A Orizon voltou a avaliar aquisições de aterros sanitários que poderiam ser concluídas no primeiro semestre de 2024, uma vez que espera terminar o ano com baixa alavancagem, disse à Mover o diretor-presidente da empresa, Milton Pilão Jr.

A companhia de monetização de resíduos também está otimista com a perspectiva de criação de um mercado regulado de carbono no Brasil, que começa a ser discutida pelo Ministério da Fazenda.

Com três certificações de crédito de carbono em andamento, que devem gerar receita adicional no balanço do quarto trimestre, a Orizon poderia ter um impulso nas receitas e nos planos de investimento se o plano for adiante.

“Quando você tem um mercado regulado [de crédito de carbono], acaba premiando de maneira muito mais forte quem faz iniciativas de descarbonização. Hoje, a remuneração no mercado regulado europeu é muito maior que no voluntário, que é o único que as empresas brasileiras podem acessar”, disse Pilão.

A Orizon atua com a transformação de resíduos em biogás, energia elétrica, e biometano, em processos que ainda habilitam os projetos a gerarem créditos de CO2. A empresa também opera 15 “ecoparques” – ou aterros sanitários – e já fez aquisições no setor, embora tenha freado a expansão inorgânica neste ano devido à preocupação com a alavancagem, que encerrou o primeiro semestre em 2,89 vezes.

Com a entrada em operação de novos ativos que deverão gerar mais caixa, e a liberação de financiamento de R$130 milhões da International Finance Corporation, do Banco Mundial, a Orizon (BOV:ORVR3) voltou ao mercado.

“Vamos chegar no final do ano com alavancagem muito baixa, o que permite trazer um recurso extra para o caixa como dívida. E vai permitir que avancemos de novo em novas aquisições”, disse Pilão. “Para ser bem sincero, já estamos de volta ao mercado, fazendo algumas diligências”.

COMPASS E INVESTIMENTOS

A Orizon fechou em agosto parceria com a Compass, da Cosan, para investimentos conjuntos em uma planta de purificação de biogás no ecoparque de Paulínia (SP), que demandará investimentos de cerca de R$ 450 milhões.

Segundo Pilão, para bancar o projeto, haverá um aporte da Compass, e as empresas ainda buscarão financiamento, provavelmente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ou via emissão de títulos verdes – títulos de renda fixa para viabilizar iniciativas econômicas de sustentabilidade.

A Orizon tem mais 15 aterros que poderão ser alvo de investimentos similares, e já iniciou um projeto de R$ 350 milhões em um ecoparque de Recife (PE), com planos de tocar sozinha o restante dos negócios.

“Devemos ainda começar mais dois ecoparques até o final do ano. A princípio, os outros investimentos serão feitos pela BioE”, afirmou o CEO, em referência a uma subsidiária lançada pela Orizon para os investimentos em geração de energia com biogás.

Ao ser criada, no fim de 2022, a projeção era que a BioE investiria R$ 1,2 bilhão nos próximos anos, para colocar projetos de biogás em dez aterros. Agora, como a carteira de ativos da empresa cresceu, esse número deverá ser ampliado, disse Pilão.

informações TCMover
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