À espera do Fed, dólar emplacou quinta queda consecutiva nesta sexta-feira

Pelo quinto pregão consecutivo, o dólar fechou em queda em relação ao real nesta sexta-feira, após passar a primeira parte do dia em alta. Os investidores ainda mantiveram-se de olho no cenário político brasileiro, mas também já começaram a adotar uma postura de cautela em função da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA.

Dólar Hoje

O dólar caiu 0,30% ante o real nesta sexta-feira, 09 de dezembro de 2016, negociado a R$ 3,3724 para compra e a R$ 3,3729 para venda. Ao longo do dia, a cotação da moeda norte-americana oscilou entre R$ 3,3552 (valor mínimo) e R$ 3,4064 (valor máximo).

Dólar em Dezembro

No mês dezembro, após sete pregões, a moeda norte-americana acumula uma desvalorização de 0,43%. Foram dois pregões de alta contra cinco de baixa. No último pregão de novembro, o dólar fechou cotado a R$ 3,3858 para compra e a R$ 3,3873 para venda.

Dólar em 2016

Em 2016, após duzentos e trinta e cinco pregões, o dólar acumula uma queda de 14,57% ante o real. São cento e cinco pregões de alta contra cento e trinta de baixa. No ano passado, a divisa dos Estados Unidos fechou cotada a R$ 3,9470 para compra e a R$ 3,9480 para venda.

Cenário Internacional

Investidores também estavam atentos à proximidade da reunião do Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, na semana que vem, quando o mercado espera que o banco suba os juros.

Juros mais altos nos EUA poderiam atrair para lá recursos atualmente investidos em outros países onde os rendimentos são maiores, como é o caso do Brasil.

Cenário Nacional

Nesta sexta-feira, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que a inflação oficial desacelerou para 0,18% em novembro, muito abaixo do esperado e no menor valor para o mês em 18 anos, desde 1998.

Com o resultado, a alta dos preços acumulada no ano, de janeiro a novembro, ficou em 5,97%, o que gerou expectativa de que a inflação termine este ano dentro do limite máximo da meta do governo.

O objetivo é manter a inflação em 4,5% ao ano, mas com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, podendo oscilar de 2,5% a 6,5%.

Para o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, a desaceleração da inflação mostra que a recente queda na taxa básica de juros, a Taxa Selic, está funcionando. Ele voltou a indicar que o Copom (Comitê de Política Monetária) pode cortar novamente os juros para tentar estimular a economia.

Investidores chegam a prever que, com o resultado do IPCA, o corte na taxa deve ser de 0,75 ponto percentual, e não de 0,50 ponto percentual.

Banco Central 

O Banco Central brasileiro vendeu integralmente a oferta de 15 mil swaps cambiais tradicionais, equivalente à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em janeiro.

Cotação do Dólar Comercial em 09 de Dezembro de 2016