De acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada em março de 2018 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o comércio varejista nacional mostrou variação de 0,3% para o volume de vendas frente a fevereiro de 2018, na série ajustada sazonalmente, compensando a variação negativa de 0,2% registrada no mês imediatamente anterior.

No confronto com março de 2017, o volume de vendas do comércio varejista assinalou expansão de 6,5%, décima segunda taxa positiva consecutiva nessa comparação. Assim, o indicador acumulado para os primeiros três meses do ano mostrou aumento de 3,8%. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao avançar 3,7% em março de 2018, registrou o resultado positivo mais elevado desde julho de 2014 (4,3%) e prosseguiu em trajetória ascendente iniciada em outubro de 2016 (-6,8%).

O comércio varejista ampliado, que inclui além do varejo as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, registrou avanço de 1,1% para o volume de vendas na comparação com fevereiro de 2018, após relativa estabilidade observada no mês anterior (0,1%). A variação da média móvel trimestral para o varejo ampliado, no trimestre encerrado em março (0,4%), também mostrou ganho de ritmo em relação ao trimestre encerrado em fevereiro (-0,1%).

Ainda em relação ao comércio varejista ampliado, a expansão do volume de vendas em relação a março de 2017 foi de 7,8%, décima primeira taxa positiva seguida, acumulando, assim, 6,6% no primeiro trimestre de 2018. Em relação ao indicador acumulando nos últimos doze meses, ao mostrar expansão de 6,2% em março de 2018, manteve a trajetória ascendente iniciada em julho de 2016 (-10,4%), e assinalou a maior variação positiva desde junho de 2013 (6,4%).

Volume de Vendas por Setor no Varejo Brasileiro em Março de 2018

A variação de 0,3% no volume de vendas do comércio varejista na passagem de fevereiro para março de 2018, série ajustada sazonalmente, foi acompanhada por cinco das oito atividades investigadas, conforme mostra Gráfico 3. Dentre essas, o maior avanço, em termos de magnitude, foi observado em Combustíveis e lubrificantes (1,4%), após sequência de quatro meses registrando queda, período que acumulou perda de 4,0%. Ainda com avanço nas vendas frente a fevereiro, encontram-se: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,1%), Tecidos, vestuário e calçados e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (ambos com 0,7%), enquanto o setor de Móveis e eletrodomésticos (0,1%) praticamente repete o patamar de vendas de fevereiro 2018. Por outro lado, os recuos frente a fevereiro de 2018 foram registrados em: Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-5,0%) e Livros, jornais, revistas e papelarias (-1,2%), ambos com avanços, respectivamente, de 12,0% e 1,9% acumulados entre janeiro e fevereiro, enquanto o setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,1%), intensifica, em março, a queda observada em fevereiro (-0,7%), acumulando nesses dois meses uma perda de 1,8%, após avanço de 2,1% registrado em janeiro. Considerando o comércio varejista ampliado, o avanço de 1,1%, ocorreu após relativa estabilidade (0,1%) observada no mês anterior, com Veículos e motos, partes e peças (2,9%) mostrando avanço pelo quinto mês consecutivo, período que o setor acumulou um ganho de 12,1%, enquanto Material de construção sinalizou estabilidade (0,0%).

Em março de 2018, o volume do comércio varejista mostrou expansão de 6,5% na comparação com igual mês do ano anterior, décima segunda taxa positiva seguida, sendo esse avanço o maior desde abril de 2014 (6,7%). Vale citar o efeito calendário que, com o deslocamento do feriado móvel de Páscoa, exerceu influência positiva nas vendas de março de 2018. Esse desempenho positivo foi impulsionado somente por três das oito atividades que compõem o varejo. Por ordem de contribuição à taxa global, os resultados foram os seguintes: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (12,3%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (13,8%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (5,0%). Por outro lado, pressionando negativamente a formação da taxa global de março de 2018, destacaram-se Combustíveis e lubrificantes (-4,8%); Móveis e eletrodomésticos (-3,3%); Tecidos, vestuário e calçados (-0,7%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-7,6%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-12,6%).

Receita de Vendas por Setor no Varejo Brasileiro em Março de 2018

Volume de Vendas por Região no Varejo Brasileiro em Março de 2018

Na passagem de fevereiro para março de 2018, na série com ajuste sazonal, as vendas no comércio varejista avançam em 18 das 27 Unidades da Federação, com destaque, em termos de magnitude de taxa, para Espírito Santo (5,1%); Distrito Federal (4,4%) e Acre (4,1%), conforme Gráfico 4. O estado da Bahia registrou estabilidade nas vendas (0,0%). Por outro lado, Piauí (-3,9%) e São Paulo (-3,6%) mostraram os maiores recuos nas vendas nessa comparação. Considerando o comércio varejista ampliado, o avanço atingiu 20 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Acre (3,9%) e Mato Grosso do Sul (2,8%). Por outro lado, com queda mais intensa nas vendas, figura o Estado do Amapá (- 5,7%).

Frente a março de 2017, na série original, o comércio varejista registrou aumento no volume de vendas em 26 das 27 Unidades da Federação, com destaque positivo, em termos de magnitude de taxa para Acre (18,0%), Amazonas (15,6%) e Espírito Santo (15,1%). Por outro lado, Pernambuco (-0,4%) figura com a única taxa negativa dentre todas as Unidades da Federação, segundo o Gráfico 6. Quanto à participação na composição da taxa positiva do varejo, destacaram-se: São Paulo (4,8%), Rio Grande do Sul (12,6%) e Rio de Janeiro (7,9%).

Considerando o comércio varejista ampliado, todas as 27 Unidades da Federação apresentaram variações positivas no volume de vendas na comparação com março de 2017, com destaque para Espírito Santo (16,3%) e Amazonas (16,2%). Quanto à participação na composição da taxa positiva do varejo ampliado, destacaram-se, pela ordem: São Paulo (8,4%); Santa Catarina (15,7%) e Rio Grande do Sul (10,3%).

Receita de Vendas por Região no Varejo Brasileiro em Março de 2018

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