PIB brasileiro apresentou queda de 2,3% no acumulado dos quatro trimestres encerrados em março de 2017

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2017 apresentou queda de 2,3% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou da contração de 2,1% do Valor Adicionado a preços básicos e do recuo de 4,1% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação decorreu dos seguintes desempenhos: Agropecuária (0,3%), Indústria (-2,4%) e Serviços (-2,3%).

Dentre as atividades industriais, Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (4,9%) e Extrativa Mineral (1,6%) apresentaram crescimento. A Indústria da Transformação sofreu contração de 3,0% e a Construção caiu 5,5%.

Já dentre os Serviços, apenas Atividades imobiliárias (0,0%) não teve variação negativa. Destaque para a contração de 5,9% de Transporte, armazenagem e correio, seguido por Comércio (-4,3%), Intermediação financeira e seguros (-3,4%), Outros serviços (-2,7%), Serviços de informação (-2,0%) e Administração, educação pública e saúde pública (-0,2%).

Na análise da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo sofreu contração de 6,7%. A Despesa de Consumo das Famílias (-3,3%) e a Despesa de Consumo do Governo (-0,7%) também apresentaram queda. Pelo oitavo trimestre em sequência, todos os componentes da demanda interna apresentam resultado negativo.

Já no âmbito do setor externo, as Exportações de Bens e Serviços caíram 0,4%, enquanto que as Importações de Bens e Serviços apresentaram queda de 2,7%.

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Série Histórica de Variação Percentual Acumulada nos Últimos 12 Meses do PIB Brasileiro

Após elevação de 6,5% no terceiro trimestre de 2008, o PIB começou a recuar em função dos efeitos decorrentes da crise econômica internacional até chegar à queda de 1,2% no terceiro trimestre de 2009.

Após isso, voltou a acelerar e superou o patamar de crescimento observado no período pré-crise no terceiro trimestre de 2010 (7,5%). Em seguida, o PIB acumulado em quatro trimestres seguiu a trajetória de desaceleração no decorrer dos anos de 2011 e de 2012, voltando a acelerar apenas em 2013. Em 2014 observou-se nova desaceleração das taxas de crescimento do PIB no acumulado em quatro trimestres: a taxa foi de 3,2% no primeiro trimestre, 2,1% no segundo, 1,2% no terceiro e 0,5% no último trimestre do ano. A taxa no primeiro trimestre de 2015 (-0,8%) foi a primeira negativa desde o quarto trimestre de 2009. No segundo e terceiro trimestres do ano, o PIB voltou a sofrer contração nesta base de comparação (-1,4% e -2,4%, respectivamente), encerrando o ano com queda de 3,8%. A queda do PIB se manteve em 2016, encerrando o ano com contração de 3,6%. No primeiro trimestre de 2017, a PIB apresentou queda de 2,3% na taxa acumulada em quatro trimestres.

Confira abaixo a tabela com todos os valores percentuais de variação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro acumulados nos últimos doze meses.