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Setubal: Itaú deve seguir com retorno acima de 17% e distribuirá mais dividendos

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O Banco Itaú Unibanco (BOV:ITUB4) deve manter sua rentabilidade acima da média dos bancos da América Latina, de 17% ao ano, afirmou hoje seu presidente Roberto Setubal ao comentar os resultados da instituição no quarto trimestre e no ano passado. Em 2016, o retorno sobre o patrimônio médio do Itaú foi de 19,8%. Segundo Setubal, a rentabilidade dos bancos no Brasil não está tão diferente da média da América Latina. “Nós é que temos estado acima da média e devemos continuar”, disse. “O banco está bem capitalizado, tem imagem institucional forte, uma boa franquia e uma presença importante no país”, justificou. O Itaú é um dos bancos com maior retorno do mercado.

Mais dividendos e Banrisul

O presidente do Itaú afirmou ainda que o banco já atingiu os níveis de capital exigidos pelo Acordo de Basileia 3, e portanto poderá distribuir mais lucros nos próximos anos aos acionistas. “Isso vai depender do crescimento da economia e das carteiras do banco, se o banco precisar de menos capital para ampliar os empréstimos, pode distribuir mais lucros”, disse. Ele também disse que não há perspectiva imediata de novas aquisições e disse que o banco pode analisar o Banrisul se ele for colocado à venda, o que ele acha difícil. “Acho complicado a venda, tem de mudar a Constituição do Estado, mas se for o caso vamos olhar”, disse.

Sucessor em aquecimento

Setubal, que deixa a presidência executiva do banco em março, disse que seu substituto, Cândido Bracher, está sendo preparado para assumir o posto. “Ele já se afastou das funções do banco de atacado e está acompanhando mais de perto as áreas que não acompanhava, como varejo, tecnologia, e tem a oportunidade de sentar e discutir com os responsáveis das diversas áreas do banco junto comigo nas reuniões internas”, explicou. “Ele ficará mais preparado para assumir a função, sem risco de descontinuidade”, afirmou.

Operação Lava Jato

Sobre a Operação Lava Jato e a delação da construtora Odebrecht, que pode envolver diversos políticos do governo, Setubal afirma que não acredita que ela vá alterara o rumo do governo e da economia. “Um ou outro nome pode ser envolvido, mas a situação geral não vai mudar”, disse.

PIB de 1% com estoques

O Itaú trabalha com um crescimento de 1% para a economia brasileira neste ano, acima do mercado, que estima 0,5% para o Produto Interno Bruto (PIB). Segundo Setubal, a diferença se deve ao efeito da recomposição dos estoques sobre a economia, e que deve ajudar a elevar o número. “Mas sair de uma queda de 3,5% do PIB como devemos ter este ano para um crescimento mesmo que seja de 1% é bastante, expressivo, é uma melhora substancial, e a queda dos juros é muito relevante para essa retomada, por isso acreditamos nessa melhora”, disse.

Carteira de crédito pode crescer até 4%

Ele espera que, com esse crescimento maior da economia, o crédito volte a crescer este ano. O banco estima um crescimento de zero a 4% no consolidado do grupo, que inclui o CorpBanca e o Itaú Chile, e entre -2% e 2% para o crédito no Brasil. “Na pessoa física, devemos ter algum crescimento, pequeno, em linhas como consignado, mas uma recuperação bastante sólida, mas lenta”, disse. O mesmo deve acontecer com as empresas, que vêm se recuperando com a retomada da economia.

Dívidas dos Estados e consignado

Setubal disse também que as dificuldades financeiras dos Estados em municípios afetam as linhas de crédito consignado. “Alguns estão tendo dificuldades em manter a pontualidade no repasse dos recursos para pagar os empréstimos, mas estão andando satisfatoriamente”, disse. “Não vislumbramos problemas”, disse.

Grandes grupos

O presidente do Itaú diz ainda que os grandes grupos estão passando por um processo de reestruturação importante, para reduzir o endividamento por meio da venda de ativos, especialmente nos grupos ligados a empreiteiras. Ele cita a venda da CPFL para um grupo chinês e a Odebrecht vendendo sua empresa ambiental. “Há grandes negócios de desinvestimento para reduzir endividamento e isso atrai interesse de estrangeiros e ajuda a reestruturação dos grandes grupos brasileiros”, afirmou.

Ele admite que a margem financeira do banco pode cair neste ano, uma vez que os juros devem cair e também o spread. “O spread deve cair com o risco reduzindo e a queda da taxa Selic afeta também a margem financeira”, diz.

Fatores para o juro do crédito cai

Setubal lembrou também que as taxas de juros dos empréstimos não dependem apenas do juro básico. “Com o juro caindo, o custo do empréstimo cai, mas o spread ainda é um dos mais altos do mundo, por vários fatores, entre eles o risco maior no Brasil, a inadimplência mais alta provocada pela instabilidade macroeconômica e o spread tem de cobrir essa inadimplência”, disse. Além disso, o presidente do Itaú cita ainda a falta de informações dos investidores e os impostos elevados pagos pelo setor. “Temos contribuição social sobre o lucro, PIS/Cofins, vários impostos que entram todos no custo do empréstimo”, lembra. O mesmo acontece com os compulsórios. “O Brasil tem os maiores compulsórios do mundo também, que ajudam a elevar o custo do empréstimo.”

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