O Magazine Luiza celebrou novo acordo operacional e de
distribuição com a Luizaseg, BNP Paribas Cardif, Cardif do Brasil
Vida e Previdência e Cardif do Brasil Seguros e Garantias, visando
ao lançamento de novos produtos, especialmente nos canais digitais,
e à extensão da parceria para a oferta de seguros para os clientes
do Magalu, até dezembro de 2033.
Pelo novo acordo operacional, comunicado pela companhia, além de
serem mantidas as condições de pagamentos mensais de comissões ao
Magalu pela distribuição de seguros, o Magalu receberá, em até 30
dias, a título de exclusividade, o valor líquido de R$ 850
milhões.
Ainda, durante a vigência do contrato, o Magalu
(BOV:MGLU3) poderá receber pagamentos adicionais de acordo com
o cumprimento de determinadas metas ao longo da vigência do novo
acordo operacional.
Adicionalmente, o Magalu e a NCVP Participações Societárias,
sociedade controlada pela Cardif, celebraram contrato de compra e
venda para a alienação da totalidade da participação detida pelo
Magalu na Luizaseg para a NCVP, pelo montante de R$ 160
milhões.
A efetiva conclusão da venda da Luizaseg está sujeita ao
cumprimento de determinadas condições precedentes, incluindo a
aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e
pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).
“Dessa forma, considerando a celebração do Novo Acordo
Operacional e a Venda da Luizaseg, o Magalu espera receber o
montante de R$ 1,01 bilhão, além do valor do Profit Sharing em
função do cumprimento das metas anuais do Novo Acordo Operacional”,
apontou.
VISÃO DO MERCADO
JP Morgan
O JPMorgan apontou que o valor a ser recebido fortalece o
balanço sendo que, antes do anúncio de hoje, estimava que a empresa
terminasse 2023 com uma relação entre dívida líquida e Ebitda, ou
lucro antes de juros antes de impostos, depreciações e
amortizações, ajustado de 5 vezes.
Enquanto isso, acreditava que o mercado atribuía valor limitado
às operações da LuizaSeg. “Nesse contexto, avaliamos a LuizaSeg em
8,5 vezes o múltiplo de preço sobre lucro [P/L], implicando um
valor de R$ 330 milhões pela participação do Magalu”, afirmam os
analistas. O JPMorgan tem recomendação overweight (exposição acima
da média do mercado, equivalente à compra) para os ativos
MGLU3.
Citi
O Citi é outra instituição financeira que tem recomendação de
compra para o Magalu e destacou como bem-vinda a operação anunciada
nesta quinta. O preço-alvo do banco para os ativos é de R$ 5.
“Conversamos com o Magalu para discutir a renovação de seu
contrato comercial com o BNP Paribas Cardif até dezembro de 2033”,
avalia o Citi, ressaltando também que a varejista poderá receber
uma participação adicional nos lucros caso determinadas metas sejam
atingidas. A última renovação foi em 2015, quando o Magalu recebeu
R$ 330 milhões por um contrato de 10 anos.
Com a entrada total de caixa de R$ 1,01 bilhão, o Citi espera
que a dívida líquida proforma/ Ebitda caia de 2 vezes do 4T22 para
1,5 vez. “Com base em nossa conversa com a empresa, o objetivo é
simplificar o negócio e focar no negócio principal, que é o
comércio, o que faz sentido”, apontam os analistas.
De fato, afirmam, o negócio de seguro nunca foi crítico para a
companhia – isso dito, os analistas estimam uma contribuição de 2%
da Luizaseg para o lucro líquido da varejista.
O banco destaca que a Luizaseg é a divisão de seguros do Magalu
e, assim como a Luizacred, fechou outra parceria em 2005, para
expandir seus serviços. A Luizaseg oferece principalmente garantia
estendida para eletrodomésticos e móveis. Outros serviços
oferecidos são troca garantida de produtos, seguro de vida e
assistência médica. Em 2015, a parceria foi estendida até o final
de 2025.
Citi tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 5,00…
- Atenção para os resultados
XP Investimentos
Após a notícia considerava positiva, ainda que os papéis MGLU3
rondassem alta de “modestos” 1% durante a sessão desta quinta, os
investidores ficam de olho nos resultados do primeiro trimestre de
2023 da companhia, a serem divulgados na próxima segunda-feira
(15).
A XP projeta um crescimento tímido da receita do Magalu, mesmo
com a fragilidade da Americanas, já que o cenário macro difícil
continua pesando na demanda de bens duráveis, enquanto a
implementação do Difal deve pesar na lucratividade.
O volume bruto de mercadorias (GMV) total deve crescer 9% ano
ano, suportado pelo GMV online crescendo 10% (1P, ou estoque
próprio, em +5% e 3P, ou marketplace, em +20%), enquanto as lojas
físicas devem registrar crescimento das vendas nas mesmas lojas
(SSS) de 2,6%, devido ao cenário de menor demanda por bens
duráveis.
Quanto à lucratividade, a margem bruta deve ser o destaque
negativo, com queda de 0,9 ponto percentual (p.p.) no comparativo
anual, já que os aumentos de preço para compensar a implementação
do Difal foram distribuídos ao longo do trimestre, embora a margem
Ebitda deva melhorar 0,6 p.p por conta de eficiências operacionais.
“Por fim, esperamos um prejuízo líquido de R$202 milhões, enquanto
a geração de caixa deva ser negativa, em linha com a sazonalidade
do trimestre”, avalia.
Bradesco BBI
O BBI, por sua vez, estima crescimento suave da receita líquida
(+5,7% ao ano) do Magalu e apenas uma pequena melhora da margem
Ebitda, de 5,1%, enquanto as despesas financeiras continuam pesando
sobre a receita.
O consenso Refinitiv projeta um prejuízo de R$ 357,9 milhões
para o Magalu no primeiro trimestre, um Ebitda de R$ 509,5 milhões
e uma receita de R$ 9,2 bilhões.
Informações Infomoney
MAGAZINE LUIZA ON (BOV:MGLU3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mar 2024 até Abr 2024
MAGAZINE LUIZA ON (BOV:MGLU3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Abr 2023 até Abr 2024