A Eleven Financial reduziu um pouco o seu
entusiasmo com a velocidade da recuperação das operações da
Movida (BOV:MOVI3) após a empresa
de aluguel de veículos ter apresentado um resultado aquém do
esperado no terceiro trimestre de 2017. O preço-alvo foi cortado de
R$ 15 para R$ 14, mas a recomendação de compra foi mantida. O valor
corresponde a um potencial de valorização de aproximadamente
74%.
A receita líquida de R$ 675,7 milhões veio
40,1% acima do visto um ano antes e 18,2% maior do que o esperado
pela Eleven. O Ebitda avançou 18,8%, para R$ 84,2 milhões, mas não
foi o suficiente para a margem de 32,7% superar o nível do mesmo
período de 2016 (35%). O lucro líquido chegou a R$
14,1 milhões (+15,7%), mas abaixo do estimado pela consultoria.
“Do lado positivo, o retorno sobre capital investido (ROIC)
anualizado superou o custo da dívida. Este indicador é fundamental
para consolidar a geração de valor”, ressalta o analista Álvaro
Frasson. Ele destaca que a empresa tem passado por uma curva de
aprendizagem para lidar com os custos de veículos roubados, nas
perdas totais e provisões.
“Quando olhamos 2017 contra 2016, o susto ocorre sim, mas não
podemos esquecer que, neste mesmo período, a empresa saiu de uma
frota final de 53,5 mil veículos em 1T16 para 74 mil veículos em
3T17. A sensibilidade do resultado final ainda é muito grande às
oscilações e eventos não recorrentes. Por exemplo, caso as despesas
de R$ 18,6 milhões fossem à metade, a margem EBIT da companhia
sairia de 9,7% para 11,0% já neste trimestre”, calcula Frasson.
Sendo assim, a postura adotada pela Eleven é de que os ganhos
desta aprendizagem serão obtidos em uma velocidade mais lenta nos
próximos períodos, quando devem se traduzir em margens mais
elevadas.
Fonte: Money Times