A confiança do consumidor nos EUA melhora em dezembro

O Índice de Confiança do Consumidor da Universidade de Michigan, um importante termômetro da saúde econômica nos Estados Unidos, apresentou uma melhora inesperada em sua primeira leitura de dezembro. O indicador principal subiu 4,5% na comparação com novembro, atingindo 53,3 pontos, um resultado que superou as expectativas do mercado. Contudo, quando olhamos para o cenário anual, o tom ainda é de cautela: o índice acumula uma expressiva queda de 28% em relação a dezembro do ano passado.

Os componentes do relatório pintam um quadro misto. O subíndice que mede as Condições Econômicas Atuais recuou 0,8% frente a novembro, fechando em 50,7 pontos – um número que representa uma retração de 32,5% na comparação anual. Por outro lado, o subíndice de Expectativas do Consumidor foi o grande motor do avanço, registrando um salto de 7,8% no mês, para 55 pontos, embora também esteja 25% abaixo do nível observado há um ano.

A Universidade de Michigan destacou a volatilidade recente das expectativas de longo prazo dos consumidores. Em seu relatório, afirmou: “Após quatro meses de fortes aumentos no início de 2025, as expectativas de longo prazo caíram por três meses consecutivos até julho, seguidos por mais três meses de pequenos aumentos. As expectativas de longo prazo se suavizaram nos últimos dois meses. A leitura preliminar de dezembro está bem abaixo dos picos das leituras mensais de junho de 2022 e abril de 2025, mas acima da maioria das leituras de 2024, bem como das leituras de 2020 e anos anteriores”.

Possíveis Impactos no Mercado:
A surpresa positiva no índice principal de confiança pode ser interpretada como um sinal de resiliência do consumidor norte-americano, podendo sustentar as projeções de consumo e, por consequência, do crescimento econômico. Isso tende a reforçar o sentiment de risco nos mercados, beneficiando as bolsas de valores (SPI:SP500 | NASDAQI:COMPX | DOWI:DJI) e pressionando ativos de refúgio. Para o câmbio, um consumidor confiante fortalece o argumento para uma política monetária menos flexível por parte do Federal Reserve (Fed), podendo dar suporte ao dólar norte-americano (FX:USDBRL). No mercado de títulos, a percepção de economia mais aquecida pode levar a uma alta nos rendimentos dos Treasuries, refletindo expectativas de taxas de juros mais altas por mais tempo.

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