• A recomendação para o ABC Brasil (BOV:ABCB4) foi cortada pelo
Bradesco BBI de outperform para neutro com preço-alvo de R$ 21,00,
em meio à forte alta das ações. Já o Banco do Brasil (BOV:BBAS3)
segue top pick do setor. O Itaú Unibanco segue com recomendação
neutra, enquanto o Santander é underperform.
• Em comunicado ao mercado, a Cemig (BOV:CMIG4) reafirmou que
estuda possíveis ações para redução de sua dívida, aumento de
produtividade e revisão do portfólio de participações com foco em
seus negócios principais e priorizando empresas onde se detém o
controle acionário.
• A CVM deferiu o cancelamento do registro de companhia aberta
da Iguaçu Celulose em decorrência da adesão de acionistas que
representam mais de dois terços das ações em circulação emitidas
pela companhia no âmbito da oferta pública de aquisição de ações. A
companhia passa a ser uma companhia de capital fechado.
• A Eternit (BOV:ETER3) foi notificada de uma Ação Civil Pública
ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho contra a companhia,
que se encontra em curso perante a 1a. Vara do Trabalho de Colombo
(PR). A ação pedem a condenação da empresa ao pagamento de R$ 85
milhões a título de danos morais coletivos e a substituição da
matéria prima dentro do prazo de noventa dias. A companhia reforça
que cumpre as normas e procedimentos de segurança estabelecidos
pela Lei Federal no 9.055/95 e no Decreto que a regulamento.
• A Metal Frio (BOV:FRIO3) informou que o Conselho de
Administração da companhia aprovou o grupamento de ações na
proporção de 15 para 1. A proposta de grupamento depende de
aprovação em assembleia geral dos acionistas a ser convocada
oportunamente pela administração.
• O controlador da Hypermarcas (BOV:HYPE3) João Alves de Queiroz
Filho elevou a sua participação acionária na Igarapava
Participações, parte do acordo de acionistas da companhia, o que
por consequência ampliou sua fatia no capital da Hypermarcas.
• O lucro líquido da JBS (BOV:JBSS3) caiu 91,9% em 2016, para R$
376 milhões. No ano de 2016, a receita líquida foi de R$ 170,38
bilhões, crescimento de 4,6%. Ao avaliar o desempenho da companhia,
a administração afirma que o ambiente econômico recessivo impactou
o consumo no país, além da forte valorização do Real refletir nas
exportações. A companhia também comentou sobre a redução na oferta
de insumos, particularmente do milho, impactando na rentabilidade
da unidade de aves, suínos e processados.
Além disso, a JBS comprou a Plumrose, empresa norte-americana
que opera no segmento de produtos preparados e de alto valor
agregado, por US$ 230 milhões.
• Segundo o Estadão, o presidente da Oi (BOV:OIBR4), Marco
Schroeder, vem manifestando o desejo de conduzir a transição de seu
cargo após encaminhar as principais diretrizes da reestruturação da
tele. A companhia acredita que a aprovação do plano seja possível
ainda este ano. Mas dada a quantidade de credores envolvidos na
reestruturação do passivo de R$ 65 bilhões e do conflito com os
acionistas, pode ser que tudo leve um pouco mais de tempo.
• A Paranapanema (BOV:PMAM3) formalizou um novo acordo de
standstill em conjunto com seus principais credores, pelo prazo de
quinze dias, renovável por igual período, no qual os credores
comprometem-se a não tomar medidas relacionadas a cobrança de seus
créditos.
• Reportagem do jornal O Estado de S.Paulo afirma que o Tribunal
de Contas da União (TCU) poderá obrigar a Petrobras (BOV:PETR4) a
reiniciar os projetos de venda de ativos para corrigir
procedimentos considerados irregulares.
• Segundo o Valor, a Rumo (BOV:RAIL3), vai avaliar
propostas de investidores para fazer uma injeção de capital na
América Latina Logística Malha Sul. Uma de suas empresas, na qual
detém 100% das ações, a ALL Malha Sul tem operações nos estados da
região Sul do país. Conforme apurou o Valor, o plano de
capitalização em estudo prevê um montante de R$ 2 bilhões.
• A Suzano (BOV:SUZB5) firmou uma parceria com o banco holandês
Rabobank para a estruturação de um fundo de investimento em
direitos creditórios que permitirá uma oferta adicional de crédito
a clientes locais da companhia no valor de até R$ 100 milhões.
Bolsas mundiais
Os principais mercados acionários mundiais têm leves variações
nesta terça-feira, com o mercado de olho na reunião do Fomc
(Federal Open Market Commitee) da próxima quarta e digerindo os
diversos dados econômicos chineses, que impactam as commodities. A
libra, por sua vez, registra queda com o mercado à espera da premiê
britânica, Theresa May, acionar o artigo 50 para o início da
retirada do Reino Unido da União Europeia após receber o “sinal
verde” do Parlamento.
