Iguatemi (IGTA3) 1T20: Lucro líquido de R$ 12,4 milhões
27 Maio 2020 - 8:19AM
ADVFN News
A administradora de shopping
centers Iguatemi (BOV:IGTA3) teve forte queda
no lucro do primeiro trimestre, refletindo diretamente os
efeitos da pandemia do coronavírus, com o fechamento do comércio em
todo o Brasil em meados de março.
A companhia anunciou nesta terça-feira que seu lucro do período
somou R$ 12,4 milhões de reais entre janeiro e março, queda de
77,5% ante mesma etapa de 2019.
Já o resultado operacional do Iguatemi medido pelo lucro antes
de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em
inglês) somou 102,9 milhões de reais, queda de 20,5% ano a ano,
porém acima da previsão média de analistas consultados pela
Refinitiv, de 83,8 milhões de reais. A margem Ebitda despencou
9,2 pontos percentuais no comparativo, anual, para 65,6%.
A Iguatemi sofreu com o fechamento dos centros de compras no
País a partir da segunda quinzena de março, seguindo determinações
de autoridades locais para conter a propagação do coronavírus. Como
consequência, a companhia teve queda nas receitas com locação e
estacionamento e fez uma provisão para o desconto de 75% no aluguel
de março – fatores que derrubaram o seu lucro no primeiro
trimestre.
O FFO (lucro líquido excluindo depreciação, amortização e
efeitos não caixa) foi de R$ 49,458 milhões, baixa de 42,9%. A
margem FFO despencou 18,5 pontos porcentuais, para 31,5%.
A receita líquida da companhia no trimestre somou 156,8 milhões
de reais, declínio de 9,4% ano a ano.
A companhia informou ter fechado março com disponibilidade de
caixa de 960,7 milhões de reais, queda de 6% em ante o fim de 2019,
após ter pago pela compra de participação do Praia de Belas
Shopping Center, do Shopping Center Esplanada e da Maiojama
Participações.
As vendas nos shoppings totalizaram R$ 2,6 bilhões no primeiro
trimestre de 2020, uma queda de 16% ante o mesmo período de 2019.
Sem contar os shoppings que foram vendidos ao longo de 2019
(Iguatemi Caxias e Iguatemi Florianópolis), a queda nas vendas foi
mais branda, de 9,6%.
A inadimplência líquida dos lojistas da Iguatemi cresceu de 2,9%
no primeiro trimestre de 2019 para 3,7% no primeiro trimestre de
2020. Nesse mesmo período, a ocupação dos shoppings aumentou de
93,7% para 94,1%.