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Maiores acionistas depois dos Batista, BNDES e Caixa perdem R$ 3,4 bi com JBS no ano

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Maiores acionistas da JBS depois dos controladores, a família Batista, o BNDES e a Caixa Econômica Federal perderam este ano com a forte queda das ações da empresa R$ 3,45 bilhões, segundo estudo feito pela Economatica. A perda do BNDES foi de R$ 2,8 bilhões e a da Caixa, de R$ 647,4 milhões no ano, as maiores entre as empresas em que os bancos públicos aplicam, superando inclusive as da Petrobras, que foram de R$ 3,18 bilhões somadas.

As perdas, porém, são por enquanto virtuais, já que os bancos não venderam os papéis, que podem se recuperar nos próximos meses ou anos. E se referem também às perdas em comparação com o valor do fim de dezembro de 2016, e não ao valor pago pelos papéis, que pode ter sido menor e ainda representar ganhos. Mas os dados mostram o impacto que o escândalo envolvendo as gravações de conversas com o presidente da República, Michel Temer, feitas pelo dono da companhia, Joesley Batista, trouxe para essas instituições.

Ao mesmo tempo, mostra a influência de Joesley nesses bancos públicos e sua proximidade com o poder nos últimos 15 anos, como ele faz questão de mostrar nas gravações ao pedir para influenciar nas decisões do BNDES e na indicação dos presidentes da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).  A JBS foi também a maior financiadora das campanhas de 2010 e 2014, especialmente para as de Dilma Rousseff.

O estudo mostra também o crescimento dos investimentos dos bancos públicos na JBS. Até dezembro de 2012, o BNDES tinha 12,95% do capital da JBS, percentual que subiu para 29,92% em 2012. Nesse ano, o percentual do BNDES caiu para 19,85% após a entrada da Caixa, que ficou com 10,07% do total, mas mantendo a participação dos dois bancos em 29,92% no fim de 2012. As participações oficiais sobem até atingir 34,66% em 2015 e passam a cair, até atingir 21,32% em 2017. A fatia do BNDES, que chegou a 24,59% em 2014, está agora em 21,32% e a da Caixa, que girava em torno de 10%, recuou agora para 4,92%.

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BNDES e JBS

Em dezembro de 2016 o BNDES tinha R$ 53,7 bilhões em participação nas 28 empresas. Desse total, R$ 31 bilhões estavam em ações da JBS, que era a quarta maior participação em valor, atrás apenas de Petrobras (R$ 209,4 bilhões), Vale (R$ 127,7 bilhões) e Eletrobrás (R$ 31,671 bilhões). Já em 23 de maio de 2017 a participação é de R$ 48,5 bilhões, o que representa uma queda de R$ 5,24 bilhões no período. JBS, com R$ 17,9 bilhões, cai para o sexto lugar em valores da carteira, atrás de Petrobras, Vale, CPFL, Fibria e Eletrobrás.

Na tabela abaixo, a Economatica relaciona as 28 empresas nas quais o BNDES tem participação direta. A consultoria salienta que a participação nestas empresas é a informada no formulário de referência encaminhado à CVM pelas próprias empresas listadas em bolsa. O BNDES pode ter participações menores, que não são informadas à CVM por serem inferiores a 5% de participação em ações ordinárias ou preferenciais. A obrigatoriedade de informação é de participação acima de 5%, porém a empresa é livre para informar participações inferiores.

A maior perda na carteira do BNDES é na JBS com queda de R$ 2,8 bilhões, seguida pela Petrobras com queda de R$ 2,5 bilhões e na terceira posição a Eletrobrás com perda de R$ 1,5 bilhões. Nas três empresas o BNDES tem queda de R$ 6,93 bilhões ou -19,4% do capital.

A Vale SA registra ganho de R$ 758,5 milhões, seguida pela Fibria com R$ 509,5 milhões.

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Caixa e JBS

Já a Caixa tem participação relevante em cinco empresas listadas em bolsa, selecionadas pela Economatica pelos mesmos critérios e considerações descritas para o BNDES. O total, de R$ 6,675 bilhões em dezembro, cai para R$ 5,317 bilhões em maio.

A queda do valor de mercado dos investimentos da CEF em 2017 é de R$ 1,36 bilhões ou -20,3% do investimento.

A maior queda em valor de mercado é da JBS, a CEF perdeu R$ 647,4 milhões no ano de 2017 com a JBS e perdeu com a Petrobras R$ 614,6 milhões.

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