Orizon avalia aquisições de aterros sanitários que poderiam ser concluídas no primeiro semestre de 2024
18 Setembro 2023 - 1:29PM
ADVFN News
A Orizon voltou a avaliar aquisições de aterros sanitários que
poderiam ser concluídas no primeiro semestre de 2024, uma vez que
espera terminar o ano com baixa alavancagem, disse à Mover o
diretor-presidente da empresa, Milton Pilão Jr.
A companhia de monetização de resíduos também está otimista com
a perspectiva de criação de um mercado regulado de carbono no
Brasil, que começa a ser discutida pelo Ministério da Fazenda.
Com três certificações de crédito de carbono em andamento, que
devem gerar receita adicional no balanço do quarto trimestre, a
Orizon poderia ter um impulso nas receitas e nos planos de
investimento se o plano for adiante.
“Quando você tem um mercado regulado [de crédito de carbono],
acaba premiando de maneira muito mais forte quem faz iniciativas de
descarbonização. Hoje, a remuneração no mercado regulado europeu é
muito maior que no voluntário, que é o único que as empresas
brasileiras podem acessar”, disse Pilão.
A Orizon atua com a transformação de resíduos em biogás, energia
elétrica, e biometano, em processos que ainda habilitam os projetos
a gerarem créditos de CO2. A empresa também opera 15 “ecoparques” –
ou aterros sanitários – e já fez aquisições no setor, embora tenha
freado a expansão inorgânica neste ano devido à preocupação com a
alavancagem, que encerrou o primeiro semestre em 2,89 vezes.
Com a entrada em operação de novos ativos que deverão gerar mais
caixa, e a liberação de financiamento de R$130 milhões da
International Finance Corporation, do Banco Mundial, a Orizon
(BOV:ORVR3) voltou ao mercado.
“Vamos chegar no final do ano com alavancagem muito baixa, o que
permite trazer um recurso extra para o caixa como dívida. E vai
permitir que avancemos de novo em novas aquisições”, disse Pilão.
“Para ser bem sincero, já estamos de volta ao mercado, fazendo
algumas diligências”.
COMPASS E INVESTIMENTOS
A Orizon fechou em agosto parceria com a Compass, da Cosan, para
investimentos conjuntos em uma planta de purificação de biogás no
ecoparque de Paulínia (SP), que demandará investimentos de cerca de
R$ 450 milhões.
Segundo Pilão, para bancar o projeto, haverá um aporte da
Compass, e as empresas ainda buscarão financiamento, provavelmente
do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ou
via emissão de títulos verdes – títulos de renda fixa para
viabilizar iniciativas econômicas de sustentabilidade.
A Orizon tem mais 15 aterros que poderão ser alvo de
investimentos similares, e já iniciou um projeto de R$ 350 milhões
em um ecoparque de Recife (PE), com planos de tocar sozinha o
restante dos negócios.
“Devemos ainda começar mais dois ecoparques até o final do ano.
A princípio, os outros investimentos serão feitos pela BioE”,
afirmou o CEO, em referência a uma subsidiária lançada pela Orizon
para os investimentos em geração de energia com biogás.
Ao ser criada, no fim de 2022, a projeção era que a BioE
investiria R$ 1,2 bilhão nos próximos anos, para colocar projetos
de biogás em dez aterros. Agora, como a carteira de ativos da
empresa cresceu, esse número deverá ser ampliado, disse Pilão.
informações TCMover
Orizon Valorizacao De Re... ON (BOV:ORVR3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mar 2024 até Abr 2024
Orizon Valorizacao De Re... ON (BOV:ORVR3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Abr 2023 até Abr 2024