O PMI composto dos EUA registrou leve queda em novembro

O ritmo de crescimento da atividade empresarial norte-americana desacelerou levemente em novembro. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) composto dos Estados Unidos, um importante termômetro da economia, registrou 54,2 no mês passado. O resultado final divulgado pela S&P Global nesta quarta-feira (03/12) mostra uma discreta queda frente aos 54,6 de outubro e, ainda, ficou abaixo do que era esperado pelos analistas do mercado. O componente de serviços, que é vital para a economia, também perdeu um pouco de fôlego, indo para 54,1 contra 54,8 no mês anterior. É importante ressaltar que qualquer número acima de 50 ainda indica expansão, sinal de que a economia segue crescendo, mas em um passo um pouco mais cauteloso.

Apesar da desaceleração pontual, o panorama continua sendo de força. “O setor de serviços dos EUA registrou mais uma forte expansão em novembro, com a demanda por serviços crescendo no ritmo mais acelerado visto até agora neste ano… Mais animador ainda, novembro apresentou uma melhora nas expectativas de crescimento das empresas para o próximo ano em comparação com outubro, embora isso reflita, em parte, apenas um certo alívio com o fim da paralisação do governo, e parte desse otimismo parece já ter se dissipado no final de novembro”, comentou Chris Williamson, economista-chefe da S&P Global Market Intelligence. O comentário destaca a resiliência da demanda, mas também aponta para um otimismo empresarial que pode ser volátil e sujeito a eventos políticos.

Um PMI ainda expansionista, porém abaixo do esperado, pode ser interpretado de forma mista pelos investidores. Para a bolsa de valores norte-americana, representada por índices como o S&P 500 (SPI:SP500) e o Dow Jones (DOWI:DJI), os dados podem oferecer um alívio moderado, sugerindo que a economia não superaquece a ponto de forçar medidas monetárias mais agressivas. No câmbio, o dólar (FX:USDBRL) pode enfrentar pressão de venda diante de um dado que não surpreende positivamente. Para os títulos, especialmente os Treasuries, a perspectiva de um crescimento controlado pode ajudar a conter os rendimentos de longo prazo.

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