
Curva de juros fecha o dia com viés misto, com altas modestas nos curtos e quedas relevantes nos longos, em sessão marcada por ajustes ao cenário monetário no Brasil e nos Estados Unidos.
Os juros futuros encerraram esta quinta-feira (11/12) com um dia de movimentos divididos na curva de juros, refletindo um mercado atento às decisões mais recentes do Banco Central brasileiro e do Federal Reserve. Enquanto os vértices curtos operaram entre a estabilidade e pequenas altas, os prazos mais longos cederam com força, favorecidos pela melhora do ambiente global e pela percepção de que o aperto monetário nos Estados Unidos perdeu intensidade. O sentimento predominante foi de alívio nos longos e maior cautela nos curtos.
O desempenho mostrou claros destaques positivos e negativos entre os vértices da curva de juros. As maiores quedas foram registradas nos contratos com vencimento em janeiro de 2034 (BMF:DI1F34), que recuaram 0,55%, fechando a 13,54%, seguidos pelos vértices de janeiro de 2031 (BMF:DI1F31), em queda de 0,52%, encerrando a 13,415%, além de movimentações também negativas em janeiro de 2035 (BMF:DI1F35) e janeiro de 2030 (BMF:DI1F30). No lado positivo, o único contrato que avançou foi o de janeiro de 2027 (BMF:DI1F27), que subiu 0,15%, fechando a 13,735%, refletindo o ajuste concentrado nos vencimentos curtos.
Entre os contratos mais negociados no curto e médio prazo — os mais líquidos do DI Futuro — o destaque ficou com o vértice de janeiro de 2027 (BMF:DI1F27), que movimentou 668.508 contratos, seguido de perto por janeiro de 2028 (BMF:DI1F28), com 453.013 contratos, e janeiro de 2029 (BMF:DI1F29), com 428.095 contratos. Esses vencimentos concentram o maior fluxo diário por serem os principais termômetros das apostas do mercado em relação aos próximos passos da política monetária.
Já na parte longa da curva, mais sensível ao cenário fiscal e político, os volumes também chamaram atenção. Os contratos com vencimento em janeiro de 2031 (BMF:DI1F31) registraram 253.451 contratos negociados, enquanto janeiro de 2032 (BMF:DI1F32) somou 100.720 contratos, e janeiro de 2030 (BMF:DI1F30) movimentou mais de 92 mil contratos. Esses prazos capturaram com intensidade o impacto do corte de juros nos Estados Unidos e a percepção de alívio no risco global.
A sessão foi marcada pela releitura conjunta das decisões do Copom e do Federal Reserve. A manutenção da Selic em 15% pelo Banco Central brasileiro foi interpretada como um movimento de cautela, sinalizando que o colegiado busca preservar espaço para reduções futuras sem abrir flanco para pressões inflacionárias. Já o corte de juros promovido pelo Fed trouxe um clima de alívio internacional, fortalecendo o real e contribuindo diretamente para a queda dos vértices longos da curva brasileira.
Nas projeções domésticas, o mercado ajustou sua leitura sobre o início do ciclo de cortes da Selic. A probabilidade de uma redução já em janeiro de 2026 diminuiu, deslocando a expectativa de início do movimento para mais tarde. Esse reposicionamento influenciou especialmente os vértices curtos, que ficaram próximos da estabilidade — caso do DI janeiro de 2026 (BMF:DI1F26) — ou até registraram leve alta, como o DI janeiro de 2027.
Além disso, indicadores econômicos importantes ajudaram a moldar o humor do mercado. As vendas no varejo de outubro mostraram nova retração, reforçando a percepção de desaceleração da atividade doméstica. No exterior, números da balança comercial dos Estados Unidos e pedidos semanais de auxílio-desemprego serviram como bússola adicional para avaliar a força da economia americana após a decisão do Fed.
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