Minério de ferro recua nesta terça-feira (09/12) em meio à pressão da oferta global e cautela com demanda chinesa

Minério de ferro fecha em queda nas bolsas asiáticas. Vale avança levemente na B3 e também sobe na NYSE nesta terça-feira (09/12).

O mercado internacional de minério de ferro encerrou esta terça-feira (09/12) em clima de pressão, refletindo um dia de ajustes negativos nas principais bolsas asiáticas. O sentimento predominante foi de cautela, com investidores reagindo ao aumento da oferta global e às preocupações persistentes sobre a demanda chinesa — ainda fragilizada pelo setor imobiliário e pelo ritmo mais lento da atividade industrial.

Os contratos futuros do minério de ferro negociados em Dalian e Singapura recuaram ao longo do dia, acompanhando o movimento de baixa observado desde o início da semana. Embora os dados completos de preços não tenham sido fornecidos, o mercado operou sob forte influência do avanço do megaprojeto de Simandou, na Guiné, que começa a aumentar a oferta global de minério de alta qualidade. A expectativa de maior competitividade no setor adicionou pressão vendedora às cotações.

A volatilidade do minério impactou diretamente o desempenho da Vale (BOV:VALE3), que encerrou o pregão brasileiro com leve alta de 0,06%, cotada a R$ 69,78, após oscilar entre a mínima de R$ 68,90 e a máxima de R$ 70,43. O movimento reflete a tentativa de recuperação da companhia, mesmo diante do ambiente externo desfavorável. Na bolsa norte‑americana, a Vale (NYSE:VALE) também avançou, fechando a US$ 12,8299, alta de 0,16%, após tocar mínima de US$ 12,61 e máxima de US$ 12,92.

Entre as mineradoras brasileiras listadas na B3, a CSN Mineração S.A. ON (BOV:CMIN3) registrou alta de 0,92%, fechando a R$ 5,50, após oscilar entre R$ 5,33 e R$ 5,55. O desempenho positivo contrasta com o cenário global e mostra resiliência do setor doméstico, apoiado por expectativas de demanda interna e ajustes operacionais.

Na Austrália, as gigantes do setor também tiveram um dia de ganhos. A BHP (ASX:BHP) avançou 0,86%, fechando a US$ 58,84, após atingir máxima de US$ 59,29. Em sua listagem secundária, a BHP (LSE:BHP) também subiu 1,09%, encerrando a £ 2.216,00. Já a Rio Tinto (ASX:RIO) registrou alta de 0,95%, fechando a US$ 5.528,00, enquanto sua listagem no Reino Unido, Rio Tinto (LSE:RIO), avançou 2,00%, encerrando a £ 74,48. O desempenho positivo das mineradoras australianas reflete ajustes de portfólio e estratégias de eficiência operacional, mesmo diante da queda do minério.

Nos Estados Unidos, a Cleveland Cliffs (NYSE:CLF) encerrou o dia estável, cotada a US$ 12,37, após oscilar entre US$ 12,14 e US$ 12,48. A estabilidade da empresa norte‑americana contrasta com a volatilidade global, mas reforça a sensibilidade do setor às expectativas de demanda siderúrgica.

Na Europa, a ArcelorMittal (EU:MT) teve desempenho misto em suas listagens. Em uma delas, recuou 0,67%, fechando a € 43,28, enquanto em outra avançou 1,57%, encerrando a € 37,44. A divergência entre os mercados europeus reflete diferenças regionais na demanda por aço e nas expectativas de recuperação industrial.

A Atlantic Lithium (TG:ALL), listada na Alemanha, registrou queda de 3,00%, fechando a € 9,70, após tocar mínima de € 9,80. O recuo acompanha o movimento de baixa das commodities metálicas e a aversão ao risco em ativos ligados à cadeia de baterias.

Principais fatores que influenciaram o mercado hoje

• Aumento da oferta global: O início dos embarques do megaprojeto Simandou, na Guiné, elevou a oferta de minério de alta qualidade, pressionando os preços internacionais.
• Demanda chinesa enfraquecida: A desaceleração do setor imobiliário e a incerteza sobre estímulos econômicos mantêm o mercado em alerta.
• Expectativa de estabilização: Analistas projetam preços médios entre US$ 100 e US$ 102 por tonelada em 2026, com tendência de acomodação.

O desempenho das mineradoras globais mostra que, apesar da queda do minério, o setor segue buscando eficiência e ajustes estratégicos para enfrentar um ambiente de maior competição e margens pressionadas. A Vale, por sua vez, mantém foco em qualidade de produção e diversificação, reforçando sua posição entre as maiores produtoras do mundo.

A análise acima foi realizada pela ferramenta AI – ADVFN Intelligence. A AI é a principal fornecedora de análise financeira e pesquisa impulsionada por Inteligência Artificial disponível no mercado. TESTE GRATUITAMENTE a Inteligência Artificial da ADVFN.