Cambuci (BOV:CAMB3), cujos balanços podem sinalizar tendências de recuperação econômica e eficiência operacional. Todos os balanços serão divulgados após o fechamento do Mercado Bovespa.
Na New York Stock Exchange (NYSE), o dia 3 de novembro reserva uma série de earnings calls que capturam a atenção de investidores globais, com ênfase em setores maduros e de dividendos elevados. Após o fechamento, gigantes como Simon Property Group (NYSE:SPG) e Realty Income (NYSE:O) apresentarão resultados imobiliários, enquanto Palantir Technologies (NYSE:PLTR) e Clorox (NYSE:CLX) trarão atualizações em tecnologia de dados e bens de consumo essenciais. Outros nomes notáveis, como Public Service Enterprise Group (NYSE:PEG), Hologic (NYSE:HOLX), BWX Technologies (NYSE:BWXT) e Insperity (NYSE:NSP), espalhados por horários matinais e vespertinos, prometem análises sobre estabilidade energética, inovações em saúde e serviços corporativos, potencialmente moldando o humor do mercado em meio a expectativas de crescimento moderado.
Já na Nasdaq, a agenda de balanços para 3 de novembro de 2025 pulsa com o dinamismo típico do ecossistema de inovação, concentrando-se em biotecnologia, semicondutores e plataformas digitais. Conferências matinais incluem ON Semiconductor (NASDAQ:ON), BioNTech (NASDAQ:BNTX) e Axsome Therapeutics (NASDAQ:AXSM), explorando avanços em chips e terapias genéticas, seguidas por Lattice Semiconductor (NASDAQ:LSCC), Qorvo (NASDAQ:QRVO) e Sarepta Therapeutics (NASDAQ:SRPT) no período da tarde. Fechando o dia após o mercado, ZoomInfo (NASDAQ:ZI), Exact Sciences (NASDAQ:EXAS) e Upwork (NASDAQ:UPWK) devem destacar métricas de software e freelancing, em um calendário que pode acentuar a volatilidade entre ações de alto crescimento, refletindo o otimismo cauteloso no Vale do Silício.
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