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IPCA-15 sobe 1,42% em fevereiro e 10,84% em 12 meses, acima do esperado

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A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), teve variação de 1,42%, em fevereiro, e ficou 0,5 ponto percentual acima dos 0,92% de janeiro, de acordo com dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de geografia e Estatística (IBGE). O aumento foi o maior para os meses de fevereiro desde 2003, quando a taxa registrou 2,19%, e superou as expectativas do mercado, que trabalhava com alta de 1,30%.

Com o resultado de fevereiro, o IPCA-15, prévia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, acumula alta de 2,35% nos dois primeiros meses do ano. Em fevereiro do ano passado, a alta chegou a 1,33%. Considerando os últimos 12 meses, o índice foi para 10,84%, o maior desde novembro de 2003, que chegou a 12,69%.

Alta mais generalizada

Além da alta, outro indicador preocupante é o índice de difusão, que mostra o percentual de produtos que aumentaram de preço dentro do IPCA-15. Esse percentual subiu de 75,1% para 77,3%, o que mostra que os aumentos de  preços estão mais generalizados. A média do índice estava em torno de 68%, segundo o Banco Fator. O banco lembra que o número é importante pois o Comitê de Política Monetária se reúne na semana que vem para definir os juros básicos da economia. O Banco de Tokyo-Mitsubishi destaca ainda o núcleo do IPCA-15, sem itens mais voláteis, e que subiu 1,04%, um percentual ainda elevado e superior ao 0,69% de janeiro.

Pressão

As influências mais fortes na composição do IPCA-15, segundo o IBGE, são resultado dos grupos Alimentação e Bebidas, com variação de 1,92% e impacto de 0,49 ponto percentual, Transportes, com 1,65% e 0,3 ponto, e Educação, com 5,91% e impacto de 0,27 ponto percentual. Juntos, os três grupos responderam por 75% do IPCA-15.

Desaceleração para o fim do mês

A expectativa das consultorias é que o IPCA final de fevereiro acabe desacelerando para um nível inferior a 1%. A MCM Consultores trabalha com 0,90%, em parte pelo menor impacto dos aumentos de ônibus e combustíveis. Nos próximos meses, o índice deve desacelerar para 0,5% ao mês, estima o Banco de Tokyo-Mitsubishi, também com as chuvas ajudando a reduzir as tarifas de energia. Mas há inúmeras pressões durante os próximos meses, com o repasse de custos no atacado, como reajustes de salários, impostos e custos de logística para os preços no varejo.

Com informações da Agência Brasil.

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