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Futuros de Wall Street em queda e tensões políticas no Brasil marcaram o início da terça-feira (25/11)

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São Paulo, 25 de novembro de 2025 – Os mercados financeiros globais iniciaram a semana com um tom de cautela nesta terça-feira, 25 de novembro, em um pré-mercado marcado por uma leve correção nos índices futuros dos Estados Unidos após a robusta recuperação do setor de tecnologia na véspera. Wall Street, que fechou a segunda-feira em alta graças a um rali impulsionado por ações de inteligência artificial, agora busca consolidar esses ganhos em meio a um otimismo crescente quanto à possibilidade de o Federal Reserve (Fed) anunciar um corte nas taxas de juros no próximo mês. No Brasil, o dia é de foco nos dados econômicos do setor externo de outubro e na audiência pública do economista Gabriel Galípolo no Senado, em um ambiente de alta tensão política que ameaça a aprovação de medidas fiscais controversas.

Os futuros dos principais índices americanos operavam em baixa no pré-mercado, refletindo uma pausa na euforia recente. Os contratos do Nasdaq 100 caíam 0,19%, enquanto os do S&P 500 recuavam 0,10% e os do Dow Jones Industrial Average perdiam 0,13%. Esse movimento de realização de lucros ocorre logo após um dia de fortes avanços no setor de tecnologia, onde empresas como Nvidia e Alphabet impulsionaram os ganhos, mas agora enfrentam questionamentos sobre valuations elevados e o potencial de uma reversão de momentum no final do ano. Analistas apontam que, apesar da correção modesta, o sentimento geral permanece positivo, sustentado pela expectativa de alívio monetário do Fed.

O otimismo em relação às políticas do Fed ganhou força com declarações recentes de autoridades do banco central, elevando as apostas para um corte de 25 pontos-base na taxa de juros em dezembro para cerca de 80%, conforme dados do CME FedWatch Tool. Presidentes regionais como John Williams, do Fed de Nova York, e Mary Daly, de San Francisco, sinalizaram espaço para reduções no curto prazo, citando preocupações com o mercado de trabalho e uma desaceleração na inflação. Essa probabilidade, que saltou de menos de 40% na semana passada, reflete a visão de que a política restritiva atual pode agravar fragilidades no emprego, especialmente após dados recentes de payrolls que, embora sólidos em setembro, revelaram sinais mistos de desaceleração.

Destaques do calendário econômico em Nova York hoje incluem a divulgação do Índice de Preços ao Produtor (PPI) de setembro, as vendas no varejo do mesmo mês e o relatório semanal de emprego privado da ADP, além do índice de confiança do consumidor do Conference Board para novembro. O PPI, adiado do cronograma original devido ao shutdown governamental, é aguardado com expectativa de uma variação mensal de 0,3% no grupo de controle usado para cálculos de PIB, após 0,7% em agosto. As vendas no varejo, por sua vez, devem mostrar um crescimento de 0,3% em setembro, sinalizando resiliência no consumo apesar de pressões inflacionárias residuais. Esses indicadores são cruciais para calibrar as expectativas para a reunião do Fed em 10 de dezembro, onde o corte de juros pode ser confirmado.

A divulgação do Índice de Despesas com Consumo Pessoal (PCE) de setembro, principal métrica de inflação do Fed, foi postergada para 5 de dezembro, coincidindo com o período pré-reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC). Essa mudança no cronograma, provocada pelo paralisia governamental, adiciona uma camada de incerteza, mas analistas acreditam que os dados recentes de inflação core, alinhados aos de economias mais estáveis como os EUA, reforçam a narrativa de desinflação gradual. No entanto, a lentidão na redução de preços pode tornar o processo de corte de juros “mais custoso”, como alertou o próprio Fed em comunicações recentes.

Outro impacto do shutdown é o adiamento da divulgação do PIB do terceiro trimestre para 23 de dezembro, parte de um cronograma de recuperação de dados atrasados. Economistas preveem um crescimento anualizado de cerca de 2,5% para o período, impulsionado por um mercado de trabalho resiliente, com taxa de desemprego em 6,8% e recordes de emprego formal. Ainda assim, o setor manufatureiro enfrenta ventos contrários de tarifas comerciais impostas pelos EUA, principal destino das exportações brasileiras de bens industriais, o que pode temperar o otimismo de longo prazo.

No Brasil, o foco dos investidores se volta para os números do setor externo de outubro, com expectativa de um aumento de 9,1% nas exportações em relação ao ano anterior, impulsionado principalmente pelo agronegócio. A safra agrícola de 2025, projetada para ser 21% superior à de 2024 afetada por secas, deve sustentar esse desempenho, com China absorvendo maior volume de commodities em meio a tensões comerciais com os EUA. No entanto, as importações podem ter crescido moderadamente, resultando em um superávit comercial positivo, mas pressionado por tarifas de 50% sobre bens brasileiros anunciadas pela administração americana em agosto. Esses dados, divulgados pelo Ministério da Economia, serão analisados de perto para avaliar a resiliência da balança comercial em um cenário de política monetária restritiva, com a Selic mantida em 15% até o fim do ano.

Paralelamente, a audiência pública de Gabriel Galípolo no Senado Federal, marcada para as 10h, domina as atenções em Brasília. Indicado pelo presidente Lula para presidir o Banco Central a partir de 2025, Galípolo – atual diretor de Política Monetária – enfrenta questionamentos em um ambiente de alta tensão política. Sua sabatina, que pode pavimentar o caminho para a aprovação, ocorre em meio a debates acalorados sobre a autonomia do BC e compromissos com a meta de inflação de 3%. Galípolo já reiterou em ocasiões anteriores sua dedicação à independência decisória, mas opositores cobram garantias contra interferências governamentais, especialmente com a maioria de indicados de Lula no Copom.

A tensão política atinge o ápice com o risco de derrota governista na votação de uma bomba fiscal prevista para esta terça-feira. A proposta, que inclui isenções tributárias e gastos adicionais estimados em R$ 100 bilhões, é vista por críticos como um risco à meta fiscal de 2025 e à credibilidade do Brasil nos mercados internacionais. Analistas alertam que uma rejeição poderia elevar o prêmio de risco dos títulos públicos, pressionando o real e elevando a Selic em um ciclo de aperto monetário já iniciado em setembro. O mercado, que precifica uma manutenção das taxas em 15% até o início de 2026, monitora o desfecho com cautela, temendo impactos em investimentos estrangeiros e na recuperação econômica projetada em 2% para o próximo ano.

Em resumo, o pré-mercado de 25 de novembro reflete um equilíbrio delicado entre otimismo monetário nos EUA e incertezas fiscais no Brasil. Enquanto os investidores americanos aguardam dados que podem selar um corte de juros, o cenário doméstico é de vigilância quanto a decisões políticas que moldarão o rumo da economia emergente. Com o feriado de Ação de Graças nos EUA se aproximando – mercados fechados na quinta e encerramento antecipado na sexta –, o volume de negociações deve ser volátil, ampliando a sensibilidade a surpresas nos indicadores. Analistas recomendam posições defensivas, com foco em ativos refúgio como Treasuries e commodities, em um dia que pode definir o tom para o fechamento do mês.

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