
Tensão antes da decisão do Copom e dados de emprego dos EUA pautam o pregão desta quarta-feira (05/11), enquanto o dólar e os juros futuros ajustam posições.
O Ibovespa (BOV:IBOV) iniciou esta quarta-feira (05/11) em leve queda, operando próximo aos 150.500 pontos, após renovar máximas históricas no dia anterior. O movimento reflete a postura cautelosa dos investidores antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) e diante de um ambiente global de maior aversão ao risco, com os mercados norte-americanos sob pressão das ações de tecnologia.
O índice futuro do Ibovespa (BMF:INDZ25) recua 0,11%, negociado a 152.780 pontos, sugerindo um pregão de realização moderada após a sequência de recordes. Ainda assim, o cenário técnico continua favorável à tendência de alta, sustentada pelas médias móveis e pela entrada contínua de capital estrangeiro atraído pelos juros elevados no Brasil.
O pano de fundo internacional é de tensão. Nos Estados Unidos, o S&P Futuro (BMF:WSPZ25) cede 0,11%, negociado a 6.795 pontos, refletindo preocupações com o setor de tecnologia após a forte queda das ações da Super Micro Computer e revisões negativas da AMD. O Dow Jones Futuro opera estável, enquanto o Nasdaq Futuro recua, com os investidores aguardando a divulgação do relatório ADP às 10h15, que deve indicar o ritmo de geração de empregos no setor privado.
A incerteza se agrava com o shutdown prolongado do governo americano, que já é o maior da história e compromete a divulgação de indicadores oficiais. A falta de dados concretos aumenta o desconforto sobre os próximos passos do Federal Reserve, especialmente em um momento em que parte do mercado já precifica cortes de juros no primeiro trimestre de 2026.
No Brasil, todas as atenções se voltam para o Copom, que deve manter a Selic em 15% ao ano, conforme consenso de mercado. O foco recai sobre o tom do comunicado, que poderá indicar o início de um ciclo de flexibilização nos próximos meses. Um discurso mais “dovish” (favorável a cortes) tende a sustentar o otimismo no mercado acionário, enquanto uma postura conservadora pode gerar ajustes e realizar lucros.
Apesar do tom de cautela global, o WINFUT (BMF:WINZ25) — índice futuro do Ibovespa — segue tecnicamente em tendência de alta em todos os tempos gráficos. O ativo exibe movimentação padrão de correção após a superação das máximas históricas, sem sinal de reversão estrutural. A região de 152.000 pontos atua como suporte de curto prazo, e um novo impulso comprador poderia levar o contrato aos 153.500–154.000 pontos ainda nesta semana.
Enquanto isso, o S&P Futuro (BMF:WSPZ25) testa suporte em 6.780 pontos, e uma perda consistente desse nível poderia acelerar a realização em Wall Street. O IFR do índice norte-americano aponta para baixo, indicando potencial correção mais ampla, com alvos em 6.690 e 6.550 pontos — cenário que, se confirmado, pode limitar o avanço do Ibovespa nos próximos pregões.
Dólar Futuro (WDOZ25)
O Dólar Futuro (BMF:WDOZ25) apresenta comportamento misto, operando em R$ 5.430 (-0,20%), após testar resistência de curto prazo em R$ 5.434. A superação dessa faixa ainda abre espaço para repiques até R$ 5.500 e R$ 5.590, enquanto a perda de R$ 5.410 retomaria o viés de baixa, mirando R$ 5.360 e R$ 5.210.
Nos gráficos intradiários, o dólar mostra tendência lateral, mas o IFR inclina para cima, indicando força para repiques pontuais. O range diário médio de 30 pontos pode se ampliar conforme aumenta a volatilidade no dia do Copom.
Juros Futuros (DI1F29 / DI1F33)
Os juros futuros (BMF:DI1F29) | (BMF:DI1F33) recuam na manhã desta quarta-feira, refletindo a expectativa de manutenção da Selic e a ausência de sinais de aperto monetário adicional. O contrato DI1F29 opera a 13,10% (-0,11%), enquanto o DI1F33 marca 13,60% (-0,11%), ambos mantendo tendência de baixa pelas médias de 21 e 200 períodos.
O MACD e o IFR indicam repiques técnicos, mas a estrutura ainda é de alívio gradual nos prêmios de risco. O mercado precifica corte de juros apenas no início de 2026, caso o ambiente externo permita. Um tom mais suave no comunicado do Copom pode antecipar ajustes curtos de curva.
Panorama Final
A sessão desta quarta-feira promete alta volatilidade. O Ibovespa (BOV:IBOV) deve alternar entre movimentos de realização e repique técnico, acompanhando o desempenho dos futuros locais (WINFUT) e americanos (WSPZ25). A combinação de liquidez reduzida, dólar instável e juros em queda cria um ambiente propício a ajustes pontuais antes da decisão do Banco Central.
A consolidação acima dos 151.000 pontos manteria o viés positivo e poderia impulsionar o índice em direção a 154.000–157.000 pontos nas próximas semanas. Por outro lado, uma quebra de 149.700 pontos abriria espaço para uma correção até 147.000, sem comprometer o ciclo de alta estrutural.
A análise acima foi realizada pela ferramenta AI – ADVFN Intelligence. A AI é a principal fornecedora de análise financeira e pesquisa impulsionada por Inteligência Artificial disponível no mercado. TESTE GRATUITAMENTE a Inteligência Artificial da ADVFN.
Análise Técnica — Ibovespa (IBOV)
O Ibovespa (BOV:IBOV) mantém a tendência primária de alta, confirmada pelas médias móveis de 21 e 200 períodos, projetando alvo para 154.000 pontos no curto prazo e 157.000 por Fibonacci. O movimento segue dentro de um canal ascendente, sem sinal de reversão estrutural.
O último fechamento, em 150.704 pontos, reforça o padrão de máximas históricas consecutivas, enquanto o suporte relevante está em 149.700 pontos. A perda desse nível indicaria uma realização mais intensa, com zonas de suporte em 147.000 e 145.000 pontos, sem comprometer a tendência principal.
O IFR está em zona de sobrecompra, o que pode sugerir correção técnica pontual, mas o MACD continua positivo e em trajetória de alta — cenário típico de continuação da tendência. No gráfico intradiário, o WINFUT (BMF:INDZ25) exibe comportamento similar: tendências de alta em todos os tempos gráficos (60, 15 e 5 minutos), com correção natural após a renovação de máximas.
Para o pregão desta quarta-feira (05/11), o índice deve abrir com gap de baixa, acompanhando o movimento cauteloso dos mercados externos, mas mantendo suporte técnico firme acima dos 150.000 pontos. A superação dos 151.000 pode levar o índice novamente à zona de 152.400–154.000, com projeções mais longas mirando 157.000 pontos.
Aviso ao Investidor! A análise técnica apresentada neste artigo é exclusivamente para fins informativos e educacionais, com base em dados extraídos da ferramenta Scanner ADVFN. Não constitui recomendação ou oferta de compra ou venda de qualquer ativo financeiro. Investimentos envolvem riscos, e decisões devem ser tomadas com base em avaliação própria ou consulta a profissionais financeiros qualificados. A ADVFN e os autores não se responsabilizam por perdas, danos (diretos, indiretos ou incidentais), custos ou lucros cessantes decorrentes do uso destas informações. O desempenho passado não garante resultados futuros. Invista com cautela e responsabilidade.
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