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Inflação: IPCA desacelera em abril, mas registra maior variação para o mês desde 2001

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Rio de Janeiro, 11 de Maio de 2015 – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de abril de 2015 apresentou oscilação mensal de 0,71%. Essa taxa de variação é 0,61% menor que a valorização registrada no mês anterior (1,32%) e 0,04% maior que a aferida em abril de 2014 (0,67%). A inflação do quarto mês de 2015 também é a maior variação mensal registrada em meses de abril desde 2001, quando o indicador subiu 0,77%.

Com o resultado apurado em abril, o IPCA acumulado nos quatro primeiros meses de 2015 foi de 4,56%, a maior alta para um primeiro quadrimestre desde 2003, quando a taxa foi de 6,15%.

O principal responsável pelo forte aumento do IPCA em abril foi o aumento nas despesas com Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,69% para 1,32%). Esse grupo respondeu por 21,13% da valorização do indicador no mês, o equivalente a 0,15 ponto percentual. Dentre os itens que compõem o grupo Saúde e Cuidados Pessoais, o preço dos remédios foi o que exerceu o maior peso sobre a variação mensal do IPCA, subindo 3,27% no mês. Isso é resultado dos reajustes de 5,00%, 6,35% ou 7,70% realizados sobre o preço dos medicamentos, que variaram conforme o nível de concentração dos mesmos no mercado, em vigor a partir do dia 31 de março. Os aumentos registrados nos serviços médicos e dentários (0,93%), produtos óticos (0,91%) e planos de saúde (0,77%) também se destacaram no grupo.

Os grupos de Artigos de Residência (de 0,35% para 0,66%), Vestuário (de 0,59% para 0,91%), Comunicação (de -1,16% para 0,31%) e Despesas Pessoais (de 0,36% para 0,51%) também registraram maior valorização em abril do que em março. Já os grupos Alimentação e Bebidas (de 1,17% para 0,97%), Educação (de 0,75% para 0,21%) e Transportes (de 0,46% para 0,11%) e Habitação (de 5,29% para 0,93%) apresentaram menor taxa de variação em abril do que no mês anterior.

Dentre treze regiões metropolitanas pesquisadas para elaboração do indicador, apenas duas registraram aceleração da variação mensal: Recife e Belém. As demais regiões apresentaram valorização menor em abril do que em março.

A maior variação mensal dentre as regiões pesquisadas foi registrada na região metropolitana de Curitiba (1,46%), cujo índice foi pressionado pelo aumento nos preços dos alimentos (2,34%), que subiram bem acima da média nacional (0,97%), além do aumento nos preços dos remédios (7,87%). Salvador (0,50%) foi a região avaliada que apresentou a menor valorização mensal.

O IPCA é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde 1980 e se refere às famílias com rendimento monetário mensal de 01 (um) a 40 (quarenta) salários mínimos.

A coleta de preços é realizada em estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços, domicílios e concessionárias de serviços públicos, abrangendo as 13 (treze) principais regiões metropolitanas do país: Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Vitória e Porto Alegre, Brasília, Goiânia e Campo Grande.

Para cálculo do IPCA em março de 2015 foram comparados os preços coletados no período de 28 de março a 29 de abril de 2015 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de fevereiro a 27 de março de 2015 (base).

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