AES Brasil comunica que poderá ser ressarcida em montante superior a R$ 636 milhões
02 Dezembro 2020 - 2:31AM
ADVFN News
A AES Brasil (antiga AES Tietê Energia)
informou, que foi aprovado o texto da resolução normativa que
regulamenta novas condições para a repactuação do risco hidrológico
de geração de energia elétrica (GSF).
O comunicado foi feito após o pregão nesta terça
(1). A AES Brasil é negociada na B3 através dos papéis
(BOV:TIET3)
(BOV:TIET4)
(BOV:TIET11).
Conforme determinado pela Agência Nacional de Energia Elétrica
(ANEEL), a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
(CCEE) terá até 90 dias para calcular os números finais. Os valores
finais deverão ser publicados pela ANEEL em até 30 dias
subsequentes.
“Embora não se saiba ainda o valor exato a ser ressarcido e, por
consequência, do prazo da extensão das concessões, o reconhecimento
de direitos adicionais na versão final da Resolução aprovada em
relação àqueles constantes de sua versão inicial disponibilizada
pela ANEEL para Consulta Pública, permite à companhia projetar um
montante final superior aos R$ 636 milhões calculados pela CCEE
para as usinas da AES Brasil pela aplicação dos direitos previstos
na minuta inicial disponibilizada pela ANEEL”, afirmou a AES
Tietê em comunicado ao mercado na noite desta terça.
Após a publicação dos cálculos finais, a companhia explicou que
vai avaliar as condições finais para definir, em até 60 dias, se
aderirá aos termos do acordo proposto pela Resolução e,
consequentemente, desistirá da ação judicial que suspende a
liquidação do GSF referente ao período entre 2015 e fevereiro de
2018.
Entenda o caso
Em setembro deste ano foi sancionada a Lei 14.052/20, que trata
do risco hidrológico na produção de energia elétrica e promove
mudanças no setor para compensar hidrelétricas prejudicadas pela
falta de chuvas.
A lei prevê compensação para as elétricas por despesas com o
risco hídrico por meio da prorrogação de contratos de concessão de
suas hidrelétricas, desde que elas retirem liminares obtidas na
Justiça com as quais evitaram esses custos.
Essas liminares têm travado, há anos, a maior parte das
operações do mercado de curto prazo de eletricidade.
Lucro líquido é de R$ 51,5 milhões
A geradora de energia elétrica brasileira trouxe ao mercado o
balanço referente ao terceiro trimestre deste ano. No documento,
a companhia registra um lucro líquido de R$ 51,5 milhões, o que
significa um resultado 47,3% inferior aos R$ 97,1 milhões obtidos
nos mesmos meses do ano passado.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e
amortização) marcou R$ 311,7 milhões, resultado 22,3% superior no
comparativo anual. A margem Ebtida atingiu 61,2% no terceiro
trimestre de 2020, uma alta de 11,3 pontos percentuais.