Ibovespa cai 0,73% com cautela de investidores, em dia de feriado e incertezas globais

O Ibovespa (BOV:IBOV) fechou a quarta-feira (19/11) com leve queda de 0,73%, aos 155.380,66 pontos, registrando uma perda de 1.141,47 pontos, após três pregões consecutivos de baixas. O volume negociado manteve-se robusto, refletindo a cautela dos investidores, que aproveitaram o feriado do Dia da Consciência Negra no Brasil para frear operações e evitar exposições desnecessárias. O índice futuro de Ibovespa (BMF:INDFUT) seguiu essa tendência, mostrando leve oscilação enquanto os mercados internacionais digeriam balanços e indicadores econômicos.

O mercado de ações brasileiro seguiu influenciado por fatores internacionais e domésticos nesta quarta-feira (19/11). A atenção global esteve no balanço trimestral da Nvidia (NASDAQ:NVDA), que pode balançar o setor de tecnologia e inteligência artificial, e nos dados atrasados do payroll norte-americano, que afetam decisões do Federal Reserve.

Na Europa, a cautela prevaleceu após a ata do Fed, mostrando incerteza sobre o grau de restritividade da política monetária. No cenário doméstico, o impacto da liquidação do Banco Master preocupa investidores, refletindo nos grandes bancos nacionais. Além disso, indicadores econômicos e a volatilidade do petróleo e minério de ferro acrescentaram nervosismo ao pregão.

No mundo corporativo, os destaques do Ibovespa (BOV:IBOV) foram variados. Entre as maiores altas, Hapvida (BOV:HAPV3 | BOV:HAPV4), empresa de saúde e planos de assistência médica, subiu 2,00%, e Braskem (BOV:BRKM5 | BOV:BRKM3), química e petroquímica, avançou 0,63%, impulsionada por expectativas de novo acionista. No lado das maiores baixas, Assaí (BOV:ASAI3), varejo de atacado, caiu 3,05% após detalhar estratégias de geração de valor.

Bancos seguem pressionados: BB (BOV:BBAS3) -1,37%, Bradesco (BOV:BBDC4) -1,00%, Itaú Unibanco (BOV:ITUB4) -0,62% e Santander (BOV:SANB11) -0,72%, refletindo preocupações sobre o FGC e resultados do 3T25. Entre as ações mais negociadas, Petrobras (BOV:PETR4 | BOV:PETR3 | NYSE:PBR) recuou 0,52%, Vale (BOV:VALE3) -0,11% e PRIO (BOV:PRIO3) -1,57%, influenciadas por petróleo e minério de ferro.

O mercado de juros futuros na B3 (BMF:DI1FUT) terminou a quarta-feira (19/11) em queda por toda a curva, refletindo maior aversão a risco e incertezas sobre política monetária internacional. Os vértices de longa duração apresentaram baixa consistente, enquanto os contratos de média e curta duração tiveram leves oscilações. Entre os DIs futuros mais negociados, o DI para janeiro/2026 registrou variação negativa, acompanhado do DI para janeiro/2027, ambos acompanhando o recuo nas expectativas de juros de curto prazo. Essa dinâmica demonstra a cautela dos investidores frente a dados econômicos atrasados e eventos corporativos internacionais.

Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

   Assaí (ASAI3)

   O Assaí detalhou nesta terça-feira (18/11), em seu Dia do Investidor, um conjunto robusto de iniciativas para atravessar o cenário macroeconômico desafiador e fortalecer a geração de valor. A companhia destacou que seguirá com disciplina na alocação de capital, priorizando eficiência operacional, expansão da marca própria, entrada em farmácias e novos serviços financeiros — todos com escala prevista para 2026. Saiba mais…

   Axia (AXIA3)

   A Axia Energia inicia uma nova fase de crescimento estratégico, mirando participação ativa em leilões de transmissão de energia no Brasil, incluindo potenciais parcerias para projetos bilionários. A companhia, que recentemente concluiu sua reorganização interna após a privatização, prevê investimentos de R$10 bilhões ainda este ano para reforçar sua infraestrutura e confiabilidade operacional. Saiba mais…

   B3 (B3SA3)

   A B3 SA – Brasil Bolsa Balcão divulgou seus dados operacionais referentes a outubro de 2025, mostrando um avanço consistente na atividade dos mercados administrados pela companhia. O volume médio diário negociado no segmento de ações atingiu R$ 23,11 bilhões, alta de 3,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, sinalizando um mercado mais líquido e ativo para quem investe na bolsa de valores. Saiba mais…

   Braskem (BRKM5)

   As ações da Braskem registram uma das maiores altas do Ibovespa nesta quarta-feira (19/11), após duas notícias elevarem o otimismo dos investidores: o iminente acordo para transferência da participação da Novonor para a IG4 Capital e a aprovação, no Senado, do programa PRESIQ, que prevê subsídios à indústria química nacional. Saiba mais…

   BRB (BSLI4)

   O BRB – Banco de Brasília confirmou após o fechamento do mercado na terça-feira, 18, que recebeu a indicação de Celso Eloi de Souza Cavalhero para assumir a presidência do banco, após a Justiça afastar Paulo Henrique.

