Renova Energia entra com pedido de recuperação judicial
16 Outubro 2019 - 10:20AM
ADVFN News
A Renova Energia (BOV:RNEW11) ajuizou pedido de
recuperação judicial em São Paulo na noite desta terça-feira, 15,
em caráter de urgência, e do com a anuência dos controladores Cemig
e CG I FIP Multiestratégia.
Das várias empresas relacionadas, ficaram de fora do pedido da
recuperação judicial dois projetos, por serem considerados
operacionais e financeiramente equacionados: Brasil PCH, que possui
13 pequenas centrais com contratos firmados de longo prazo, e
garantia de receitas e de rentabilidade, sendo que em 2019 já
distribuiu R$ 86 milhões de dividendos ao Grupo Renova; e Enerbrás
e sua subsidiária Energética Serra da Prata (ESPRA), com 3 PCHs em
operação, que gera em média R$ 20 milhões em dividendos por
ano.
O pedido de recuperação ajuizado contempla obrigações de R$ 3,1
bilhões, praticamente todo com bancos e demais credores; e uma
parte trabalhista, de R$ 11,7 milhões. Como detalha a petição
inicial de recuperação judicial, elaborada por Felsberg Advogados,
do total da dívida R$ 834 milhões correspondem a débitos
intercompany e R$ 980 milhões a débitos com seus atuais
acionistas.
Ainda na peça está destacado que o maior vetor de geração de
riqueza do Grupo Renova é a expertise em desenvolver projetos
eólicos, com cerca de R$ 600 milhões em sua carteira de
projetos.
O plano de recuperação judicial será apresentado a Assembleia
Geral de Credores, a ser convocada, e “pretende restabelecer seu
equilíbrio econômico-financeiro e honrar os compromissos assumidos
com seus diversos stakeholders e, em um futuro próximo, retomar uma
trajetória de crescimento sustentável, dentro das reais
possibilidades operacionais e financeiras da Renova e de seus
acionistas”, segundo o fato relevante.
*Com InfoMoney
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