
Mineradora testa combustíveis avançados e veículos elétricos pesados; iniciativa pode reduzir até 35% das emissões e movimenta as análises sobre VALE3 na bolsa de valores. Ação opera a R$ 64,92 (-0,46%) nesta terça-feira (18/11).
A Vale (BOV:VALE3), uma das maiores mineradoras do mundo e líder no setor de metais básicos na bolsa de valores brasileira, anunciou nesta terça-feira (18/11) novos avanços nos testes com caminhões fora de estrada movidos a biodiesel e energia elétrica. As avaliações fazem parte do plano global da companhia para reduzir emissões operacionais e ampliar o uso de combustíveis renováveis em suas operações no Brasil.
A iniciativa reforça o compromisso ambiental da Vale em um momento em que mineradoras do mundo inteiro precisam acelerar projetos de descarbonização para atender metas regulatórias e de investidores institucionais. Tecnologias aplicadas ao transporte pesado são consideradas estratégicas, já que esse segmento representa parte relevante das emissões diretas da companhia.
Os novos testes envolvem caminhões de 190 toneladas operando com misturas de 30% e 50% de biodiesel — porcentagens bem acima do limite de 15% adotado pela legislação brasileira. Apenas um desses veículos consome cerca de 130 litros de combustível por hora, ou aproximadamente 2.000 litros diários, o que torna qualquer avanço em eficiência algo altamente relevante para o resultado operacional da mineradora.
Segundo a Vale, os testes em bancada realizados desde 2023 já mostraram que o biodiesel em maiores concentrações pode reduzir até 35% das emissões associadas ao diesel fóssil utilizado atualmente.
Além dos biocombustíveis, a empresa iniciou nova fase de testes com um caminhão fora de estrada 100% elétrico, com capacidade de carga de 72 toneladas. O protótipo, avaliado inicialmente em 2022, retornou agora para uma etapa ampliada de operação na mina de Capão Xavier (MG), que deve durar pelo menos seis meses.
A Vale também firmou acordos com seus principais fornecedores para desenvolver motores dualfuel — movidos simultaneamente a etanol e diesel, ampliando o portfólio de soluções de baixo carbono.
“Para mitigar o consumo de diesel fóssil na frota de caminhões fora de estrada, estão sendo priorizados investimentos em biocombustíveis e etanol, além da adoção de sistemas de eletrificação em aplicações específicas, onde a análise de viabilidade técnica e econômica demonstra maior eficiência operacional”, afirmou Carlos Medeiros, vice-presidente executivo de Operações da Vale.
Às 14h24 desta terça-feira (18/11), as ações da Vale (VALE3) eram negociadas a R$ 64,92, recuando 0,46%. O papel abriu o pregão a R$ 64,45, chegou à máxima de R$ 65,08 e atingiu mínima de R$ 64,30 ao longo do dia. O volume negociado superou 13,6 milhões de ações. A divulgação dos avanços em combustíveis alternativos tende a manter o ativo no radar dos investidores que buscam empresas com iniciativas estruturadas de sustentabilidade.
A Vale S.A. (BOV:VALE3) é uma das maiores produtoras globais de minério de ferro, pelotas e níquel, e possui operações também em cobre, manganês, logística, energia e projetos de descarbonização. Concorrentes diretas incluem gigantes como Rio Tinto (LSE:RIO) e BHP (LSE:BHP), além de players asiáticos do setor de mineração e siderurgia. A empresa segue ampliando investimentos em eficiência, segurança e redução de emissões.
Os avanços da Vale em combustíveis renováveis podem alterar a dinâmica operacional de um dos setores mais intensivos em emissões no mundo.
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