
O dólar comercial encerrou a terça-feira (16/12) em alta firme frente ao real, destoando do movimento global de enfraquecimento da moeda norte-americana. A paridade Dólar Americano e Real Brasileiro (FX:USDBRL) avançou 0,78% no fechamento, aos R$ 5,4640. Apesar do avanço no pregão, no acumulado de 2025 o dólar ainda registra queda expressiva de 11,57%, indicando que o movimento observado tem caráter mais pontual do que estrutural.
🏛️ Fatores domésticos pressionam o câmbio
No ambiente interno, a valorização do dólar refletiu principalmente o fluxo de saída de recursos para o exterior, típico do fim de ano, além da leitura do mercado sobre o cenário político doméstico. Uma nova pesquisa eleitoral indicando vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em todos os cenários projetados para 2026 adicionou prêmio de risco aos ativos locais, pressionando o real ao longo do pregão.
📉 Ata do Copom reforça cautela na política monetária
O câmbio também reagiu à divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que reforçou a condução cautelosa da política de juros e o compromisso firme do Banco Central com o cumprimento da meta de inflação. A interpretação predominante foi de adiamento no início do ciclo de cortes da Selic. Embora isso preserve o diferencial de juros, o tom mais conservador tende a reduzir o apetite por ações negociadas na bolsa brasileira, afetando o fluxo para ativos locais.
🌎 Dados dos EUA enfraquecem o dólar no exterior
No cenário internacional, o dia foi marcado pela digestão dos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos. A criação de 64 mil vagas em novembro superou a projeção de 50 mil, enquanto a taxa de desemprego subiu para 4,6%, acima dos 4,4% esperados. O conjunto de informações reforçou a percepção de desaceleração gradual da economia norte-americana, sem alterar de forma relevante o plano de voo do Federal Reserve. Como resultado, o índice do dólar frente a uma cesta de moedas, o DXY (CCOM:DXY), apresentou viés mais fraco no exterior.
📊 Dólar futuro indica busca por proteção cambial
No mercado futuro da B3, o contrato de dólar mais líquido, com vencimento em janeiro, avançou 0,88%, sendo negociado a R$ 5,4800, desempenho ligeiramente superior ao do dólar à vista. A diferença de variação indica aumento da demanda por proteção cambial no curto prazo, com prêmios embutidos relacionados ao fluxo de capital, ao cenário fiscal e às expectativas para a trajetória dos juros. Os contratos de dólar futuro (BMF:DOLFUT | BMF:WDOFUT) reforçam uma leitura de cautela para os próximos meses, mesmo com a moeda ainda acumulando queda no ano.
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