Dólar abre em queda atento a política e ao STF
14 Abril 2021 - 9:27AM
ADVFN News
O dólar começou o pregão em queda no mercado à vista nesta
quarta-feira, com operadores atentos à fraqueza da divisa
norte-americana no exterior, mas sem tirar do radar eventos
políticos domésticos em meio à indefinição do Orçamento e à CPI da
Covid.
O dólar à vista tinha queda de 0,31%, a 5,7000 reais, às
9h13.
No exterior, a moeda caía em relação à maioria de seus pares e
mantinha-se perto de mínimas em quase quatro semanas contra uma
cesta de rivais.
Investidores vão acompanhar discursos do presidente do Banco
Central, Roberto Campos Neto (11h), e do chair do Federal Reserve
(BC norte-americano), Jerome Powell, às 13h (horário de
Brasília).
A curva de juros futuros vai abrindo apontando baixa nas
taxas. O contrato para janeiro de 2022 recua a 4,770%, de 4,792% do
ajuste ontem. Janeiro de 2023 vem para 6,685% (6,720%) e janeiro de
2027, para 9,010% ((,025%).
O Ibovespa futuro (BMF:INDJ21) abriu o pregão desta terça-feira em
alta de 0,31%, negociado a 119.395, de olho no exterior e
no STF.
Os principais índices de ações do exterior operam sem direção
comum, mas em alta, em sua maioria. Os investidores ainda digerem a
recomendação de interrupção temporária do uso da vacina da Jonhson
& Jonhson contra a covid-19 nos Estados Unidos, e aguardam a
divulgação de resultados corporativos e de um discurso do
presidente do banco central do país, Jerome Powell, às 13h.
No Brasil, o foco nesta quarta-feira está no cenário político. O
Senado abriu a CPI da covid-19, que investigará tanto o governo
federal quanto as administrações estaduais e municipais, e o
Supremo Tribunal Federal decidirá se endossa a decisão do ministro
Roberto Barroso que ordenou a abertura da comissão. Além disso, os
juízes da Suprema Corte também decidirão se continuará valendo a
decisão do ministro Edson Fachin que suspendeu condenações do
ex-presidente Lula vindas da justiça federal em Curitiba.
Ainda hoje, às 9h, do presidente Jair Bolsonaro reúne-se com os
presidentes do Senado e da Câmara para discutir o combate à
pandemia de covid-19 e uma potencial sinalização do Tribunal de
Contas da União sobre a continuidade da venda de uma das refinarias
da Petrobras a partir das 14h30.
Sem resolução à vista, Orçamento tem guerra de pareceres sobre
vetos, enquanto “PEC fura-teto” ainda é avaliada mas pode ser cair.
Relator da MP da Eletrobras fixou 17 de maio para início da votação
na Câmara, que suspendeu trabalhos hoje por morte de deputado. Três
reveses em IPOs, ofertas públicas iniciais, são destaque.