[quote=fogobr]Bom, como economista, o que posso dizer são algumas coisas (texto grande, mas talvez valha a pena):
O muito bem colocada sua observação, pensando por esses parametros
so teremos uma reversão apartir do momento que os americanos melhorarem, acredito que isso so venha ocorrer apos as eleições americanas isto se o Sr. Obama ganhar, caso O Sr. Mcain se eleito ,teremos varios problemas.
De acordo com um grafista renomado do mercado, qdo temos umas queda de 10000 ou 12000 pontos temos uma reversão logo nesse sentido tambem. Vamos esperar e acompanhar os proximos fatos.
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[quote=fogobr]Bom, como economista, o que posso dizer são algumas coisas (texto grande, mas talvez valha a pena):
O muito bem colocada sua observação, pensando por esses parametros
so teremos uma reversão apartir do momento que os americanos melhorarem, acredito que isso so venha ocorrer apos as eleições americanas isto se o Sr. Obama ganhar, caso O Sr. Mcain se eleito ,teremos varios problemas.
De acordo com um grafista renomado do mercado, qdo temos umas queda de 10000 ou 12000 pontos temos uma reversão logo nesse sentido tambem. Vamos esperar e acompanhar os proximos fatos.
- A Bolsa é uma aplicação de risco, mas muuuuuuito risco, ou seja, quem quer entrar nesse barco precisa estar ciente dos riscos que corre. Não adianta apenas reclamarmos, a partir do momento em que entramos na bolsa estamos sujeitos a esse tipo de comportamento, e isso acontecerá, com maior ou menor frequência. Como passamos quase 5 anos de bonança, muita gente aqui esqueceu que a bolsa também tem quedas, longas e consistentes.
- A chamada crise do subprime, infelizmente, não é o final, mas sim o começo de uma série de problemas na economia americana e também no resto do mundo (1o mundo). Na história econômica são estudados ciclos e poderes hegemônicos, e vemos que essas são fases temporárias, umas com maior outras com menor duração. O ciclo de crescimento na demanda doméstica americana, de crédito fácil e grandes possibilidades de pagamento, está se esgotando, pelo fato de não ter sido sustentável. As pessoas tomavam crédito sem consciência de que um dia teriam que pagar a conta e poderiam não ter condições disso. Hipotecavam casas para conseguir dólares no intuito de financiar o consumo, na esperança de que os imóveis, no futuro, valessem cada vez mais. Mas o que aconteceria se esse imóvel não se valorizasse? O resultado vemos hoje, nos números globais. Aliado a isso surge o problema do petróleo, que é conhecido de todos. Um recurso natural ainda essencial, porém escasso e não renovável, finito, encontrado com abundância em poucos lugares.
- No caso da bolsa brasileira, na minha opinião, acontece algo semelhante hoje. Como já disseram, o Brasil era (ou ainda é) a bola da vez, mas a demanda por ações está sofrendo. Sofrendo por qual razão? As pessoas físicas, popularmente conhecidos por sardinhas, entraram na bolsa nos últimos anos, atraídas pelos ganhos absurdos do último quinquênio. No entanto, para que um papel se valorize, é preciso que haja condições de oferta e demanda que satisfaçam determinadas condições: se a oferta é maior que a demanda, o preço cai até que haja equilíbrio.
- Juntando os 3 itens para conclusão do raciocínio: grande parte da demanda por ações na Bovespa é composta por bancos e corretoras estrangeiras (basta analisar o volume, de mais de R$ 5 bi na época do grau de investimento contra cerca de R$ 2,5 bi agora). A força compradora interna tupiniquim não tem capacidade de fazer frente a grande forças compradoras externas (vide maiores volumes nas blue chips, sempre Morgan, Suisse, Merr...). Logo isso causa certa dependência de nossos papéis com relação aos potenciais compradores gringos. Como há uma crise de crédito na economia americana, e européia por consequência, grande parte dos investidores está temerosa em realizar aplicações de risco, vendo as consequências que isso pode causar na atual conjuntura global, da qual o Brasil, assim como todos os outros países, depende. Isso causa um enfraquecimento na demanda por ações, enquanto que a oferta, basicamente composta de sardinhas carregados que aproveitaram (com razão) os bons ventos anteriores, permanece inalterada.
- Conclusão: os preços da ações vão cair até que se estabeleça novo equilíbrio entre oferta e demanda, no caso, através das forças domésticas (ou seja, elas devem cair bastante, já que tem muita gente comprada), ou até que as forças compradores reapareçam, no caso, quando a crise amenizar, ou caso haja algum evento externo capaz de reacender o interesse pelo Brasil. E quando digo evento externo, me refiro à quebra do ciclo de hegemonia americano e surgimento de alguma(s) nova(s) potência(s), chinesa por exemplo, que desponte de forma independente da crise do subprime. Outro evento externo seria a descoberta (e utilização, claro) de outra fonte energética independente do petróleo, de preferência renovável, que permitisse certo grau de independência da matriz energética com relação à oferta de petróleo. Esse efeito dos preços é semelhante ao de uma bolha, que foi alimentada por uma fonte externa, que de repente cessou, e agora tende a murchar... uma bolha no mercado de ações, uma explicação tão simples quanto parece ser, mas ao mesmo tempo complexa...
Agora vejamos: se a crise americana tende a durar até o final do ano, pelas notícias atuais, isso se não adentrar o ano que vem, além do preço do petróleo que disparou de forma bem semelhante às crises da década de 70, eu afirmaria que, caso não venham notícias ótimas dos EUA ou excelentes do Brasil, nossas bolsas devem minguar aos poucos. Não acredito que vai cair 2, 3% ao dia, mas cair uns 10% ao mês é bem provável. E onde esse efeito vai ocorrer? Nas ações que estão mais ligadas ao exterior, em evidência, blue chips, mineradoras, que eram as mais vislumbradas pelas forças compradoras externas.
Isso é uma possível explicação do contexto econômico que estamos vivendo, mas ainda há questões como a manipulação dos preços, consequência da dependência da força compradora, que também precisam ser analisadas. Essa manipulação, como dizem, é apenas reflexo de nossa dependência com relação ao capital externo... enquanto a bolsa brasileira depender do capital externo para sobreviver, isso sempre acontecerá. Fora que o custo do capital aqui no Brasil, representado pelos Juros, não da SELIC, mas dos bancos, é um verdadeiro absurdo, impedindo qualquer tentativa de criação de uma força compradora interna ou de aquecimento do mercado.
Bom, é isso, e desculpem pelo longo post!
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