Minerva (BEEF3) 1T20: Lucro líquido de R$ 271 milhões
29 Abril 2020 - 2:48PM
ADVFN News
A
Minerva
Foods (BOV:BEEF3) registrou um lucro
líquido de R$ 271,2 milhões no
primeiro
trimestre de 2020. Em 2019, no mesmo período, a
empresa teve prejuízo de R$ 31,4 milhões.
No primeiro trimestre, o volume de vendas totalizou 254,5 mil
toneladas, queda de 13,2% na comparação com o mesmo período do ano
passado. Entre janeiro e março, os abates de bovinos nas unidades
da Minerva somaram 749,2 mil cabeças, queda de 11,4%. Considerando
apenas o Brasil, os abates diminuíram 15,9%, chegando a 352,8 mil
cabeças.
A Minerva teve
receita líquida
no
1T20 de R$ 4,16
bilhões, uma alta de 11,8% em comparação ao mesmo período
em 2019 por causa de uma melhora operacional da empresa e por
aumento nos preços médios do produto
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização
(
Ebitda)
foi o maior já registrado pela companhia em um primeiro trimestre,
ao atingir 381,5 milhões de reais, expansão de 16% na base anual,
graças a política de hedge da terceira maior indústria de carne
bovina do Brasil.
A política de hedge da Minerva protege 50% de sua exposição de
longo prazo ao dólar, e com os recursos captados com a oferta
subsequente de ações feita no início do ano, fez a companhia
manter o índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e
Ebitda) estável. Em março, esse indicador estava em 2,99 vezes,
ante 2,8 vezes em 31 de dezembro.
No primeiro trimestre, ela agregou R$ 615 milhões ao caixa, o
que ajudou a geração de caixa livre da companhia atingir R$ 904,6
milhões nos primeiros três meses do ano.
Teleconferência do resultado do 1T20 e efeito
Coronavírus
O diretor financeiro Edison Ticle disse que o
coronavírus teve reflexo sobre o volume de produção e também nas
vendas no mercado interno dos países nos quais a Minerva atua.
“O efeito (dos fechamentos de plantas) está sim acontecendo.
Estamos sentindo principalmente (aumento) na importação dos EUA e
de países que compravam (carne) dos EUA que agora estão buscando a
gente.”
Segundo Ticle, a companhia tem plantas no Brasil, Argentina e
Uruguai habilitadas para vender aos norte-americanos.
Dentre os demais mercados compradores, ele destacou que a China
voltou com força nas aquisições da proteína desde meados de março,
após o controle parcial da crise do coronavírus no país. “Há também
restrição na oferta de carne na Índia e na Austrália” que favorecem
as exportações brasileiras.
“Neste contexto, vamos assistir a demanda ainda maior para a
exportação no segundo trimestre, aliada à oferta restrita de carne
em importantes compradores”, estimou.
Vale destacar que a China segue afetada pelo surto de peste
suína africana, que dizimou parte das criações de suínos no país e
tem elevado as compras de proteínas de origem animal desde o ano
passado.
No mercado interno, segundo o CFO, a perspectiva é de recuo nos
preços da carne bovina decorrente do recuo no poder de compra da
população e da substituição por proteínas mais acessíveis, em meio
à crise do coronavírus.
“A continuidade da queda de preços que já está acontecendo vai
depender do tamanho do impacto que a recessão econômica vai ter
sobre o consumidor”, disse.
Como foi o desempenho das ações
Nas últimas 52 semanas o papel oscilou entre
a mínima de R$ 6,60 e R$ 15,65 na máxima.
Em 2020, a empresa desvalorizou 7,32%.
+ Confira o calendário de divulgação
de resultados do 1T20 das empresas
listadas na Bolsa de Valores.
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