Voltando à China, a produção industrial e o investimento em
ativos fixos avançaram de forma mais forte do que a esperada nos
dois primeiros meses do ano, mas as vendas no varejo decepcionaram
depois que o governo reduziu a isenção tributária para carros
pequenos. A produção industrial chinesa cresceu 6,3% em
janeiro-fevereiro em relação ao mesmo período do ano anterior,
enquanto o investimento em ativos fixos avançou 8,9% e as vendas no
varejo tiveram alta de 9,5% na mesma base de comparação. A leitura
sobre os números divulgados reforça a visão de que a segunda maior
economia do mundo está em um caminho de crescimento constante, o
que impulsiona o minério de ferro em Dalian, enquanto Qingdao
fechou com leve queda. Ainda sobre commodities, o petróleo tem leve
alta, mas segue perto do menor nível em três meses com expectativas
de novos aumentos de estoques
nos EUA.
Ainda na Ásia, uma fonte de tensão: a Coreia do Norte alertou os
Estados Unidos nesta terça-feira sobre ataques “impiedosos” se uma
frota comandada pelo porta-aviões USS Carl Vinson, que está se
juntando a forças sul-coreanas para exercícios militares, infringir
a soberania ou dignidade do país.
Desempenho dos principais índices:
Ibovespa (Brasil) -0,89%
Dow
Jones (Estados Unidos) -0,32%
Nasdaq
Composite (Estados Unidos) -0,63%
Sse
Composite Index (China) +0,07%
FTSE
100 (Reino Unido) -0,21%
DAX
Index (Alemanha) -0,11%
Cac
40 (Reino Unido) -0,7%
Nikkei
225 (Japão) -0,12%
Commodities:
Ouro +0,05%
Prata -0,03%
Cobre +0,46%
Petróleo -2,29%
Petróleo
Brent Crude -1,91%
Minério de
ferro +0,00%
Um pouco de política
Ainda em Brasília, segue a apreensão em torno da divulgação da
“lista do Janot”. Inicialmente especulava-se que o Procurador-Geral
da República, Rodrigo Janot, apresentaria 80 inquéritos baseados
nas delações de 77 executivos e ex-funcionários da Odebrecht nesta
segunda-feira (13), o que não ocorreu. Segundo a coluna de Lauro
Jardim, de O Globo, a lista “emperrou” e pode não seja apresentada
nesta terça-feira. Já o jornal Valor Econômico aponta que está
prevista para hoje a entrega da aguardada lista ao STF.
Além disso, a Polícia Federal deflagrou na manhã desta
terça-feira (14) mais um desdobramento da Operação Lava Jato no Rio
de Janeiro, tendo como alvos o diretor da Companhia de Transportes
sobre Trilhos do Estado do Rio de Janeiro (Rio Trilhos), Heitor
Lopes de Sousa Junior e o atual subsecretário de Turismo do estado
(como consta do site do governo do estado) e ex-subsecretário de
Transportes, Luiz Carlos Velloso, Eles são alvos de mandado de
prisão no desdobramento da Operação, que investiga corrupção e
pagamento de propina em contratos da linha 4 do Metrô.
Por fim, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva presta
depoimento hoje (14) às 10h ao juiz Ricardo Soares Leite, da 10ª
Vara Federal de Brasília, na ação em que é acusado de tentar
obstruir as investigações da Operação Lava Jato.
Agenda de indicadores
O destaque do dia fica com a inflação ao produtor dos Estados
Unidos medida pelo PPI, que será conhecida às 9h30. Mais cedo, às
7h, foram divulgados dados da produção industrial da zona do euro,
que teve desempenho mais fraco do que o esperado em janeiro. Dados
da agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat, mostram
que a produção da indústria do bloco subiu 0,9% em janeiro ante
dezembro e registrou expansão anual de 0,6% no período. Analistas
consultados pelo Wall Street Journal previam avanços maiores, de
1,4% no confronto mensal e de 0,9% na comparação anual.
Na agenda brasileira, os olhos ficam voltados para Brasília. o
Senado pode colocar em votação no plenário o projeto da repatriação
de recursos no exterior após mudanças feitas pelos deputados,
segundo informações da Agência Senado. O prazo da repatriação
passou de 38 para 120 dias, contados a partir da data de
regulamentação pela Receita. O patrimônio declarado será aquele em
posse do
declarante em 30 de junho de 2016. Enquanto 1ª versão aprovada no
Senado previa 17,5% de IR e 17,5% de multa, novo texto traz 15% de
imposto e 20,25% de multa.
Além disso, atenção para as revisões de bancos e analistas sobre
a Selic. Enquanto mercado de juros futuros precifica aceleração do
ritmo de cortes do Banco Central de 0,75 ponto percentual para 1 pp
na próxima reunião do Copom, em 12 de abril, analistas já iniciam
discussão sobre probabilidade de redução ainda mais
intensa da Selic, de 1,25 ponto percentual, para 11%. Dados de
inflação, especialmente IPCA de março, de atividade e sinais do BC
no relatório de inflação estão no radar do mercado para lapidar as
apostas. Vale destacar ainda que o BTG Pactual revisou sua
estimativa para a Selic para dois cortes de 1 ponto percentual em
abril e maio, encerrando o ano a 9% ao ano.