A confiança do consumidor nos EUA aumenta em dezembro

O Índice de Confiança do Consumidor nos Estados Unidos avançou 3,7% em dezembro na comparação mensal, alcançando 52,9 pontos, de acordo com o relatório final divulgado pela Universidade de Michigan na sexta-feira (19/12). Apesar da melhora frente a novembro, o resultado ficou abaixo da previsão inicial e ainda mostrou retração expressiva de 28,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, sinalizando um cenário de cautela persistente entre as famílias.

Dentro do indicador geral, o Índice de Condições Econômicas Atuais apresentou desempenho negativo, com queda de 1,4% em dezembro, para 50,4 pontos. Na comparação anual, a retração foi ainda mais intensa, de 32,9%, refletindo a percepção menos favorável dos consumidores sobre a situação econômica presente e o impacto do custo de vida no orçamento doméstico.

Por outro lado, o Índice de Expectativas do Consumidor registrou alta mensal relevante, com avanço de 7,1% frente a novembro, chegando a 54,6 pontos. Ainda assim, na comparação com dezembro de 2024, o indicador acumulou queda de 25,5%, mostrando que o otimismo com o futuro segue limitado, mesmo com sinais pontuais de melhora no curto prazo.

“Embora os consumidores de baixa renda tenham apresentado ganhos, o sentimento dos consumidores de alta renda permaneceu praticamente inalterado. As condições de compra de bens duráveis caíram pelo quinto mês consecutivo… Apesar de alguns sinais de melhora no final do ano, o sentimento permanece quase 30% abaixo do registrado em dezembro de 2024, já que as questões financeiras continuam a dominar a visão dos consumidores sobre a economia”, afirmou a universidade no relatório.

Do ponto de vista de mercado, os dados tendem a influenciar o comportamento dos investidores ao afetar as expectativas sobre crescimento econômico, consumo e política monetária nos Estados Unidos. Um nível de confiança ainda deprimido pode gerar maior cautela na bolsa de valores, impactar o dólar norte-americano frente a outras moedas e sustentar movimentos defensivos nos títulos públicos, especialmente em momentos de incerteza sobre a trajetória da economia.

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