
O novo boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (01/12), trouxe uma leve melhora no cenário inflacionário ao revisar para baixo as expectativas do IPCA para 2025 e 2026. A mediana das projeções para o índice de 2025 passou de 4,45% para 4,43%, marcando a terceira redução seguida e permanecendo abaixo do teto da meta contínua. Para 2026, a projeção recuou de 4,18% para 4,17%.
De acordo com o Banco Central, o IPCA deve encerrar 2025 em 4,6% e desacelerar para 3,6% em 2026, seguindo a trajetória apresentada no último ciclo de comunicações do Copom. No horizonte relevante, referente ao segundo trimestre de 2027, a autoridade monetária projeta inflação acumulada em 12 meses de 3,3%. Na decisão mais recente, o Copom manteve a taxa Selic em 15% pela terceira vez consecutiva e destacou que “a estratégia de manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”.
A meta contínua de inflação, estabelecida com centro de 3% e tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo, segue como referência. Caso o IPCA permaneça fora desse intervalo por seis meses consecutivos, o Banco Central é considerado fora do objetivo — situação que ocorreu após o resultado de junho, divulgado em 10 de julho.
Em carta aberta, a autoridade monetária afirmou esperar que a inflação volte a ficar abaixo de 4,50% no final do primeiro trimestre de 2026. No médio prazo, o Focus manteve a projeção de 3,80% para a inflação de 2027 e repetiu a estimativa de 3,50% para 2028.
No campo dos juros, o boletim não registrou alterações. A mediana do Focus para a Selic ao final de 2025 permaneceu em 15,00% pela 23ª semana seguida, em linha com a decisão do Copom de 5 de novembro. A projeção para 2026 continuou em 12,00%, enquanto a estimativa para a Selic de 2027 permaneceu em 10,50% pela 42ª semana consecutiva. Para 2028, houve leve ajuste, com a taxa passando de 9,75% para 9,50%.
A divulgação reforça um ambiente de cautela para os mercados financeiros. A expectativa de juros altos por mais tempo pode manter pressionados os preços dos títulos públicos prefixados e indexados à inflação, ao mesmo tempo em que limita o ímpeto de recuperação da renda variável. Por outro lado, o alívio gradual das projeções inflacionárias reduz parte do risco estrutural para a economia brasileira, influenciando câmbio, curvas futuras de juros e expectativas de investidores estrangeiros.
(BC)
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