TCI Fund Management reduz participação na CESP (CESP6) para 4,97%
11 Maio 2020 - 4:37PM
ADVFN News
A TCI Fund Management Ltd reduziu mais uma
vez sua participação acionária nas ações preferenciais classe
B (BOV:CESP6), para 10.491.057 ações, equivalente a 4,97% das
ações emitidas pela companhia.
O comunicado foi feito pela empresa Cesp (BOV:CESP3) antes da
abertura do mercado desta segunda-feira (11).
Essa é a terceira vez que fundos investidores da carteira
do fundo, de viés ambientalista, reduziram participação no capital
da Companhia Energética de São Paulo
(Cesp).
Em 27 de dezembro, a posição da da TCI era de 14,47% das ações
preferenciais, ou seja, 9,65% do capital total. Em janeiro, o fundo
passou a ter 21.073.144 ações preferenciais classe B,
reduzindo para 9,99% da totalidade das ações
preferenciais classe B da energética brasileira.
Os derivativos de liquidação financeira (total return equity
swaps), frisa a TCI, não conferem direito de
voto, ou seja, é investimento com finalidade meramente
econômica. Isto é, “não altera a composição do controle ou
a estrutura administrativa da Companhia”. Assegura, ainda,
que “nenhum de seus clientes detém ações ou outros instrumentos
derivativos referenciados em ações de emissão” da empresa
brasileira.
Controladores da CESP
O maior investidor individual da Cesp, em abril, é a
Vtrm Energia Participações S.A,
com 40,01% das ações totais. A Vtrm
é joint venture da Votorantim com a
gestora canadense CPPIB, gestora de
fundos de pensão.
A holding federal Eletrobras detêm 0,04%
das ações ordinárias e, 3,05%, das preferenciais (2,05% do capital
total).
O Free float, em circulação no mercado, são 6,45% (CESP3) e
52,18% (CESP6) até 09 de abril.
Conheça TCI Fund Management
A TCI Fund Management Ltd., de Londres, é
comandada pelo bilionário Christopher
Hohn e gestor de hedge funds,
com ativos de US$ 30 bilhões.
A TCI se apresenta comprometida com a
minimização do próprio impacto ambiental. Portanto, tem
atuações voltadas para redução das emissões de carbono.
No final de 2019, Hohn fez alerta às empresas
dentro do seu portfólio, para “intensificarem as ações de mudança
climática ou desinvestir em risco”. Receberam suas cartas
a Airbus, Charter Communication Inc. e Moody’s
Corp. Exigiu, pois, dessas companhias mais transparência
sobre as emissões de GEE.
“Também avaliaremos o desinvestimento quando uma empresa
do portfólio se recusar a divulgar suas emissões“,
advertiu em conversa com a agência Bloomberg.
Resta, então, a busca dos motivos da saída dos
fundos administrados pela
TCI de parte do capital da Cesp.
Fonte: além do fato