Pela sétima vez em 2016, o nível de atividade da economia brasileira aferido mensalmente apresentou retração. De acordo com o Banco Central (BC), o IBC-Br teve queda de 0,48% em outubro de 2016, na comparação com o mês anterior, após a realização de ajustes sazonais. Até o momento, Abril, Junho e Setembro foram os únicos meses do ano nos quais o indicador registrou expansão econômica mensal.
Segundo os números divulgados pela autoridade monetária, o IBC-Br encerrou o décimo mês do ano com 132,31 pontos. Com a realização dos ajustes sazonais, os valores apurados nos meses anteriores foram revisados de 132,93 para 132,95 em setembro, de 132,73 para 133,06 em agosto, de 134,08 para 134,14 em julho, de 134,32 para 134,21 em junho, de 133,97 para 133,82 em maio, de 134,61 para 134,37 em abril, de 134,35 para 134,23 em março, de 134,93 para 134,83 em fevereiro e de 135,32 para 135,25 em janeiro.
Avaliando a variação mensal do indicador observado, ou seja, a oscilação de um mês para o outro sem a realização de ajustes sazonais, houve retração econômica de 0,56% no Brasil entre setembro e outubro de 2016, quando o indicador passou de 133,52 pontos para 132,77 pontos. Esse é o menor nível do IBC-Br observado desde fevereiro, quando o indicador assinalou 130,14 pontos. Até esse momento, na série observada, apenas os meses de janeiro, abril, maio e setembro tinham registrado retração mensal. Nos outros cinco meses, o IBC-Br registrou expansão.
IBC-Br
O indicador do Banco Central é visto pelo mercado financeiro como uma antecipação do resultado do PIB. Ele é divulgado mensalmente pelo Banco Central, enquanto o PIB é divulgado a cada três meses pelo IBGE.
O IBC-Br serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.
O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).
A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores, acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.