
O último relatório trimestral da Nvidia (NASDAQ:NVDA) chega em um momento crítico — não apenas para a própria empresa, mas também para o mercado de ações dos EUA, que permanece profundamente atrelado ao boom da inteligência artificial.
A amplitude do mercado no S&P 500 ainda é extremamente estreita, com ganhos expressivos impulsionados por apenas algumas gigantescas empresas. Isso torna os resultados desta noite especialmente importantes: a sustentabilidade da alta do ano pode depender em grande parte de a Nvidia conseguir, mais uma vez, superar as expectativas que têm aumentado constantemente nas últimas semanas.
A recente queda nos principais índices destaca a sensibilidade dos investidores até mesmo a pequenas oscilações no sentimento em relação à IA. Como resultado, as projeções e os comentários sobre a demanda da Nvidia para o restante do ano provavelmente terão ainda mais peso do que o habitual.
As expectativas permanecem elevadas, embora não nos níveis espetaculares de “superação das expectativas” vistos em 2024. O posicionamento na ação ainda é considerado saturado — a maioria das mesas de operações a classifica com 7 ou 8 em 10 — e os mercados de opções estão precificando uma variação nos resultados de aproximadamente 7%.
Uma oscilação desse tipo equivaleria a uma variação de cerca de US$ 320 bilhões no valor de mercado, a maior reação pós-divulgação de resultados já prevista para a líder em IA. Com a Nvidia agora avaliada em aproximadamente US$ 4,6 trilhões, mesmo um resultado um pouco abaixo do esperado ou uma perspectiva mais fraca do que a prevista poderia influenciar significativamente a trajetória do S&P 500.
As ações da Nvidia apresentaram leve queda antes da divulgação dos resultados, com muitos investidores argumentando que a relação risco/retorno está, por ora, desfavorável. O entusiasmo em relação à inteligência artificial diminuiu ligeiramente desde o final do verão, o que significa que a Nvidia pode precisar de um relatório excepcionalmente forte para impulsionar significativamente suas ações.
As expectativas consensuais apontam para um lucro por ação (EPS) de US$ 1,25 no terceiro trimestre, com receita de US$ 55,03 bilhões, e um EPS de US$ 1,43 no quarto trimestre, com receita de US$ 61,8 bilhões. No entanto, como observa Jordan Klein, especialista em tecnologia, mídia e telecomunicações (TMT) da Mizuho, as estimativas mais informais do mercado são consideravelmente maiores — em torno de US$ 57 bilhões para o terceiro trimestre e US$ 64 bilhões para o quarto trimestre —, tornando mais provável a queda das ações, a menos que os resultados superem decisivamente essa meta.
Ruben Roy, da Stifel, alertou que “os fatores relacionados à oferta continuam sendo os principais riscos para as ações”.
Os sinais de demanda, no entanto, continuam robustos. O analista Gil Luria, da DA Davidson, espera que a Nvidia apresente “mais um trimestre de resultados que destacarão a enorme demanda por computação de IA, que esperamos que continue por um futuro previsível”.
Ele acrescentou: “A NVIDIA continua incrivelmente bem posicionada para se beneficiar neste ambiente computacional, apesar da crescente concorrência, e embora os concorrentes possam conquistar alguma participação de mercado com o tempo, acreditamos que o mercado está crescendo rápido o suficiente para que isso não represente um prejuízo real para a NVIDIA.”
Roy corroborou essa opinião, afirmando que análises do setor mostram que “a demanda por computação de IA provavelmente aumentará ainda mais. Continuamos a considerar a NVDA como a empresa mais bem posicionada para se beneficiar disso”, disse ele.
A própria Nvidia sinalizou um forte impulso futuro. Em seu evento GTC no final de outubro, em Washington, a empresa afirmou que os pedidos acumulados para os sistemas Blackwell e os primeiros modelos Rubin até 2026 ultrapassam US$ 500 bilhões, excluindo a China. Até o momento, 6 milhões de unidades foram enviadas, enquanto a plataforma Hopper gerou US$ 100 bilhões em vendas com 4 milhões de unidades entre 2023 e 2025.
Enquanto Wall Street aguarda um dos balanços mais importantes do ano, o relatório da Nvidia se tornou um catalisador decisivo para a alta impulsionada pela inteligência artificial — um fator que pode causar grandes impactos no índice S&P 500, dependendo do resultado.
A Nvidia também é negociada na B3 por meio da BDR (BOV:NVDC34).
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