O Itaú BBA optou por manter sua recomendação neutra para as ações da Magazine Luiza após a incorporação dos resultados mais recentes da varejista, bem como a inclusão de previsões atualizadas do cenário macroeconômico e suposições sobre o custo de capital.

Os analistas também ajustaram o preço-alvo para o final de 2024, agora estabelecido em R$ 3 por ação, em comparação com os anteriores R$ 3,20. Esse novo valor implica um potencial de valorização de 16% em relação ao preço de fechamento da última quarta-feira, que foi de R$ 2,59.

A equipe de análise do BBA enfatiza que o modelo atual incorpora aspectos fiscais relacionados a juros sobre o patrimônio líquido e a isenção de imposto de renda para subvenções a investimentos, tópicos que estão atualmente em discussão e podem sofrer mudanças a curto prazo. Portanto, o banco forneceu estimativas excluindo esses efeitos.

Em relação às projeções para a Magazine Luiza (BOV:MGLU3), o volume bruto de vendas (GMV) online deve atingir R$ 44,7 bilhões em 2023 e R$ 50,9 bilhões em 2024, o que representa uma queda de 6% e 7%, respectivamente, em comparação com as estimativas anteriores do BBA.

No que diz respeito às lojas físicas, o BBA reduziu suas projeções em 7% para 2023 e em 9% para 2024. Isso leva o banco a esperar uma receita líquida de R$ 38,1 bilhões em 2023, o que é 9% menor do que a estimativa anterior, e R$ 41,6 bilhões em 2024, uma redução de 10% em relação às estimativas anteriores.

Essas revisões nas projeções de receita refletem tendências mais fracas do que o esperado observadas durante o primeiro semestre de 2023.

Quanto à rentabilidade, os novos números para a margem Ebitda indicam uma revisão negativa de 160 pontos-base para 2023, atingindo 5,5%, e uma queda de 110 pontos-base para 2024, chegando a 6,8%.

Essas mudanças foram influenciadas principalmente por uma margem mais fraca do que o esperado no primeiro semestre de 2023, afetada por mudanças fiscais, como a reintrodução da taxa DIFAL e mudanças na dinâmica de crédito de PIS/COFINS, bem como pressões de desalavancagem operacional.

No geral, o BBA projeta um prejuízo líquido de R$ 672 milhões em 2023, mas prevê um lucro líquido de R$ 202 milhões em 2024, impulsionado por ganhos de rentabilidade e previsões de taxas de juros mais baixas. Ao excluir benefícios fiscais, a previsão de resultado líquido para 2024 seria de R$ 17 milhões negativos.

Os analistas reconhecem que a empresa continua bem posicionada no setor, mas as condições de curto prazo, mais desafiadoras do que o previsto, levaram a uma revisão para baixo das estimativas. Eles observam que as ações da Magazine Luiza podem se beneficiar de uma reavaliação no espaço do consumidor, mas ainda não têm a garantia de avaliação necessária para se sentirem confortáveis com uma perspectiva mais otimista.

MAGAZINE LUIZA ON (BOV:MGLU3)
Gráfico Histórico do Ativo
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