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Brasil: produção industrial acumula uma retração de 9,1% nos seis primeiros meses de 2016

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pesquisa sobre o setor industrial realizada mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que no período acumulado entre janeiro e junho de 2016 o setor industrial nacional registrou uma queda de produção de 9,1%, frente a igual período do ano anterior. Essa queda apresentou um perfil disseminado de taxas negativas, já que as quatro grandes categorias econômicas, 23 dos 26 ramos, 64 dos 79 grupos e 73,3% dos 805 produtos pesquisados apontaram redução na produção.

Entre as atividades, indústrias extrativas (-14,0%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-21,2%) exerceram as maiores influências negativas na formação da média da indústria. A primeira foi pressionada por minérios de ferro e a segunda, por automóveis, caminhões, chassis com motor para ônibus e caminhões, autopeças e veículos para transporte de mercadorias.

Outras contribuições negativas relevantes vieram de máquinas e equipamentos (-16,0%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,9%), metalurgia (-11,9%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-27,0%), produtos de metal (-15,1%), produtos de minerais não-metálicos (-11,9%), produtos de borracha e de material plástico (-11,1%), outros equipamentos de transporte (-22,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-13,2%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-10,3%), móveis (-14,9%) e produtos têxteis (-11,1%).

Entre as atividades que ampliaram a produção nos seis primeiros meses de 2016, a principal influência foi em produtos alimentícios (2,0%), impulsionada pelo avanço na fabricação de açúcar cristal. Os demais resultados positivos foram registrados pelos setores de celulose, papel e produtos de papel (2,5%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (1,9%).

Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os seis primeiros meses de 2016 mostrou menor dinamismo para bens de consumo duráveis (-22,2%) e bens de capital (-20,1%). A primeira foi pressionada pela redução na fabricação de automóveis (-21,7%) e eletrodomésticos (-23,9%) e a segunda, por bens de capital para equipamentos de transporte (-20,0%). Os bens intermediários (-8,8%) e bens de consumo semi e não-duráveis (-2,3%) também assinalaram taxas negativas no índice acumulado do ano, com o primeiro registrando de 9,1% e o segundo apontando a queda mais moderada entre as grandes categorias econômicas.

Pesquisa Industrial Mensal

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), produz indicadores de curto prazo relativos ao setor industrial brasileiro. Essa pesquisa avalia o comportamento da produção real mensal nas indústrias extrativa e de transformação do país. Clique aqui e confira mais detalhes sobre a produção industrial brasileira durante o mês de junho de 2016.

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