Seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) mostraram crescimento médio de preços entre agosto e setembro de 2016. A maior variação positiva mensal foi apresentada pelo grupo de produtos e serviços relacionados à Habitação, cujos preços subiram 0,63%. Por outro lado, a menor variação percentual foi registrada pelo grupo de produtos e serviços relacionados à Alimentação e Bebidas, que apresentaram queda média de 0,29% nos preços aferidos.
O índice geral, que engloba todos os produtos e serviços que compõem o IPCA, encerrou o mês de setembro com alta de 0,08%. Clique aqui e saiba mais detalhes sobre o IPCA de setembro de 2016.
Em comparação com o mês anterior, dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o índice, apenas três mostraram aceleração na taxa de crescimento de preços: habitação (de 0,30% em agosto para 0,63% em setembro), vestuário (de 0,15% para 0,43%) e comunicação (de -0,02% para 0,18%).
O grupo dos alimentos, que acumulou alta de 9,11% de janeiro a agosto, apresentou a maior queda de grupo em setembro (-0,29%), levando o ano para 8,80%. Individualmente, as menores variações foram registradas nas regiões metropolitanas de Vitória (-0,98%), e Curitiba (-0,96%). Cinco das 13 regiões pesquisadas mostraram aumentos no resultado do grupo, sendo em Belém a taxa mais elevada (0,53%). Considerando os alimentos para consumo em casa, a queda foi de 0,60%, enquanto a alimentação fora de casa subiu 0,33%.
Grande parte dos itens pesquisados mostrou redução na taxa de crescimento ou queda nos preços de um mês para o outro. Os preços do leite, que subiam sistematicamente desde o início do ano, caíram 7,89%, gerando impacto de -0,10 ponto percentual no índice do mês, o mais expressivo impacto para baixo.
Entre os alimentos em alta, o destaque ficou com o item carnes que, com participação de 2,70% no orçamento das famílias, teve aumento de 1,43%, gerando impacto de 0,04 ponto percentual, o mais elevado no IPCA do mês.
Artigos de residência (-0,23%) e transportes (-0,10%) também caíram. As passagens aéreas (-2,39%), os automóveis usados (-1,50%) e a gasolina (-0,40%), foram as principais influências nos transportes. Nos artigos de residência, as influências em queda vieram de TV, som e informática (-1,15%) e mobiliário (-0,65%).
Do lado das altas, habitação (0,63%) atingiu o mais elevado resultado de grupo do mês. Isto veio da pressão do botijão de gás (3,92%), o mais elevado impacto individual no índice do mês, 0,04 ponto percentual, assim como no item carnes. Exceto a região metropolitana de Belém, que mostrou queda de 1,46%, o preço do gás ficou mais caro em todas as regiões pesquisadas, indo de 0,64% em Belo Horizonte até 11,84% em Recife. Condomínio (0,91%) e mão de obra para pequenos reparos (0,87%) também se destacaram.
Outros itens que também pressionaram o IPCA do mês foram excursão (2,09%), alimento para animais (1,42%), calçados (1,23%), cabeleireiro (1,19%), plano de saúde (1,07%), ônibus intermunicipal (0,88%), empregado doméstico (0,87%), etanol (0,83%), emplacamento e licença (0,81%), manicure (0,69%) e telefone fixo (0,63%).
Quanto aos itens em queda, os demais destaques foram hotel (-6,53%) e cigarro (-3,32%).
Variação mensal dos principais grupos de produtos e serviços que compõem a pesquisa de preços do IPCA
Confira abaixo a variação mensal, a variação acumulada anual e a variação acumulada nos últimos doze meses dos preços médios dos principais grupos de produtos e serviços aferidos pela pesquisa do IBGE para o cálculo do IPCA de setembro de 2016.
Mês (%) | Ano (%) | 12 Meses (%) | |
Alimentação e Bebidas | 0,08 | 5,51 | 8,48 |
Artigos de Residência | -0,29 | 8,80 | 13,33 |
Comunicação | -0,23 | 4,03 | 5,24 |
Despesas Pessoais | 0,18 | 0,91 | 2,80 |
Educação | 0,10 | 6,41 | 8,19 |
Habitação | 0,18 | 8,70 | 9,29 |
Saúde e Cuidados Pessoais | 0,63 | 2,73 | 4,78 |
Transportes | 0,33 | 9,40 | 11,48 |
Vestuário | -0,10 | 2,03 | 6,33 |
Total | 0,43 | 2,55 | 5,26 |