
DI1F29 e DI1F33 nesta quarta-feira (03/12) e mercado testa suportes decisivos nos contratos longos e intermediários.
Os juros futuros iniciaram a manhã desta quarta-feira (03/12) mantendo o viés de baixa que já vinha se desenhando nos últimos pregões. Por volta das 10h30, o contrato de DI com vencimento em janeiro de 2029 (BMF:DI1F29) era negociado a 12,63%, em leve queda de -0,32%, enquanto o contrato com vencimento em janeiro de 2033 (BMF:DI1F33) recuava para 12,99%, registrando -0,38% no dia. O movimento reforça a pressão vendedora que vem dominando a curva desde a virada de novembro.
No gráfico diário, a leitura técnica permanece clara: tanto o DI1F29 quanto o DI1F33 seguem abaixo das médias de 21 e 200 períodos, configurando uma tendência de baixa consolidada. A estrutura gráfica mostra sinais de continuidade, com o IFR apontando para baixo e indicando perda de força compradora em praticamente todos os tempos gráficos.
No contrato de 2029, a região de 12,76 continua sendo o divisor de águas. O repique observado nos últimos dias perdeu força rapidamente, e o candle de ontem deixou um pavio superior expressivo, reforçando rejeição dos compradores. Com o preço atual em 12,63, a perda dos 12,62 dispara novo gatilho baixista mirando 12,35 e posteriormente 12,08, caso o fluxo vendedor se intensifique.
O cenário fica ainda mais sensível porque o DI1F29 vinha tentando defender a faixa dos 12,70, mas não apresentou volume suficiente para reverter a tendência. A leitura técnica sugere que apenas um rompimento consistente dos 12,76 poderia gerar um repique mais estruturado rumo aos 13,00%, faixa onde se concentra forte resistência psicológica.
Já o DI1F33, mais sensível a expectativas fiscais e inflação de longo prazo, acelerou o movimento de queda após perder os 13,10%, ponto que segurou o contrato por várias semanas. O preço atual em 12,99% coloca o ativo perigosamente próximo de um suporte relevante em 12,98%, cuja quebra pode liberar queda em direção a 12,88%, e em um cenário mais amplo, até 12,20%.
O IFR do DI1F33 já trabalha em região de sobrevenda, mas sem divergências claras que indiquem reversão. Isso significa que, apesar de esticado, o movimento de baixa pode continuar caso os compradores não apareçam com força nas próximas horas. A falta de reação significativa sugere que o mercado ainda busca um ponto de equilíbrio mais abaixo.
Para o restante do pregão desta quarta-feira, o foco dos investidores deve estar no comportamento dos preços em relação aos suportes mencionados. Caso DI1F29 e DI1F33 resistam a novas ondas de venda e consigam sustentar mínimas mais altas no intraday, um repique técnico pode ganhar forma. Contudo, se perderem os pisos do dia, o fluxo vendedor pode acelerar rapidamente.
Compradores torcem por um fechamento acima das resistências imediatas: 12,68 e 12,76 no DI29, 13,04 e 13,17 no DI33. Esses níveis definiriam a chance de um movimento mais construtivo de curto prazo, mesmo dentro de tendências de baixa mais amplas. Já os vendedores torcem por fraqueza contínua e pela manutenção dos contratos abaixo dos valores atuais.
No médio prazo, a curva continua projetando devolução de prêmios e acomodação das expectativas de inflação. Mesmo assim, enquanto o fiscal seguir pressionado, qualquer repique tende a ser limitado. A leitura técnica aponta para um cenário onde repiques são oportunidades para reposicionamento vendedor, e não sinais de reversão estrutural.
Para quem opera de forma direcional, o cenário atual oferece duas leituras distintas: compradores olham para repiques curtos com alvos definidos, enquanto vendedores se baseiam na tendência consolidada. Ambos precisam respeitar pontos técnicos importantes, sobretudo porque a curva está em área sensível, próxima de suportes que podem acelerar o movimento.
Na abertura do próximo pregão, o mercado deve observar o comportamento nos pontos de reversão: para o DI1F29, os 12,76; para o DI1F33, os 13,17. Se tais níveis não forem rompidos, a continuidade da tendência de baixa permanece como o cenário mais provável. Caso sejam superados, abrem-se portas para movimentos mais amplos de correção.
Assim, a quarta-feira se desenha como um dia decisivo para a estrutura técnica da curva de juros. Os contratos operam no limite de regiões importantes, e o desfecho do pregão pode definir o tom para o restante da semana, tanto para compradores buscando respiro quanto para vendedores confiantes na continuidade da queda.
A curva segue pressionada, e os próximos candles devem determinar se o mercado inicia um processo de estabilização ou se novas mínimas serão testadas ainda nesta semana. Até lá, o balanço de riscos permanece favorecendo o lado vendedor, a menos que sinais técnicos mais claros de reversão apareçam no intraday.
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