Molson Coors não atingiu as expectativas para o terceiro trimestre em meio à demanda mais fraca e à concorrência acirrada

A Molson Coors Beverage Company (NYSE:TAP) divulgou resultados do terceiro trimestre abaixo das estimativas de Wall Street, em um momento em que a cervejaria enfrentou uma fragilidade generalizada no setor e o aumento da pressão competitiva.

As ações da empresa caíram 0,93% nas negociações pré-mercado após o anúncio. A Molson Coors Beverage Company também é negociada na B3 por meio da BDR (BOV:M1CB34).

A fabricante de bebidas reportou lucro ajustado de US$ 1,67 por ação, abaixo da previsão dos analistas de US$ 1,71, enquanto a receita caiu 2,3% em relação ao ano anterior, para US$ 2,97 bilhões, também abaixo das expectativas de US$ 3,04 bilhões. Em moeda constante, as vendas líquidas recuaram 3,3% em comparação com o ano passado.

“Nosso desempenho no terceiro trimestre esteve amplamente alinhado com nossas expectativas para o segundo semestre do ano em relação ao setor e ao desempenho de nossas ações nos EUA”, disse Rahul Goyal, presidente e diretor executivo. “Continuamos acreditando que a leve desaceleração no setor este ano é cíclica.”

O volume financeiro caiu 6,0% durante o trimestre, enquanto o volume da marca diminuiu 4,5%, refletindo menores remessas nas Américas e nas regiões EMEA e APAC. O negócio nas Américas registrou uma queda de 4,4% no volume da marca, enquanto na região EMEA e APAC a queda foi de 5,0%.

A Molson Coors também contabilizou importantes baixas contábeis não monetárias, incluindo uma baixa parcial de ágio de US$ 3,65 bilhões e baixas contábeis de ativos intangíveis de US$ 273,9 milhões, resultando em um prejuízo líquido de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos (GAAP) de US$ 2,93 bilhões.

Apesar desses contratempos, a empresa manteve sua previsão para o ano todo, embora agora espere terminar na extremidade inferior das faixas de projeção anteriores. A Molson Coors projeta uma queda de 3% a 4% nas vendas líquidas em moeda constante e uma redução de 7% a 10% no lucro por ação subjacente para 2025.

“Nos últimos anos, aumentamos significativamente nossa flexibilidade financeira e continuamos comprometidos em melhorar o retorno total para os acionistas”, disse Tracey Joubert, Diretora Financeira. “Com uma abordagem disciplinada na alocação de capital, pretendemos equilibrar os investimentos para aprimorar nosso portfólio de produtos, ao mesmo tempo em que continuamos a retornar caixa aos acionistas por meio de nosso programa de recompra de ações e dividendos.”

A empresa também confirmou uma iniciativa de reestruturação anunciada em outubro, que eliminará aproximadamente 400 postos de trabalho assalariados em seu segmento das Américas até o final de dezembro de 2025, com custos de reestruturação estimados entre US$ 35 milhões e US$ 50 milhões.

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