A Klabin reportou lucro líquido de R$ 370 milhões no quarto trimestre de 2023, montante 53% inferior ao reportado no mesmo intervalo de 2022 e abaixo dos R$ 611,8 milhões previstos pelo consenso LSEG, informou a companhia.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 1,683 bilhão no 4T23, um recuo de 12% em relação ao 4T22, mas acima do consenso LSEG, projetava resultado de R$ 1,58 bilhão.

Segundo a Klabin, o desempenho no trimestre é explicado pela redução da receita líquida compensada parcialmente pelo menor custo caixa nos períodos, conforme detalhado anteriormente nas respectivas seções.

A margem Ebitda ajustada atingiu 37% entre outubro e dezembro do ano passado, mantendo-se estável frente a margem registrada em 4T22.

A receita líquida somou R$ 4,5 bilhões no quarto trimestre do ano passado, queda de 11% na comparação com igual etapa de 2022, devido principalmente a queda dos preços do kraftliner e da celulose, além da valorização do real frente ao dólar no período, compensada parcialmente pelo aumento de 4% no volume total vendido.

O CPV/t (Custo dos Produtos Vendidos/tonelada) apresentou redução de 9% no 4T23 em relação ao 4T22, “resultado das medidas de otimização e eficiência operacional realizadas pela Companhia, que resultaram no menor consumo de químicos e combustíveis, além dos menores preços dessas commodities e da maior diluição de custo fixo em função do maior volume vendido no período”, explica Klabin.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 325 milhões no quarto trimestre de 2023, ante perdas financeiras de R$ 31 milhões da mesma etapa de 2022.

Os investimentos somaram R$ 1,011 bilhão no 4T23, 36% inferior comparado ao 4T22.

Em 31 de dezembro de 2023, a dívida líquida da companhia era de R$ 20,193 bilhões, uma diminuição de 4% na comparação com a mesma etapa de 2022.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 3,2 vez em dezembro/23, alta de 0,6 p.p. em relação ao mesmo período de 2022.

Os resultados da Klabin (BOV:KLBN11) referentes às suas operações do quarto trimestre de 2023 foram divulgados no dia 07/02/2024.

  • Klabin aprova pagamento de dividendos no valor de R$ 192 milhões

O conselho de administração da Klabin aprovou o pagamento de dividendos.

O valor da distribuição soma R$ 192 milhões.

VISÃO DO MERCADO

BB Investimentos

“Apesar da persistência dos desafios em alguns de seus mercados de atuação, a Klabin reportou bons números no quarto trimestre”, afirmou Mary Silva, analista da BB Investimentos, citando ainda anúncio pela empresa de distribuição de dividendos de R$ 192 milhões.

“Apesar de entendermos que a companhia continuará reportando resultados resilientes nos próximos trimestres, considerando inclusive o ramp-up das operações da segunda máquina do Projeto Puma II, ponderamos as incertezas com relação ao nível de demanda de celulose em 2024 e o esperado incremento de capacidade de produção que elevará a oferta global com potencial pressão nos preços”, escreveu Silva em relatório.

XP

A XP destacou também que o resultado foi no geral positivo e em linha com as estimativas, mantendo assim recomendação neutra para os papéis.

Goldman Sachs

O Goldman Sachs viu um resultado em linha e, sem ver grandes catalisadores para uma reclassificação dos papéis, manteve recomendação de venda.

“O Ebitda recorrente da Klabin no 4T23 ficou 3% abaixo da nossa projeção e em linha com o consenso da Bloomberg. Os lucros no segmento de celulose decepcionaram devido aos custos mais elevados relacionados com o Custo de Produto Vendido superior ao esperado, enquanto a rentabilidade do papel foi beneficiada do aumento de novas máquinas de papel e da consequente dinâmica de custos melhor do que o esperado”, afirma.

No futuro, o banco espera que a melhoria dos lucros seja impulsionada principalmente por uma recuperação da celulose (especialmente na Europa), mas que seja limitada por riscos de estabilidade ou queda na China, bem como pelos contínuos desafios nos mercados de papel e embalagens.

A Klabin afirmou no balanço que o foco de 2024, ano em que a empresa completa 125 anos de existência, “será a entrega dos projetos em andamento e a constante busca por eficiência”.

A queda no resultado ocorreu apesar da empresa ter elevado o volume total de vendas em 4% na comparação anual, com o volume vendido de celulose avançando 10%. Mas as vendas de papéis caíram 3% enquanto as de embalagens ficaram estáveis.

“No período houve redução de custos de químicos e combustíveis devido ao menor consumo proporcionado pelas plantas de gaseificação de biomassa, de ácido sulfúrico e de remoção de sulfato de potássio, além do menor preço das commodities”, afirmou a companhia.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão
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