Rio de Janeiro, 23 de Junho de 2015 – De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, as compras realizadas pelo país no exterior somaram US$ 14,008 bilhões em abril de 2015. No período, a Ásia manteve-se como o principal fornecedor de produtos para o Brasil. No quinto mês do ano, 31,87% do valor total das compras brasileiras oriundas do exterior vieram do continente asiático, com grande destaque para a China, que contribuiu com 16,21% deste total.
Na comparação com maio de 2014, quase todos os principais blocos econômicos registraram decréscimo de vendas para o mercado brasileiro. A única exceção foi registrada pelo Oriente Médio, que exportou 29,52% a mais para o Brasil em maio de 2015.
Pela média diária, as importações de abril oriundas da China, maior fornecedora individual de produtos para o Brasil, registraram queda de 23,11% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Já as importações vindas dos Estados Unidos, outro importante parceiro comercial brasileiro, decresceram 21,87% entre maio de 2015 e maio de 2014.
Na comparação com o mês anterior, houve grande avanço nas compras externas vindas do Oriente Médio (+37,18%) e da Europa Oriental (+28,28%). Ainda pela média diária, as compras de produtos vindos dos Estados Unidos diminuíram 8,78% e as compras de produtos chineses decresceram 8,76%.
Confira todos os detalhes sobre as importações brasileiras em Maio de 2015
Voltando à comparação maio 2015 e maio 2014, caíram as compras originárias da Europa Oriental (-33,3%, por conta de carnes, açúcar em bruto, soja em grão, café, calçados, farelo de soja, máquinas para terraplanagem, minério de manganês, ácidos carboxílicos, aviões), Ásia (-22,8%, sendo para China ocorreu queda de 27,3%, por conta de soja em grão, minério de ferro, couros e peles, óleo de soja em bruto, mármores e granitos, suco de laranja congelado, bombas e compressores, motores para veículos, minério de manganês, partes e peças de aviões, óxidos e hidróxidos de alumínio, tubos de ferro fundido, medicamentos, semimanufaturados de ferro/aço), Mercosul (-16,8%, sendo da Argentina a queda foi de 15,2%, automóveis de passageiros e autopeças, veículos de carga, motores para veículos e partes, minério de ferro, polímeros plásticos, tratores, pneumáticos, óxidos e hidróxidos de alumínio, papel e cartão, máquina para uso agrícola, motores e geradores, medicamentos, semimanufaturados de ferro/aço, hidrocarbonetos, motocicletas, gasolina, ferro-ligas, laminadores de metais), União Europeia (-16,5%, por conta de farelo de soja, minério de ferro, soja em grão, celulose, ferro-ligas, ouro em forma semimanufaturada, couros e peles, motores para veículos, óleos combustíveis, tubos de ferro fundido, petróleo, motores e geradores, bombas e compressores, medicamentos, partes e peças de aviões, açúcar em bruto, partes e acessórios de equipamentos), África (-15,5%, por conta de açúcar em bruto, carne de frango, minério de ferro, milho em grão, veículo de carga, chassis com motor, arroz em grão, óxidos e hidróxidos de alumínio, máquinas para terraplanagem, motores e geradores, farelo de soja, leite e creme de leite, ônibus, bovinos vivos, óleos lubrificantes), América Latina e Caribe, exceto Mercosul (-10,3%, principalmente, petróleo em bruto, polímeros plásticos, motores para veículos, máquinas para terraplanagem, chassis com motor, óleos combustíveis, pneumáticos, autopeças, laminados planos, bombas e compressores, carne bovina, fio-máquina de ferro/aço, hidrocarbonetos, minério de ferro, aviões, soja em grão, gasolina) e Estados Unidos (-6,7%, por conta de petróleo em bruto, semimanufaturados de ferro/aço, celulose, ferro fundido, motores e geradores, máquinas para terraplanagem, etanol, hidrocarbonetos, ferro-ligas, pneumáticos, autopeças, partes e peças de aviões, bombas e compressores, minério de ferro, motores e turbinas para aviação, soja em grão, óleos combustíveis, alumínio em bruto). Por outro lado, cresceram as compras do Oriente Médio (+3,3%, por conta de soja em grão, milho em grão, óxidos e hidróxidos de alumínio, farelo de soja, ouro em forma semimanufaturada, arroz em grão, óleo de soja em bruto, trigo em grão).
Acumulado no Ano
Comparando os períodos de janeiro a maio de 2015/2014, assinalou-se decréscimo de 18,1% nas importações brasileiras. No período comparativo, a retração abrangeu todas as categorias de produtos: combustíveis e lubrificantes (-34,7%), bens de consumo (-13,6%), bens de capital (-14,7%) e matérias-primas e intermediários (-15,3%).
Por mercados fornecedores, na comparação com janeiro-maio de 2014, decresceram as compras originárias de todos os blocos econômicos, a saber: África (-45,2%, por conta de petróleo, naftas, adubos e fertilizantes, carvão, cacau, inseticidas, ferro-ligas, laminados planos, autopeças, paládio em bruto, gás propano, hidrocarbonetos, polímeros plásticos, pneumáticos, algodão em bruto, gás GLP), Oriente Médio (-38,1%, petróleo em bruto, querosene de aviação, ureia, adubos e fertilizantes, óleos lubrificantes, partes e peças de aviões, medicamentos, compostos heterocíclicos, vidro flotado, óleos combustíveis), Mercosul (-23,1%, sendo que para Argentina a queda foi de 21,5%, por conta de automóveis e partes, veículos de carga, produtos de perfumaria, produtos hortícolas, naftas, malte, motores para veículos, peras frescas, alhos, ônibus, policloreto de vinila, pneumáticos, partes de motores para veículos, alumínio em bruto, fio-máquina de ferro/aço, ureia, maçãs frescas), Estados Unidos (-18,4%, pelas quedas em óleos combustíveis, medicamentos, aparelhos de medida, carvão, instrumentos médicos, polímeros plásticos, adubos e fertilizantes, hidrocarbonetos, inseticidas, máquinas para terraplanagem, gás propano, aviões, bombas e compressores, motores e geradores, naftas, óleos lubrificantes, máquinas para elevação de carga, trigo em grão, tratores, algodão em bruto), União Europeia (-18,2%, principalmente, medicamentos, autopeças e automóveis, gasolina, instrumentos de medida, rolamentos e engrenagens, bombas e compressores, partes de motores para veículos, torneiras e válvulas, tubos de ferro fundido, inseticidas, máquinas para terraplanagem, motores para veículos, aquecedores, ferramentas de uso manual, veículos de vias férreas, helicópteros), América Latina e Caribe, exceto Mercosul (-18,1%, por conta de gás natural, automóveis e autopeças, naftas, carvão, salmões, ácidos carboxílicos, barras/perfis de cobre, cloreto de potássio, óleos combustíveis, adubos e fertilizantes, circuitos integrados), Ásia (-11,5%, sendo que da China retrocedeu 7,6%, com quedas em aparelhos transmissores e partes, máquinas automáticas e partes, motores e geradores, laminados planos, circuitos integrados, compostos heterocíclicos, aparelhos transmissores/receptores, brinquedos, pneumáticos, máquinas para elevação de carga, máquinas para terraplanagem, inseticidas, tecidos de algodão) e Europa Oriental (-1,4%, por conta principalmente de cloreto de potássio, adubos e fertilizantes, ureia, laminados planos, borracha, óleos combustíveis).
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