DoE mantém projeção do petróleo Brent em US$ 69 para 2025. Expectativa é de estoques maiores e preços pressionados até 2026

O Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE, na sigla em inglês) manteve inalterada sua projeção para o preço médio do petróleo Brent (CCOM:OILBRENT) em 2025, estimando o barril a US$ 69. Já para 2026, o órgão revisou a previsão de US$ 52 para US$ 55, segundo o relatório mensal Short-Term Energy Outlook (STEO) divulgado nesta quarta-feira (12/11).

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De acordo com o documento, o reajuste para 2026 “reflete principalmente atualizações nas suposições sobre os estoques da China e as sanções ao setor de petróleo da Rússia”. O DoE projeta que os estoques globais de petróleo continuarão em expansão até 2026, exercendo pressão de baixa sobre as cotações do petróleo nos próximos meses. Ainda assim, o preço do Brent deve “cair para uma média de US$ 54 por barril no primeiro trimestre de 2026 e fechar o ano a US$ 55”.

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A produção global de combustíveis líquidos, segundo o órgão, deve crescer 2,8 milhões de barris por dia (bpd) em 2025 e 1,4 milhão em 2026. O avanço será liderado por Brasil, Estados Unidos, Guiana e Canadá, responsáveis por 75% da expansão neste ano e 67% no próximo. O relatório ressalta ainda que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) tende a manter a produção abaixo das metas anunciadas, numa tentativa de conter a aceleração dos estoques e evitar uma queda mais acentuada dos preços.

O DoE também estima que o crescimento dos estoques globais pode atingir 2,2 milhões de bpd em 2026, ante 1,8 milhão em 2025. Apesar disso, a entidade avalia que as compras estratégicas de petróleo realizadas pela China devem “limitar as pressões de baixa sobre os preços”.

O relatório projeta ainda que o preço médio da gasolina nos Estados Unidos ficará em US$ 3,10 por galão em 2025, com tendência de queda para menos de US$ 3,00 em 2026, acompanhando o movimento do Brent.

A projeção reforça o cenário de um mercado global de energia ainda sensível às decisões de oferta e aos movimentos da China, enquanto os investidores seguem atentos às estratégias da Opep+ e à evolução dos estoques. Com o Brent (CCOM:OILBRENT) atualmente negociado próximo a US$ 70, o relatório indica que o mercado deve enfrentar meses de maior volatilidade, em meio à disputa entre cortes de produção e aumento de reservas estratégicas.

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