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IBGE: Vendas no varejo brasileiro diminuíram em sete das oito atividades avaliadas em Julho de 2015

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São Paulo, 16 de Setembro de 2015 – O volume de vendas no varejo brasileiro diminuiu 1,0% no sétimo mês do ano, na comparação com o mês anterior. Em termos do volume de vendas, sete das oito atividades pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) obtiveram resultados negativos.

As taxas negativas registradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foram registradas nos seguintes setores do varejo brasileiro: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-5,5%); Móveis e eletrodomésticos (-1,7%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,3%); e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-1,1%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,0%); Tecidos, vestuário e calçados (-1,0%); e Combustíveis e lubrificantes (-0,4%).

O segmento outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,0%) ficou estável nessa comparação.

Na comparação entre julho de 2015 e julho de 2014, na série sem ajuste sazonal, considerando o volume de vendas, seis das oito atividades do comércio varejista registraram variações negativas.

Por ordem de contribuição negativa à taxa global, os resultados foram: Móveis e eletrodomésticos (-12,8%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,1%), Tecidos, vestuário e calçados (-8,1%); Combustíveis e lubrificantes (-3,6%); Livros, jornais, revistas e papelaria(-9,2%); Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-5,2%).

As atividades que exerceram impacto positivo na composição do resultado do varejo foi a de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,6%); e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,3%).

Atividade de móveis e eletrodomésticos

Com decréscimo de 12,8% no volume de vendas em relação a julho de 2014, a atividade de Móveis e eletrodomésticos exerceu o maior impacto negativo na formação da taxa global do varejo, acumulando nos primeiros sete meses do ano taxa de -11,5% e nos últimos 12 meses, de -7,3%. Este desempenho ocorreu mesmo com os preços dos principais produtos que compõe esta atividade ficando abaixo do índice geral. Por se tratar de uma atividade cujas vendas são associadas, especialmente, às condições de crédito, seu comportamento este ano vem sendo afetado pelo aumento dos custos de financiamento, evidenciado pela elevação da taxa de juros, que passou de 32,3% ao ano em julho de 2014 para 44,2% em julho último, segundo Banco Central.

Atividade de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de -2,1% em julho, sobre igual mês do ano anterior, foi o setor responsável pela segunda maior participação no índice geral. Esta atividade teve seu desempenho influenciado pela redução de 3,5% da massa salarial real habitual das pessoas ocupadas, além da influência do comportamento dos preços do grupo alimentação no domicílio (10,5%), que cresceu acima do índice geral (9,6%) no período de 12 meses, segundo o IPCA. Em termos de resultados acumulados, as taxas de variação foram: -1,8% para o acumulado nos sete primeiros meses do ano e de -1,4% para os últimos 12 meses.

Atividade de tecidos, vestuário e calçados

A atividade de tecidos, vestuário e calçados, que apresentou queda no volume de vendas de -8,1% com relação a igual mês do ano anterior, representou a terceira maior contribuição negativa à taxa global do varejo, mesmo com os preços de vestuário (3,4% em doze meses) crescendo abaixo da inflação geral (9,6%), segundo o IPCA. Em termos acumulados, os resultados foram de -5,5% para os sete primeiros meses do ano e de -3,3% para os últimos 12 meses.

Atividade de combustíveis e lubrificantes

O comércio de combustíveis e lubrificantes, com variação de -3,6% no volume de vendas, em relação a julho de 2014, foi responsável pelo quarto maior impacto no resultado geral do varejo. Em termos de desempenho acumulado, as taxas de variação ficaram em -3,3% e -1,2%, para os sete primeiros meses do ano e para os últimos 12 meses, respectivamente. A redução do ritmo da economia e os preços dos combustíveis se comportando acima da inflação geral (10,6% contra 9,6%, segundo o IPCA) são alguns dos fatores que vêm influenciando o comportamento desse segmento.

Atividade de livros, jornais, revistas e papelaria

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria, com taxa de -9,2% no volume de vendas sobre julho de 2014, respondeu pela sexta contribuição no resultado global. Nos acumulados dos sete meses do ano e dos últimos 12 meses as taxas foram, respectivamente -8,4% e -8,8%. Embora os preços dos produtos de papelaria, com crescimento acumulado em 12 meses de 6,6%, estejam abaixo do índice geral de preços (9,6%), a trajetória declinante desta atividade vem sendo influenciada pela restrição orçamentária das famílias e, no que tange a jornais e revistas, por certa substituição dos produtos impressos pelos de meio eletrônico.

Atividade de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria

O comportamento dos preços dos produtos farmacêuticos, que em 12 meses subiu 6,8% contra 9,6% do índice geral, segundo IPCA, somado à essencialidade dos produtos comercializados são os principais fatores que explicam o desempenho positivo deste segmento. Neste segmento, que apresentou taxa positiva de 1,6% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, apresentou taxa de 4,6% no acumulado do ano e taxa de 6,1% nos últimos 12 meses.

Atividade de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação

O segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, responsável pela quinta contribuição negativa na formação da taxa global do comércio varejista, registrou variação de -5,2% no volume de vendas na relação julho de 2015 contra julho de 2014. Apesar deste resultado negativo, a atividade ainda apresenta aumento nas vendas em termos acumulados, com variações 7,9% no acumulado do ano e de 4,7% nos últimos 12 meses, taxas estas bem acima da média do varejo.

Atividade de outros artigos de uso pessoal e doméstico

A atividade de outros artigos de uso pessoal e doméstico, o mix diversificado de itens de baixo valor, tem mantido o dinamismo do setor. Neste segmento, a taxa acumulada no ano foi de 3,4% e 5,0% nos últimos 12 meses.

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