Mercados globais sobem no pré-mercado desta segunda-feira (03/11) com otimismo sobre tecnologia, petróleo e Copom no radar

Os mercados internacionais operam em alta no início desta segunda-feira (03/11), acompanhando o bom humor vindo dos resultados corporativos de gigantes do setor de tecnologia e da redução das tensões comerciais entre Estados Unidos e China. O movimento dá fôlego aos principais índices futuros americanos, enquanto investidores monitoram uma agenda carregada de indicadores e decisões de política monetária ao redor do mundo.

Nos Estados Unidos, o foco está voltado para os poucos dados privados que ainda serão divulgados nesta semana, já que a paralisação parcial do governo americano (shutdown) interrompeu a publicação de relatórios oficiais, como o payroll, que tradicionalmente orienta as apostas sobre os próximos passos do Federal Reserve. Com isso, o mercado de trabalho passa a ser avaliado por pesquisas independentes, enquanto o sentimento geral de risco melhora com a temporada de balanços.

O setor de tecnologia segue como destaque positivo, impulsionado pelos fortes lucros reportados por empresas como Apple, Amazon e Microsoft, o que elevou o apetite por risco entre os investidores. Além disso, declarações recentes de representantes de Washington e Pequim indicaram avanços diplomáticos nas conversas comerciais, reduzindo temores de novas tarifas e abrindo espaço para otimismo no curto prazo.

No campo das commodities, o mercado de petróleo reage à decisão da Opep+ anunciada no domingo (27), de aumentar a produção imediatamente, mas manter a oferta congelada para o primeiro trimestre de 2026. O movimento busca equilibrar a oferta global diante da retomada parcial da demanda na Ásia e da desaceleração econômica na Europa. Os preços do Brent e do WTI operam próximos da estabilidade, após ganhos recentes.

A indústria chinesa também segue no radar dos investidores. Apesar de o PMI Industrial Caixin ter recuado em outubro, o índice ainda permanece acima da linha de 50 pontos, sinalizando expansão da atividade. A leitura reforça que, embora o crescimento da segunda maior economia do mundo esteja perdendo força, o país continua sustentando parte da recuperação global — principalmente no setor de manufatura e exportações.

Nesta semana, diversos índices PMI ao redor do mundo ajudam a medir o ritmo de crescimento global. Nos Estados Unidos, o índice de gerentes de compras (PMI) é aguardado ainda hoje, podendo oferecer sinais sobre o comportamento da produção e dos preços antes da próxima decisão do Fed. O cenário é de cautela, mas com viés otimista nos mercados.

No Brasil, o destaque fica para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que será concluída na quarta-feira (31). O consenso entre os analistas é de manutenção da Selic, atualmente em 10,50% ao ano, diante das incertezas fiscais e da recente alta do dólar. Além disso, a semana marca a divulgação dos balanços do terceiro trimestre de Itaú (ITUB4) e Petrobras (PETR4), que devem movimentar fortemente a bolsa de valores.

Outro tema de destaque doméstico é o chamado tarifaço, conjunto de medidas fiscais que o governo tenta reequilibrar nas negociações com o Congresso. A retomada dessas discussões deve ganhar espaço ao longo da semana, enquanto o noticiário ambiental também esquenta com os preparativos da COP30, que será realizada em Belém do Pará em 2026.

Por fim, vale lembrar que, com o fim do horário de verão no Hemisfério Norte, os pregões da B3 passam a encerrar às 17h55 (horário de Brasília). A mudança é temporária e influencia o volume de negociações e a dinâmica das ordens de fechamento.

A análise acima foi realizada pela ferramenta AI – ADVFN Intelligence. A AI é a principal fornecedora de análise financeira e pesquisa impulsionada por Inteligência Artificial disponível no mercado. TESTE GRATUITAMENTE a Inteligência Artificial da ADVFN.