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Produção industrial brasileira retraiu 1,1% em Novembro de 2016, na comparação com o mesmo mês do ano anterior

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De acordo com o o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção da indústria brasileira caiu 1,1% em novembro de 2016, no confronto com igual mês do ano anterior (série sem ajuste sazonal). Foi a trigésima terceira taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação, mas a menos intensa desde março de 2014 (-0,4%). A queda anual da indústria brasileira em novembro apresentou resultados negativos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 16 dos 26 ramos, 43 dos 79 grupos e 55,7% dos 805 produtos pesquisados.

Entre as atividades, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-9,3%) exerceu a maior influência negativa na formação da média da indústria. Outras contribuições negativas relevantes vieram de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-13,4%), de outros equipamentos de transporte (-20,5%), de produtos de minerais não-metálicos (-6,8%), de bebidas (-6,0%), de produtos alimentícios (-1,5%), de produtos de metal (-7,0%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-7,0%) e de produtos de borracha e de material plástico (-4,5%).

Por outro lado, entre as dez atividades que apontaram expansão na produção, a principal influência foi registrada por veículos automotores, reboques e carrocerias (13,4%). Vale destacar também os resultados positivos vindos de indústrias extrativas (4,4%), de celulose, papel e produtos de papel (7,1%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (10,2%).

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, a categoria de bens de consumo semi e não-duráveis (-4,8%) assinalou, em novembro de 2016, a redução mais acentuada entre as grandes categorias econômicas. O setor produtor de bens intermediários (-0,6%) também mostrou resultado negativo nesse mês, mas com intensidade menor do que a média nacional (-1,1%). Por outro lado, os segmentos de bens de consumo duráveis (9,0%) e de bens de capital (1,1%) apontaram as taxas positivas nesse mês.

O setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis recuou 4,8% no índice mensal de novembro de 2016, sétima taxa negativa consecutiva, mas menos intensa do que a registrada em outubro (-7,6%). O desempenho nesse mês foi explicado principalmente pela queda observada no grupamento de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-7,2%). Os subsetores de não-duráveis (-5,0%) e de carburantes (-6,3%) também mostraram resultados negativos. Por outro lado, o grupamento de semiduráveis (2,5%) apontou o único resultado positivo nessa categoria.

O segmento de bens intermediários, ao recuar 0,6% em novembro de 2016, assinalou a 32ª taxa negativa consecutiva na comparação com igual mês do ano anterior, mas marcou a queda menos intensa dessa sequência. O resultado desse mês foi explicado, principalmente, pelos recuos nos produtos associados às atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-10,5%), de máquinas e equipamentos (-15,6%), de produtos de minerais não-metálicos (-6,8%), de produtos de metal (-7,6%), de produtos de borracha e de material plástico (-4,6%) e de metalurgia (-1,6%), enquanto as pressões positivas foram registradas por indústrias extrativas (4,4%), produtos alimentícios (6,4%), celulose, papel e produtos de papel (8,0%), veículos automotores, reboques e carrocerias (4,1%), outros produtos químicos (2,1%) e produtos têxteis (5,9%).

Ainda nessa categoria econômica, vale citar também as reduções observadas nos grupamentos de insumos típicos para construção civil (-9,3%), que apontou o 33º recuo seguido na comparação com igual mês do ano anterior; e de embalagens (-2,2%), com a terceira taxa negativa consecutiva.

A produção de bens de consumo duráveis avançou 9,0% no índice mensal de novembro de 2016 e interrompeu 32 meses de resultados negativos consecutivos. O setor foi particularmente impulsionado pelos avanços na fabricação de automóveis (18,0%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (24,2%). Por outro lado, os impactos negativos mais importantes vieram de eletrodomésticos da “linha branca” (-13,7%), de motocicletas (-9,7%), de outros eletrodomésticos (-11,3%) e de móveis (-5,3%).

O setor produtor de bens de capital, ao crescer 1,1% em novembro de 2016, interrompeu dois meses seguidos de queda na produção: setembro (-6,8%) e outubro (-10,1%). O segmento foi influenciado pelos avanços observados nos grupamentos de bens de capital agrícola (24,0%) e para construção (29,1%). Por outro lado, os principais impactos negativos foram assinalados pelos subsetores de bens de capital para fins industriais (-14,5%) e para energia elétrica (-19,6%), enquanto bens de capital de uso misto (-3,8%) e para equipamentos de transporte (-0,3%) completaram o conjunto de taxas negativas.

 

Pesquisa Industrial Mensal

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), produz indicadores de curto prazo relativos ao setor industrial brasileiro. Essa pesquisa avalia o comportamento da produção real mensal nas indústrias extrativa e de transformação do país. Clique aqui e confira mais detalhes sobre a produção industrial brasileira durante o mês de novembro de 2016.

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