
Com o IFR apontando para baixo e volume vendedor em alta, Ibovespa testa limite de 154 mil pontos.
O mercado financeiro brasileiro encerrou o último pregão (16/12) com um movimento que pegou muitos otimistas de surpresa. O Ibovespa (BOV:IBOV), que vinha ensaiando uma retomada sólida de tendência, sofreu uma realização de lucros agressiva, recuando 2,40% e fechando aos 158.577 pontos. Este movimento não foi apenas uma variação numérica, mas um sinal gráfico claro de que a pressão vendedora retomou o controle do “book” de ofertas.
O comportamento dos últimos candles revela que o índice falhou em sustentar o patamar acima dos 162.000 pontos. Após um dia de leve alta em 15 de dezembro, o pregão seguinte trouxe um candle de corpo real extenso, fechando próximo à mínima, o que na análise técnica é lido como uma negação de força compradora. Este padrão sugere que o apetite ao risco diminuiu drasticamente na região de topo.
Didaticamente, o Ibovespa agora trabalha abaixo da sua média móvel de 9 dias, uma ferramenta que rastreia a tendência imediata. Quando o preço fica abaixo dessa linha, o viés de curtíssimo prazo passa a ser de baixa. Além disso, o Índice de Força Relativa (IFR) cruzou a linha central de 50 para baixo, confirmando que os vendedores estão com mais “fôlego” que os compradores no momento.
Para o pregão de hoje, o investidor deve observar atentamente a região dos 158.500 pontos. Se o mercado abrir com um “gap” de baixa ou continuar a queda logo cedo, o próximo destino gráfico são os 156.000 pontos, podendo chegar rapidamente ao suporte psicológico e estrutural de 154.000 pontos. Esta última zona é o “limite de segurança” para quem acredita na tendência de alta de longo prazo.
No cenário de alta, os compradores precisam de uma reação imediata. Para anular o pessimismo de ontem, o IBOV precisaria retomar o fechamento acima dos 161.000 pontos ainda hoje. Uma recuperação dessa magnitude sinalizaria uma “armadilha para ursos” (bear trap), onde o mercado cai apenas para estopar vendidos e volta a subir com força em direção aos 165.000 pontos.
Os compradores hoje devem torcer por notícias macroeconômicas positivas ou uma entrada forte de capital estrangeiro que segure o índice na média de 21 dias. Já os vendedores torcem pela continuidade do fluxo de saída, mirando o rompimento dos 158 mil pontos para acelerar as operações de “Day Trade” na ponta vendedora.
Para o posicionamento intraday, a estratégia mais prudente é aguardar o teste dos primeiros suportes. Vender no rompimento da mínima de ontem pode ser rentável, mas exige stops curtos, dado que o ativo está esticado no curto prazo. Para o investidor de curto prazo (Swing Trade), o momento é de redução de exposição até que o índice mostre um candle de reversão (como um martelo) em áreas de suporte.
Já para o médio e longo prazo, o cenário ainda exige paciência. A estrutura macro de alta só será invalidada se houver um fechamento semanal abaixo dos 154.000 pontos. Até lá, movimentos de queda como o atual podem ser interpretados por grandes players como oportunidades de compra em preços mais descontados, o famoso “buy the dip”.
É importante ressaltar que o volume vendedor aumentou consideravelmente na última queda. Na análise técnica, “preço cai com volume” é um sinal de convicção institucional. Portanto, não se deve ignorar o risco de uma correção mais profunda, que poderia levar o índice a buscar patamares de 150.000 ou até 147.500 pontos em um cenário de estresse prolongado.
Em resumo, o Ibovespa está em uma zona de decisão. O otimismo que reinava no início do mês foi substituído por uma postura defensiva. O mercado agora testa a resiliência dos investidores e a solidez dos fundamentos econômicos que sustentavam a alta até então.
O fechamento de hoje será crucial. Se fecharmos com mais uma queda acentuada, a “quebra de estrutura” mencionada por analistas se tornará uma realidade palpável, mudando o jogo para o início de 2026. Por outro lado, um repique a partir daqui pode consolidar uma base de preços importante para futuras valorizações.
Mantenha a disciplina e respeite seus gerenciamentos de risco. O mercado financeiro é soberano e os gráficos são o rastro deixado pelo dinheiro. Estar posicionado corretamente é mais importante do que tentar adivinhar o fundo exato de uma queda.
A análise acima foi realizada pela ferramenta AI – ADVFN Intelligence. A AI é a principal fornecedora de análise financeira e pesquisa impulsionada por Inteligência Artificial disponível no mercado. TESTE GRATUITAMENTE a Inteligência Artificial da ADVFN.
QUER SABER COMO GANHAR MAIS?
A ADVFN oferece algumas ferramentas bem bacanas que vão te ajudar a ser um trader de sucesso
- Monitor - Lista personalizável de cotações de bolsas de valores de vários paíeses.
- Portfólio - Acompanhe seus investimentos, simule negociações e teste estratégias.
- News Scanner - Alertas de notícias com palavras-chave do seu interesse.
- Agenda Econômica - Eventos que impactam o mercado, em um só lugar.
Recursos principais