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PIB brasileiro recua 5,4% no primeiro trimestre de 2016 na comparação com o mesmo período do ano passado

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De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil retraiu 5,4% no primeiro trimestre de 2016, em comparação com igual período do ano anterior. Esse foi o oitavo resultado negativo consecutivo do PIB brasileiro nesta base de comparação. O item Valor Adicionado a Preços Básicos caiu 4,6%, enquanto que Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios recuaram em 10,4% entre os dois períodos.

Dentre as atividades que contribuem para a geração do Valor Adicionado, a Agropecuária registrou queda de 3,7% em a igual período do ano anterior. Este resultado pode ser explicado, principalmente, pelo desempenho de alguns produtos da lavoura que possuem safra relevante no primeiro trimestre e pela produtividade, visível na estimativa de variação da quantidade produzida vis-à-vis a área plantada. Segundo o Levantamento Sistemático da Produção (LSPA/IBGE), divulgado no mês de maio, algumas culturas apresentaram retração na estimativa de produção anual: fumo em folha (-20,9%), arroz em casca (-7,6%) e milho em grão (-5,0%). Por outro lado, a cultura da soja em grão, cuja safra é significativa neste trimestre, apontou variação positiva na produção anual, estimada em 1,3%. À exceção do arroz com estabilidade, as demais culturas com safra relevante nesse trimestre apontaram queda de produtividade. No caso da pecuária e da produção florestal, as estimativas demonstram um fraco desempenho dessas atividades no decorrer do primeiro trimestre do ano.

A Indústria sofreu queda de 7,3%. Nesse contexto, a Indústria de Transformação apresentou contração de 10,5%. O seu resultado foi influenciado pelo decréscimo da produção de máquinas e equipamentos; da indústria automotiva e outros equipamentos de transporte; produtos metalúrgicos; produtos de metal; produtos de borracha e material plástico; produtos eletroeletrônicos (com destaque para os eletrodomésticos) e equipamentos de informática; e móveis.

A Construção também apresentou redução no volume do valor adicionado: -6,2%. Já a Extrativa Mineral caiu 9,6% em relação ao primeiro trimestre de 2015, puxada pela queda da extração de minérios ferrosos e de petróleo e gás. A atividade de Eletricidade e Gás, Água, Esgoto e Limpeza Urbana, por sua vez, registrou expansão de 4,2%, influenciada pelo desligamento de termelétricas no 3o trimestre de 2015 e no 1o trimestre de 2016.

O valor adicionado de Serviços caiu 3,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior, com destaque para a contração de 10,7% do Comércio (atacadista e varejista) e de 7,4% de Transporte, Armazenagem e Correio, puxado, sobretudo, pelo decréscimo do transporte e armazenamento de carga. Também apresentaram resultados negativos as atividades de Serviços de Informação (-5,0%) – atividade esta que inclui telecomunicações, atividades de TV, rádio e cinema, edição de jornais, livros e revistas, informática e demais serviços relacionados às tecnologias da informação e comunicação (TICs) –, Outros Serviços (-3,4%), Intermediação Financeira e Seguros (-1,8%) e a Administração, Saúde e Educação Pública (-0,8%). As Atividades Imobiliárias apresentaram variação nula.

Pelo quinto trimestre seguido, todos os componentes da demanda interna apresentaram resultado negativo na comparação com igual período do ano anterior. No primeiro trimestre de 2016, a Despesa de Consumo das Famílias caiu 6,3%. Este resultado pode ser explicado pela deterioração dos indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda ao longo do período.

A Formação Bruta de Capital Fixo sofreu contração de 17,5% no primeiro trimestre de 2016, a oitava consecutiva. Este recuo é justificado, principalmente, pela queda das importações e da produção interna de bens de capital, sendo influenciado ainda pelo desempenho negativo da construção neste período. A Despesa de Consumo do Governo, por sua vez, caiu 1,4% em relação ao primeiro trimestre de 2015.

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços apresentaram expansão de 13,0%, enquanto que as Importações de Bens e Serviços caíram em 21,7%, ambas influenciadas pela desvalorização cambial de 37% e pelo desempenho da atividade econômica registrados no período. Dentre as exportações de bens, os destaques de crescimento foram agropecuária, metalurgia, petróleo e derivados e veículos automotores. Na pauta de importações, as maiores quedas ocorreram em máquinas e tratores, siderurgia, eletroeletrônicos, veículos automotores e viagens internacionais.

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