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Pesquisa Industrial Mensal de Julho de 2015: produção industrial brasileira caiu 8,9% na comparação com o mesmo mês do ano anterior

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São Paulo, 02 de Setembro de 2015 – De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o confronto com igual mês do ano anterior, a produção total da indústria nacional apontou redução de 8,9% em julho de 2015, sendo a décima sétima taxa negativa consecutiva registrada pelo indicador, sendo mais acentuada do que as quedas observadas em março (-3,3%), abril (-7,7%), maio (-8,8%) e junho (-2,8%).

Na comparação com julho de 2014, houve queda generalizada de produção nas atividades industriais avaliadas pelo instituto de pesquisa, afetando as quatro grandes categorias econômicas, 23 dos 26 ramos, 72 dos 79 grupos e 69,9% dos 805 produtos pesquisados.

Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) de Julho de 2015

Entre as atividades pesquisadas pelo IBGE, as industrias de veículos automotores, reboques e carrocerias, cuja atividade recuou 19,1%, e as industrias de produtos alimentícios, que apresentaram queda de 7,2%, exerceram as maiores influências negativas na formação da média da indústria, pressionadas, em grande parte, pela redução na produção de caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques, veículos para transporte de mercadorias, automóveis, reboques e semirreboques, carrocerias para ônibus e caminhões e autopeças, na primeira; e de açúcar cristal, VHP e refinado de cana, sucos concentrados de laranja, carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, bombons e chocolates em barras, biscoitos e leite em pó, na segunda.

Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-34,8%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-6,2%), de máquinas e equipamentos (-15,1%), de produtos de metal (-13,0%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-15,7%), de metalurgia (-7,9%), de outros produtos químicos (-6,4%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-14,3%), de bebidas (-10,5%), de produtos de borracha e de material plástico (-9,0%) e de produtos têxteis (-18,6%).

Por outro lado, ainda na comparação com julho de 2014, entre as três atividades que aumentaram a produção, o principal impacto foi observado em indústrias extrativas (2,9%), impulsionado, em grande parte, pelos avanços nos itens minérios de ferro em bruto e óleos brutos de petróleo.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de capital (-27,8%) e bens de consumo duráveis (-13,7%) assinalaram, em julho de 2015, as reduções mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (-9,2%) e de bens intermediários (-5,6%) também mostraram resultados negativos nesse mês, com o primeiro registrando recuo acima da magnitude observada na média nacional (-8,9%), e o segundo apontando a queda menos intensa entre as grandes categorias econômicas.

Bens de Capital

O setor produtor de bens de capital, ao recuar 27,8% no índice mensal de julho de 2015, assinalou a décima sétima taxa negativa consecutiva e a mais intensa desde o ínicio da série histórica nesse tipo de comparação. Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado pelo recuo observado na maior parte dos seus grupamentos, com claro destaque para a redução de 31,8% de bens de capital para equipamentos de transporte, pressionado, principalmente, pela menor fabricação de caminhões, caminhãotrator para reboques e semirreboques, veículos para transporte de mercadorias, reboques e semirreboques, ônibus e vagões para transporte de mercadorias. As demais taxas negativas foram registradas por bens de capital de uso misto (-34,1%), para construção (-56,9%), agrícola (-26,4%) e para energia elétrica (-17,0%), enquanto bens de capital para fins industriais, com acréscimo de 0,6%, apontou o único resultado positivo em julho de 2015.

Bens de Consumo Duráveis

O segmento de bens de consumo duráveis recuou 13,7% no índice mensal de julho de 2015, décimo sétimo resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e bem mais intenso do que o verificado em junho último (-1,0%). Nesse mês, o setor foi particularmente pressionado pela menor fabricação de eletrodomésticos da “linha branca” (-26,8%), da “linha marrom” (-26,2%) e de automóveis (-3,6%), influenciados em grande parte por reduções de jornadas de trabalho e pela concessão de férias coletivas em várias unidades produtivas. Outros impactos negativos importantes vieram de motocicletas (-25,3%), de móveis (-19,2%) e do grupamento de outros eletrodomésticos (-22,2%).

Bens de Consumo Semi e Não-Duráveis

A redução na produção de bens de consumo semi e não-duráveis (-9,2%) em julho de 2015 foi o nono resultado negativo consecutivo na comparação com igual mês do ano anterior e intensificou o ritmo de queda frente ao verificado em junho último (-2,4%). O desempenho nesse mês foi explicado pelos recuos observados em todos os seus grupamentos: alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-8,8%), não-duráveis (-9,7%), semiduráveis (-11,3%) e carburantes (-6,7%). Nesses subsetores, os principais impactos negativos foram assinalados pela menor fabricação de sucos concentrados de laranja, carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, refrigerantes, cervejas, chope, açúcar refinado de cana, biscoitos e bombons e chocolates em barras, no primeiro; de medicamentos e impressos para fins publicitários ou promocionais, no segundo; de telefones celulares, camisas de malha de uso masculino, calças compridas, calçados de couro feminino, bermudas, jardineiras, shorts e semelhantes de malha, tênis de material sintético montado e vestidos, no terceiro; e de gasolina automotiva e álcool etílico, no último.

Bens Intermediários

A produção de bens intermediários, com redução de 5,6% em julho de 2015, assinalou a décima sexta taxa negativa consecutiva e a mais intensa desde novembro do ano passado (-5,8%). O resultado desse mês foi explicado principalmente pelos recuos nos produtos associados às atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias (-16,2%), de produtos de metal (-16,3%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-6,0%), de metalurgia (-7,9%), de produtos alimentícios (-5,9%), de outros produtos químicos (-6,3%), de produtos de borracha e de material plástico (-8,6%), de produtos têxteis (-20,3%) e de produtos de minerais não-metálicos (-6,8%), enquanto as pressões positivas foram registradas por indústrias extrativas (2,9%), máquinas e equipamentos (6,4%) e celulose, papel e produtos de papel (3,8%). Vale citar também os recuos observados nos grupamentos de insumos típicos para construção civil (-12,7%), que marcou a décima sétima taxa negativa consecutiva, e de embalagens (-3,0%), que reverteu o resultado positivo assinalado no mês anterior (0,6%).

Entenda a Pesquisa Industrial Mensal (PIM)

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Industrial Mensal, produz indicadores de curto prazo relativos ao setor industrial brasileiro.

Iniciada na década de setenta, a pesquisa abrange todo o território nacional e é divulgada mensalmente, em duas versões: PIM-PF e PIMES.

A Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) avalia o comportamento da produção real mensal nas indústrias extrativa e de transformação do país. O IBGE divulga mensalmente dois relatórios sobre a produção física no Brasil: um nacional e outro regional.

A Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (PIMES) avalia o comportamento do emprego e dos salários nas atividades industriais do país.

Clique aqui e saiba mais detalhes sobre a produção industrial no Brasil

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