Rio de Janeiro, 04 de Maio de 2015 – A diminuição de ritmo observada na produção industrial nacional na passagem de fevereiro para março de 2015, série com ajuste sazonal, foi acompanhada por cinco dos quatorze locais pesquisados pelo IBGE, com destaque para os recuos mais acentuados registrados no Ceará (-3,1%), Minas Gerais (-2,5%), Paraná (-2,3%) e Pernambuco (-2,2%).
Com os resultados desse mês, o Estado do Ceará eliminou o avanço de 1,0% assinalado em fevereiro último; o Estado de Minas Gerais praticamente repetiu a magnitude de queda verificada no mês passado (-2,7%); Já o Estado do Paraná reverteu a expansão de 1,4% observada no mês anterior; Por sua vez, o Estado de Pernambuco apontou o segundo mês consecutivo de recuo na produção, período em que acumulou perda de 4,7%. O Estado de São Paulo (-0,8%), que possui o parque industrial mais diversificado do país, completou o conjunto de locais com índices negativos em março de 2015.
Por outro lado, o Estado da Bahia, com expansão atípica de 22,1%, mostrou o crescimento mais elevado nesse mês, após três meses consecutivos de queda na produção, período em que acumulou perda de 21,9%.
Região Nordeste (8,1%), Rio de Janeiro (4,8%) e Pará (3,2%) também assinalaram avanços acentuados em março de 2015. Já os Estados do Espírito Santo (1,2%), Rio Grande do Sul (1,1%), Goiás (0,7%), Amazonas (0,5%) e Santa Catarina (0,3%) apontaram expansões menos intensas.
Produção Industrial Regional Acumulada em 2015
No indicador acumulado para o primeiro trimestre do ano, frente a igual período do ano anterior, a redução na produção nacional alcançou onze dos quinze locais pesquisados, com sete recuando com intensidade superior à média nacional (-5,9%): Amazonas (-17,8%), Bahia (-12,5%), Paraná (-10,5%), Rio Grande do Sul (-8,8%), Minais Gerais (-8,0%), Santa Catarina (-7,0%) e Rio de Janeiro (-6,3%).
Completaram o conjunto de locais com resultados negativos no fechamento dos três primeiros meses de 2015: Ceará (-5,9%), Região Nordeste (-5,8%), São Paulo (-5,4%) e Goiás (-0,8%). Nesses locais, o menor dinamismo foi particularmente influenciado por fatores relacionados à diminuição na fabricação de bens de capital (em especial aqueles voltados para equipamentos de transportes – caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e veículos para transporte de mercadorias), bens intermediários (autopeças, derivados do petróleo, produtos têxteis, produtos siderúrgicos, produtos de metal, petroquímicos básicos, resinas termoplásticas e defensivos agrícolas), bens de consumo duráveis (automóveis, eletrodomésticos da “linha branca” e da “linha marrom”, motocicletas e móveis) e bens de consumo semi e não-duráveis (medicamentos, produtos têxteis, vestuário, bebidas, alimentos e gasolina automotiva).
Por outro lado, Espírito Santo (20,9%) e Pará (8,7%) assinalaram as expansões mais elevadas, impulsionados em grande parte pelo comportamento positivo vindo do setor extrativo. Adicionalmente, Mato Grosso (3,9%) e Pernambuco (2,0%) também apontaram taxas positivas no índice acumulado do ano.
Os sinais de diminuição no ritmo produtivo também ficaram evidentes no confronto do último trimestre de 2014 com o resultado do primeiro trimestre de 2015, ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior, em que onze dos quinze locais pesquisados mostraram perda de dinamismo, acompanhando o movimento do índice nacional, que passou de -4,1% no quarto trimestre do ano passado para -5,9% no índice acumulado nos três primeiros meses de 2015.
Nesse mesmo tipo de confronto, Bahia (de 1,7% para -12,5%), Amazonas (de -11,1% para -17,8%), Paraná (de -4,2% para -10,5%), Região Nordeste (de 0,3% para -5,8%) e Rio Grande do Sul (de -3,9% para -8,8%) apontaram as maiores reduções, enquanto Espírito Santo (de 12,1% para 20,9%), Pernambuco (de -5,2% para 2,0%) e Pará (de 4,3% para 8,7%) assinalaram os maiores ganhos de ritmo entre os dois períodos.
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