
As ações europeias registraram alta nesta segunda-feira, 15 de dezembro de 2025, com o início das negociações da última semana completa do ano, período que deverá contar com diversas decisões importantes de bancos centrais, além de uma série de divulgações de dados econômicos relevantes dos EUA.
Às 08h01 (horário de Brasília), o índice DAX da Alemanha subia 0,49%, o CAC 40 da França tinha adicionado 1,06% e o FTSE 100 do Reino Unido negociava com alta de 0,90%. O índice pan-europeu Stoxx 600 subia 0,81%, a 582,90 pontos.
Os bancos centrais assumem o protagonismo
O sentimento foi impulsionado pela decisão da Federal Reserve dos EUA, na semana passada, de cortar as taxas de juros em 25 pontos base, ajudando a elevar o otimismo nos mercados globais à medida que o ano se aproxima do fim.
No entanto, os ganhos foram contidos no início da semana, com os investidores enfrentando uma agenda repleta de eventos que podem representar riscos. Entre eles, reuniões de política monetária no Banco Central Europeu e no Banco da Inglaterra, além das preocupações contínuas com a instabilidade no setor imobiliário chinês.
O BCE deverá anunciar sua decisão na quinta-feira e a expectativa geral é de que mantenha sua principal taxa de juros inalterada em 2% pela quarta reunião consecutiva. Os mercados estarão atentos a qualquer indício de que os formuladores de políticas possam estar inclinados a um aumento da taxa em 2026, principalmente após a divulgação de dados que mostraram um crescimento de 0,3% na zona do euro no terceiro trimestre, bem acima das projeções do BCE de setembro.
O cenário é menos claro no Banco da Inglaterra, onde se espera que o presidente Andrew Bailey mude sua posição, o que pode influenciar a votação a favor de um corte na taxa de juros. Os mercados precificam uma decisão apertada, por 5 a 4, para reduzir a taxa básica de juros de 4,0% para 3,75%.
Outros bancos centrais, incluindo o Riksbank da Suécia e o Norges Bank da Noruega, também devem divulgar suas decisões finais de política monetária para 2025 esta semana.
Foco nos dados atrasados dos EUA
A atenção também se voltará para a divulgação de vários indicadores econômicos dos EUA que foram adiados, principalmente os números de vendas no varejo de outubro e o relatório de empregos não agrícolas de novembro, que é acompanhado de perto.
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reiterou na última conferência de imprensa do FOMC que as futuras decisões de política monetária dependerão fortemente dos dados que serão divulgados, tornando os comunicados desta semana particularmente importantes para as expectativas em relação às taxas de juros.
Na Europa, os investidores também irão avaliar os inquéritos PMI de dezembro, juntamente com as leituras atualizadas da inflação tanto para a zona euro como para o Reino Unido.
No início da sessão, dados da China mostraram que a produção industrial e as vendas no varejo cresceram menos do que o esperado em outubro, enquanto o investimento em ativos fixos — um indicador-chave dos gastos empresariais — contraiu-se mais acentuadamente do que o previsto. Os números reforçaram as preocupações com a desaceleração da segunda maior economia do mundo e aumentaram as expectativas de novos estímulos por parte de Pequim.
As preocupações em torno do setor imobiliário chinês também persistiram depois que a incorporadora estatal China Vanke não conseguiu a aprovação dos credores para estender os pagamentos de um título doméstico com vencimento em 15 de dezembro.
Atualizações corporativas
No âmbito corporativo, com a maior parte da temporada de resultados europeus já concluída, a Sanofi (EU:SAN) chamou a atenção depois que a farmacêutica francesa relatou que seu tratamento experimental, o tolebrutinibe, não atingiu o objetivo primário em um ensaio clínico de Fase 3 para esclerose múltipla primária progressiva.
Em comunicado separado, a Hikma Pharmaceuticals (LSE:HIK) informou que Riad Mishlawi deixou o cargo de diretor executivo e se demitiu do conselho de administração por mútuo acordo.
Os preços do petróleo recuam ligeiramente
Os preços do petróleo registraram perdas modestas na manhã, após as fortes quedas da semana passada. Os investidores avaliaram o risco de potenciais interrupções no fornecimento decorrentes do aumento das tensões entre os EUA e a Venezuela, além das especulações em torno de um possível acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia.
Às 08h00 (horário de Brasília), os contratos futuros do petróleo Brent para fevereiro caíram 0,23%, ou 14 centavos, para US$ 60,98 o barril, enquanto o petróleo bruto West Texas Intermediate dos EUA para janeiro recuou 0,21%, ou 13 centavos, para US$ 57,31 o barril.
Ambos os índices de referência caíram mais de 4% na semana passada, em grande parte devido a preocupações de que a oferta global de petróleo esteja se expandindo mais rapidamente do que a demanda.
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