   O Banco de Brasília S.A. confirmou que identificou “divergências documentais” em operações relacionadas ao Banco Master, instituição alvo da Operação Compliance Zero, deflagrada pela Polícia Federal na terça-feira (19/11). Segundo o presidente afastado do BRB, Paulo Henrique Costa, o caso foi comunicado ao Banco Central ainda no primeiro quadrimestre, antes mesmo da liquidação do Master e do veto ao processo de aquisição anunciado em março. Saiba mais…

   O BRB – Banco de Brasília anunciou nesta quarta-feira (19/11) a contratação de uma auditoria externa especializada para aprofundar as investigações relacionadas à operação Compliance Zero, deflagrada pela Polícia Federal, que levou ao afastamento judicial, por 60 dias, do presidente do banco, Paulo Henrique Costa. A iniciativa ocorre após o Banco Central determinar a liquidação extrajudicial do Banco Master, parceiro comercial do BRB em diversas operações de crédito desde 2024. Saiba mais…

   Copel (CPLE3)

   A Cia Paranaense de Energia Copel anunciou a aprovação de um programa de investimentos de R$ 17,8 bilhões para o período de 2026 a 2030, em movimento que reforça sua estratégia de expansão, modernização e aumento da eficiência operacional. O plano, aprovado pelo conselho de administração nesta quarta-feira (19/11), consolida a posição da companhia como um dos principais players do setor elétrico brasileiro. Saiba mais…

   CSN Mineração (CMIN3)

   A CSN Mineração informou nesta terça-feira (18/11), que está negociando com sua controladora, a CSN, a potencial compra de parte das ações da MRS Logística atualmente detidas pelo grupo. A mineradora ressaltou que a operação ainda não tem preço nem quantidade definidos, e que não há qualquer contrato vinculante assinado até o momento. Saiba mais…

   Gafisa (GFSA3)

   O conselho de administração da Gafisa S.A. aprovou em 18 de novembro um aumento de capital no valor mínimo de R$ 20 milhões e máximo de R$ 58,3 milhões, com emissão de novas ações ordinárias ao preço de R$ 5,23 cada. A medida visa reforçar o caixa da companhia e assegurar recursos para cumprir obrigações de curto e médio prazo. Saiba mais…

   Grupo Mateus (GMAT3)

   O Grupo Mateus S.A. anunciou nesta terça-feira (19/11) uma revisão de R$ 1,1 bilhão em seus estoques, reduzindo o total de R$ 6 bilhões para R$ 4,9 bilhões no balanço do terceiro trimestre de 2025. A correção impactou diretamente o patrimônio líquido da companhia e provocou queda imediata de 3,57% no preço das ações, refletindo a preocupação do mercado com a governança e os controles internos da varejista. Saiba mais…

   Jalles Machado (JALL3)

   A Jalles Machado S.A. encerrou a safra 2025/26 em suas três unidades – Jalles Machado (UJM), Otávio Lage (UOL) e Santa Vitória (USV) – com aumento da área colhida para 94,8 mil hectares (+3,4%), mas redução no volume total de cana processada, impactado por condições climáticas adversas, informou a companhia em fato relevante divulgado ontem (18) à noite. Saiba mais…

   Motiva (MOTV3)

   A Motiva Infraestrutura De Mobilidade S.A. comunicou ao mercado a venda integral de seus ativos aeroportuários para a Aeropuerto de Cancún, subsidiária do Grupo Aeroportuario del Sureste (ASUR), em uma transação avaliada em R$ 5 bilhões. O negócio envolve 100% da Companhia de Participações em Concessões (CPC), holding que reúne todos os ativos aeroportuários da Motiva no Brasil e no exterior. Saiba mais…

   Multiplan (MULT3) 

   A Multiplan Empreendimentos Imobiliários anunciou a inauguração da primeira expansão do Parque Shopping Maceió, ampliando em 5,5 mil m² a Área Bruta Locável (ABL) do empreendimento. O novo espaço, localizado no terceiro piso, integra o Centro Médico à praça de alimentação e conta com 38 novas lojas — sendo 37 satélites e uma âncora. No total, foram investidos R$ 67 milhões na ampliação, elevando a ABL total do shopping para 45,8 mil m². Saiba mais…

   Oncoclínicas (ONCO3)

   A Oncoclínicas informou que tentará assumir a participação do Banco Master na empresa como forma de compensar as perdas registradas após a liquidação extrajudicial da instituição financeira, decretada nesta terça-feira pelo Banco Central em meio à prisão de Daniel Vorcaro e outros executivos do banco em investigação conduzida pela Polícia Federal. Saiba mais…

   A Oncoclínicas confirmou nesta terça-feira (18/11) a homologação do aumento de capital social no valor de R$ 1,415 bilhão, por meio da emissão de 471.514.866 novas ações ordinárias, ao preço de R$ 3,00 por ação. Com a operação, o capital social da companhia passa de R$ 3,147 bilhões para R$ 4,562 bilhões, totalizando agora 1.132.929.494 ações em circulação na bolsa de valores. Saiba mais…

   Petrobras (PETR3/PETR4)

   A Petrobras recebeu da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) uma prorrogação de até oito meses na autorização para vender o gás da Unidade de Tratamento de Gás Natural de Caraguatatuba (UTGCA). A medida concede à estatal três meses para apresentar um plano de adequação que garanta um teor mínimo de 85% de metano no gás produzido, além de três meses para análise técnica da ANP e dois meses para decisão final da diretoria. Saiba mais…

   Smartfit (SMFT3)

   A Smart Fit opera em alta na bolsa de valores nesta quarta-feira (19/11), mesmo após o Patria Investimentos realizar um novo block trade de aproximadamente R$ 860 milhões. A gestora vendeu 36 milhões de ações da rede de academias, em operação coordenada pelo Bank of America, mantendo ainda uma fatia relevante na companhia. Saiba mais…

   

   (Com informações da TCMover e Momento B3)